A CNBB lançou sua campanha de 2015 com o tema “Fraternidade: Igreja e Sociedade”, com direito à presença do presidente da OAB. Ambas as entidades se mostram cada vez mais ideologizadas, agindo em prol de uma agenda política. A mistura entre religião católica e socialismo não é nova, e a infiltração vermelha na CNBB já é praticamente total. O mesmo ocorre na Pastoral da Juventude, organização de jovens ligada à CNBB. O uso político dessas entidades foi tema de editorial do Estadão desta segunda-feira. O jornal diz:
Eu mesmo já chamei a CNBB de Conferência Nacional dos Bispos Bolivarianos, tamanha a adesão da entidade à cartilha socialista. Ocorre que o cristianismo, ou mesmo o catolicismo, se bem entendido, não pode ser confundido com socialismo. Um legítimo cristão jamais endossaria a agenda autoritária e antagônica ao indivíduo como aquela dos bolivarianos, representados no Brasil pelo PT.É verdade que passagens isoladas da Bíblia podem ser usadas para tal propósito, mas isso fala apenas da ambiguidade de algumas mensagens bíblicas. O socialismo é uma tentativa laica de se apropriar do conceito de solidariedade, até então presente nas diferentes religiões. Uma espécie de monopólio das virtudes, que tenta conquistar o seguidor com base nas supostas intenções, não nos atos concretos em prol dos demais.
Que a CNBB finalmente fale de corrupção nessa campanha nova já é um alento, mas ainda é muito pouco. Seu histórico tem sido de conluio com a esquerda nacional, especialmente o PT. Um afastamento político para voltar a focar em mensagens religiosas seria um ótimo passo para a CNBB.
A caridade não tem ideologia, mas uma coisa é certa: não faz sentido falar em “caridade compulsória”, o que anula justamente o precioso livre-arbírio cristão. Logo, defender a agenda confiscatória da esquerda em nome da “justiça social” não tem nada de católico ou cristão. É uma bandeira socialista autoritária, que não combina com a mensagem de Cristo.
O jornal conclui em tom mais otimista, mas confesso manter meu ceticismo quando se trata da CNBB. A explicação vai abaixo, em vídeo no qual Lula explica a estratégia de uso da Igreja para a tomada do poder:
Agora vejam o que disse o ex-presidente Lula, citando a experiência do líder sindicalista polonês Lech Walesa:
Gramsci fala por trás desses “católicos bolivarianos”. Eles envergonham os verdadeiros católicos, aqueles que prezam o livre-arbítrio, o indivíduo como um fim em si mesmo. A Teologia da Libertação, ligada ao PT, é uma excrescência, um marxismo disfarçado de religião católica. E a CNBB também está totalmente poluída pelo petismo. Essa simbiose nefasta entre catolicismo distorcido e PT precisa acabar logo, pelo bem do Brasil.
Por Rodrigo Constantino
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