quinta-feira, 13 de novembro de 2014

A necrose do PT



É do balacobaco!

O governo pediu regime de urgência para o projeto que elimina qualquer meta fiscal; que joga as contas no mais absoluto escuro; que viola a Constituição e que leva a presidente a infringir a Lei 1.079, que define os crimes de responsabilidade. Rui Falcão, presidente do PT, aquele que gosta de comandar resoluções que transformam a oposição em demônios a serem esconjurados, se saiu com a seguinte fala, prestem atenção:

“Acho que o clima é favorável à aprovação. O Congresso é responsável. Eu imagino que, pela importância desse assunto, os deputados vão se pronunciar favoravelmente. Ninguém vai ficar jogando contra os interesses do país”.

De tal sorte a verdade está no oposto do que ele diz que a declaração chega a ser uma caricatura. E explico o motivo.

O interesse do país é não virar alvo da desconfiança generalizada. Já basta o espantoso clima de pessimismo do empresariado nacional. O governo fabricou déficit, e não apenas primário. Isso tem de estar espelhado na Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Irresponsável, isto sim, é levar o Congresso Nacional a aprovar uma farsa, uma conta que não existe, um arranjo de números que não espelha a verdade das contas públicas. É politicamente ruim para a Dilma e para o PT a admissão do déficit? Entra para a sua história? É, sim! Entra, sim. Mas não é a reputação de um partido político que está em jogo; é a do país.

Esse governo, com toda a sua impressionante coleção de desastres, ganhou, por razões que não elencarei agora, direito a mais quatro anos. Até agora, não encontrei ninguém que consiga ser, digamos, ao menos neutro sobre o futuro. O pessimismo é generalizado, inclusive entre os petistas responsáveis. São poucos, mas existem.

Os únicos que vibram com o atual quadro são os esquerdistas delirantes, aquela gente que tem a cabeça num banho de sangue redentor. Acham que a crise pode, como eles dizem, fazer “avançar a luta”.

Infelizmente, assistiremos à necrose do PT no poder. Ainda vivo, o organismo começou a apodrecer. É uma pena que não sejam apenas os “companheiros” a pagar o pato.





Por Reinaldo Azevedo

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