domingo, 11 de janeiro de 2015

Comentário teológico de I Coríntios


Com exceção do capítulo 15, a carta toda trata de questões do comportamento cristão. Como é possível manter a unidade da igreja quando se formam grupos que trabalham uns contra os outros? Que significado têm para a igreja obreiros capacitados por Deus? Como devemos agir em questões judiciais entre cristãos? Quais são os padrões para questões sexuais e éticas? Como devem se comportar cristãos num contexto religioso marcado pelo paganismo? Como os membros vão celebrar a ceia do Senhor, quando os seus membros estão brigando uns com os outros? Quais dons Deus deu à sua igreja e como podem ser usados significativamente?

Paulo trata essas questões em relação e com base no evangelho de Jesus Cristo. O que Deus fez por meio de Jesus Cristo é que precisa definir o comportamento da igreja. Nesse sentido essa carta é um exemplo clássico para a ética da igreja ou do discipulado que Paulo defendeu e pregou.

Essas questões foram desencadeadas por uma religiosidade que enfatiza o espiritual mas não leva a sério a vida no corpo dos cristãos. As noções soam parecidas com filosofia grega e também com os movimentos gnósticos. Com base na fé vétero-testamentária em um criador do universo, Paulo trava uma batalha ferrenha contra esses opositores.

Isso acontece de maneira especial também no capítulo 15. A ressurreição dos mortos não era diretamente negada em Corinto, pois isso teria causado dificuldades de raciocínio. O que caracterizava esses coríntios, é que se satisfaziam com a renovação do seu espírito. Não davam importância à ressurreição do corpo. Com base na ressurreição corporal de Jesus Cristo, Paulo enfrenta essa posição herética. Ele está profundamente convicto do fato de que a ressurreição por meio de Jesus vai assumir formas corporais. Ele crê que a vida cristã só tem sentido se estiver baseada nesse pressuposto.

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