Por isso, compartilho com você três princípios que regem esse tópico tão controvertido e ao mesmo tempo transcendental, em três textos que serão postados periodicamente: A Liberdade da Consciência, a Liberdade da Simplicidade e a Liberdade da Transcendência. Vamos então ao primeiro ponto.
LIBERDADE DA CONSCIÊNCIA
Philip Yancey já disse que a igreja é o lugar onde unidade não quer dizer uniformidade e diversidade não significa divisão, e eu acrescentaria um ponto a mais: a igreja é o lugar onde liberdade não quer dizer libertinagem. O apóstolo Paulo disse isso na sua carta aos gálatas: “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais de novo, a jugo de escravidão”. Aqui, Paulo fala de uma possível volta ao legalismo mortal, que assim como a libertinagem, também ofendem a Deus. Depois o apóstolo acrescenta: “porque vós irmãos, fostes chamados à liberdade, porém, não useis da liberdade pra dar ocasião à carne, antes sejam servos uns dos outros”. Aí ele dá o arremate final: devemos ser regidos pela lei do amor para utilizarmos bem a lei da liberdade consciente: “porque toda a lei se cumpre em um só mandamento, a saber: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Que bela cartada! Mas é claro! O amor é o principio que rege todos os espaços da vida e se amamos com o amor de Deus, a lei e os tentáculos absorventes do legalismo com todos os seus preceitos sobre preceitos (como o próprio Jesus se referiu aos fariseus de carteirinha) caem por terra e desmoronam sob a vigência dessa lei superior.
Agora, liberdade é assunto para cristão maduro que é norteado por sua consciência e não por regras. É para aquele que ama como Jesus amou e plaina nas asas do Espírito. Por isso Paulo acrescenta ainda: ”Digo, porém, andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne” (exortação ligada ao legalismo e à libertinagem, pondo os dois no mesmo patamar)....”ora, o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. CONTRA ESSAS COISAS NÃO HÁ LEI”. Então, que me perdoem os suscetíveis, sou um fora da lei assumido, mas um fora da lei que é dirigido por uma lei maior, a Lei do Amor. Ora, o amor de Deus é indomável, e não pode ser medido. Como diria Brennan Manning, o anseio furioso de Deus, fazendo alusão à imensa vitalidade de Jesus em sua busca por uma união conosco.
Assim, nos constituímos foras da lei, quando vivemos subversivamente, à margem do regime tirânico do reino desencantado do legalismo imposto como lei férrea pra se viver.
Sendo assim, toda tentativa de dirigir, cercear, e proibir, não passam de tentativas inócuas de controlar os cristãos, mas nem de longe produzirá cristãos maduros que amam a Deus e saberão fazer boas escolhas, mesmo sem os olhos perscrutadores e suspeitosos dos xerifes da religião os escaneando 24 por dia.
Talvez você diga que isso é arriscado, e eu digo que é! Mas só assim você terá crentes equilibrados, e não eternos bebês crescidos, presos nos cercadinhos da creche eclesiástica, que só sabem fazer o que a liderança manda, mas que no mínimo vacilo, escapam para bem longe da jaulinha das leis humanas.
Quando somos foras da lei regidos pela lei do amor, então tudo que nos tange na vida, orbitará em torno da submissão e lealdade à Cristo e aos homens, quando estes estiverem sendo coerentes com a Lei do Amor, e tudo passará pelo crivo da peneira do “julgai todas as coisas, retendo o que é bom, se desviando de toda forma de mal”, e do pressuposto “todas as coisas me são permitidas, mas nem todas me convêm...” e: “todas as coisas me são permitidas, mas não me deixarei dominar por nenhuma delas”.
Diante do exposto, Você assume que também é um fora da lei?
Por Manoel dC
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