sexta-feira, 1 de maio de 2015

O trabalhador não tem o que comemorar


Inflação, juro alto e dificuldade de financiamento das empresas, bancos e de projetos de infraestrutura. Sim! O PT conseguiu atolar o Brasil. E com esse horizonte, a tendência é que os brasileiros vão ter que abortar aquele processo de desenvolvimento econômico que vinha desde a década passada. 

Então, não se trata simplesmente de um movimento conjuntural desfavorável, conforme afirmaram durante as eleições presidenciais. A dúvida que a gente passa a ter é se vai ser possível sustentar ou retomar, daqui a algum tempo, aquela trajetória de crescimento sustentado.

E isto, no momento em que governo tem que cortar gastos, e também a iniciativa privada adia investimentos, certamente vai ter um impacto no mercado de trabalho.

Segundo a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes) do IBGE revelou queda de 0,1% na produção industrial de janeiro, comparada ao mês anterior. Mas, em relação a janeiro do ano passado o recuo foi mais acentuado, de 4,1%.

Apesar de ainda ser difícil de mensurar o peso disso, devido também a questões sazonais, infelizmente haverá impacto no número de empregos ao longo do ano, assim como na qualidade deles.

Outro fator de preocupação e que deve deixar o mercado de trabalho menos aquecido são os efeitos da Operação Lava Jato, que apura denúncias de corrupção na Petrobras. A percepção é de que poderá ter um efeito relevante na economia real, principalmente sobre o plano de investimentos da Petrobras e das empresas envolvidas, que estão ligadas a projetos de infraestrutura importantes. E isso, deve travar os planos dessas companhias, muitas delas da construção.

Entretanto, com um mercado de trabalho mais enfraquecido em 2015, elevação do desemprego, queda na renda e reestruturação nas empresas com ajustes mais intensos na produção e mais demissões, fica claro que não temos motivos para comemorar nesse dia do trabalhador! 




Por Orlando Morando

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