terça-feira, 4 de novembro de 2014

Quem é de direita não pode contestar doutrinação marxista em salas de aula, por ser partidário


Imagine a seguinte situação: em um belo dia você resolve contestar a doutrinação sofrida pelo seu filho em sala de aula e faz uma reclamação formal à direção da escola. Em resposta, ouve o seguinte: “Você é de direita, logo não pode contestar a aula em relação a algum viés de esquerda”.

Basicamente, a mensagem traduzida nesta rotina é fraudulenta até dizer chega, vendendo a ideia de que uma vez que alguém tenha tomado algum partido em qualquer questão não pode reclamar de isonomia de tratamento. Tecnicamente, é uma variação da falácia ad hominem.

O problema é que o raciocínio é mais falso que Rolex comprado na 25 de março. Simplesmente não faz o menor sentido colocar no mesmo plano o reclamante de um serviço (ou estado) e aquele que faz o serviço (seja ele vindo do estado ou não).

Em outras palavras, a função de uma escola é ensinar os alunos, mas, a partir do momento em que este ensino é prejudicado por um professor que usa a sala de aula para pregar sua agenda particular, temos um problema gravíssimo, pois sua função não está sendo exercida adequadamente. Já qualquer pagador de impostos não tem qualquer restrição e pode, enquanto cidadão, emitir os julgamentos que quiser. Assim, não se pode exigir a mesma isenção do reclamante do serviço do que o fornecedor do serviço, principalmente quando existem regras para este fornecimento do serviço.

É como em um jogo de futebol: se Atlético e Cruzeiro estão jogando e o juiz puxa a sardinha para o Cruzeiro, é natural (e justo) que o jogador do Atlético reclame. Afinal, a função do juiz não está sendo praticada adequadamente.

E se levássemos esse raciocínio torto do esquerdista (ao dizer aquele que toma um partido não pode criticar a doutrinação em salas de aula) à frente, ele poderia ser aplicado à esta própria rotina, pois, se o esquerdista toma um partido, então a opinião dele contra à crítica à doutrinação em sala de aula também não poderia ser ouvida. Como se nota, é um raciocínio tão torto que se auto-destrói.

Por isso mesmo, se algum esquerdista tentar usar este tipo de truque quando você denunciar a doutrinação marxista feita em salas de aula, aplique o truque de volta a ele, e, em seguida, ridicularize-o perante o público.

Exemplo da reversão:

- Seguem aqui as evidências de doutrinação marxista praticada no colégio X.

- Você não tem moral para fazer esta denúncia. – diz o esquerdista.

- Por que não?

- É por que você toma partido, sendo de direita. Encontrei uma comunidade sua onde você diz que acessa o site do Luciano Ayan. Assim, não pode criticar um professor que também toma partido em sala de aula, pois você é igual a este professor…

- Sendo assim, você também tomou partido, sendo de esquerda, e, portanto, não pode criticar minha crítica à doutrinação marxista, pois você toma partido sobre críticas feitas ao que é ensinado em sala de aula, portanto você é igual a mim e ao professor em questão…

- …

- É claro que estou tirando na sua cara! Teu raciocínio não faz sentido, pois não é função minha ser apartidário (o que nunca ocorre, na verdade). A obrigação de não tomar partido é daqueles que nos vendem serviços a partir do estado, por exemplo…


A partir daí é só partir para o escracho.

Em tempo, um meme, que vale o comentário:


Parece que a expressão “se o estado é laico, então…” dá um tom de revanchismo. Mas eu proponho a mensagem “O Brasil é um estado laico, portanto…”, pois o fato do Brasil ser laico é um argumento contra a doutrinação marxista em salas de aula.



Por Luciano Ayan

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