Em fevereiro, o governo socialista de Pequim ordenou a execução de cinco empresários que haviam formado grandes fortunas, de acordo com o site FranceTVinfo. Entre eles, o milionário da indústria mineira Liu Han, seu irmão e três sócios.
É impossível formar uma grande fortuna sob um regime socialista nivelador sem ter importantes cumplicidades com o seu sistema hegemônico.
"As desigualdades econômicas são incompatíveis com o socialismo". Essa foi a causa invocada pelos ideólogos marxistas para produzir a maior chacina da História. Porém, necessidades concretas impostas pelo progresso mundial do comunismo exigem por vezes uma tolerância do regime para com capitais privados.
No presente momento, a China precisa deles para alcançar sua almejada hegemonia na economia mundial, que progride a olhos vistos.
Mas o regime também tem necessidade de deixar claro que, se tolera essas desigualdades, é de modo transitório, pois a metafísica igualitária comunista continua sendo o objetivo final do sistema.
Por isso ele precisa fazer execuções de caráter didático, como as desses novos ricos, escolhidos de acordo com critérios mais ou menos arbitrários e mais ou menos de cumplicidade.
Os cinco condenados foram acusados de integrar uma gangue mafiosa e de ordenar diversos assassinatos. Nisto eles em nada se diferenciavam da maior e mais assassina gangue mafiosa existente no país: o Partido Comunista Chinês.
Mas a lição igualitária precisava ser dada para toda a China.
Nos últimos meses também foram presos 68 altos dirigentes do Partido Comunista, entre os quais o prefeito de Nanquim, 15 generais e 72 mil funcionários de baixo escalão.
Essas prisões talvez estejam ligadas às lutas partidárias internas que precederam a ascensão do novo dono comunista da China, o presidente Xi Jinping, que passou a expurgar o PC de seus concorrentes ao cargo supremo.
Xi disse que expurgaria “tigres” e “moscas”, entendendo por “tigres” altos funcionários acusados demagogicamente por ele de terem se enriquecido à custa do povo. As “moscas” seriam os pequenos chefes locais que extorquem propinas do povo por qualquer serviço: um emprego, uma cama no hospital ou escola para o filho.
Essas “moscas” vão sendo substituídas por pessoas de confiança do novo ditador máximo e tudo continua como dantes no quartel de Mao Tsé-Tung.
O presidente anuncia que o povo está fazendo sua revanche e que a campanha anticorrupção vai melhor do que nunca. Ai de quem achar o contrário!
Como em todo governo socialista, a corrupção na China é generalizada e instrumento poderoso para manter sob controle todos os funcionários que sujam suas mãos, querendo ou não.
Considerando-se as dimensões do país, a estrutura da corrupção montada pelo regime envolve “volumes de dinheiro cada vez mais colossais e métodos cada mais crapulosos”, segundo Zu Daizheng, ex-ministro e membro do Partido Comunista desde 1937.
Zu já viu muitos outros expurgos e a manutenção do mesmo sistema corrupto para sujeitar o país aos ditadores de turno de Pequim.
Reforma Agrária achincalhou os proprietários até a morte
A revolução comunista na China conduzida por Mao-Tsé-Tung seguiu as pegadas da Rússia com aspectos surpreendentes.
Assim que se apossava de uma região, o comunismo chinês empreendia a Reforma Agrária. Mas antes de eliminar os proprietários, desmoralizava-os o quanto podia.
Eles eram, por exemplo, submetidos ao “comício da acidez”: os parentes e empregados deviam acusá-los das piores infâmias até que “entregassem os pontos”, sendo então executados pelos presentes. Um proprietário teve que puxar um arado sob as chibatadas de colonos, até perecer.
Chegou-se a obrigar membros da família de um fazendeiro a comer pedaços da carne dele, na sua presença, ainda vivo!
A Reforma Agrária chinesa extinguiu de 2 a 5 milhões de vidas, sem contar aqueles que nunca voltaram entre os 4 a 6 milhões enviados aos campos de concentração.
Por Luis Dufaur
(Fonte: “Livro Negro do Comunismo revela o maior crime da História”, revista Catolicismo, fevereiro de 2000).
(Fonte: “Livro Negro do Comunismo revela o maior crime da História”, revista Catolicismo, fevereiro de 2000).
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