segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Censura: em busca do paraíso para Dilma e do inferno para os brasileiros



Precisamos cada vez mais “mandar a real” a respeito do que significa a encruzilhada na qual se encontra o governo Dilma. Hoje temos duas opções:

               1.  Sem censura: passamos por uma grave crise, da qual Dilma sairá arranhada, prejudicando seriamente a reeleição do PT em 2018.

               2.  Com censura: passamos por uma crise ainda maior, da qual Dilma não sairá muito arranhada, com boas chances de reeleição do PT em 2018.

Não há outras opções disponíveis. E a encruzilhada é tanto para Dilma, quanto para nós.

Cabe à oposição (qualquer que seja ela) pressionar para que Dilma fique restrita à opção 1. Pela resolução totalitária de seu partido, cabe a ela buscar a opção 2.

Obviamente, ela ganha com a opção 2, pois tendo o direito de censurar a mídia, conseguirá, evidentemente, esconder os indicadores ruins (assim como os escândalos de corrupção). Dessa forma ela conseguirá fazer todos nós sofrermos muito mais. Ao mesmo tempo, conseguirá maquiar a percepção da realidade do povo (temporariamente), por causa da censura. Assim ela conseguirá fazer com que o seu partido se dê bem politicamente, mesmo diante do caos.

Caso a forcemos a se resumir à opção 1, passaremos por maus bocados, mas não tanto quanto o que ocorreria na opção 2.

Pela opção 1, Dilma será obrigada a entregar os mínimos resultados para não causar um colapso da economia.

Será preciso aumentar a confiabilidade do governo, sem a qual os investidores continuarão fugindo. Mas para obter essa confiabilidade, ela será obrigada a fazer cortes de gastos estatais, ao mesmo tempo em que precisará de prudência para não atingir em cheio nossa economia.

Se Dilma não realizar os cortes de gastos, nos fará assistir ao estouro da inflação. Com o inevitável aumento de juros, teremos recessão e desemprego. E aí, é claro, a arrecadação cai mais ainda…

Mas preste atenção: esses problemas só precisarão ser enfrentados por Dilma se a forçarmos a permanecer na opção 1.

Caso ela consiga o presente da opção 2, não precisará se preocupar com nada disso, pois uma mídia adestrada irá maquiar a realidade, atribuindo as culpas de nossas mazelas ao “imperialismo fascista”.

Quem criticar o governo poderá ser acusado de “pessimista” e, portanto, responsável por fazer os investimentos fugirem. Milícias poderão ser criadas para dar um “jeito” nesses que “prejudicam” a economia e, por isso, “violariam os direitos humanos”.

A miséria se tornará endêmica. Você acha que isso é ruim para um governo bolivariano? Não! É o paraíso, pois pessoas na miséria poderão ser intimidadas por terrorismo eleitoral, de uma maneira ainda mais ampla do que ocorreu nas eleições de 2014.

Em suma, o povo, especialmente aquele mais humilde, perde. Mas o governo vence. Especialmente pelo seu poder de coação e intimidação, além do uso do terrorismo eleitoral.

Acho que fica bem claro qual é a grande luta do momento: optar por sofrermos menos, mas forçarmos Dilma a dar um jeito na economia (da forma e dimensão que ela conseguir), ou sofrermos muito mais, liberando Dilma de precisar arrumar a economia.

Se deixarmos Dilma censurar a mídia, pela opção 2, daremos a ela e seus aliados uma vida de sultões, como já ocorre com Nicolas Maduro e Cristina Kirchner.

Exatamente por isso mesmo lutar contra a censura de mídia torna-se a maior prioridade. Espera-se da mesma forma que eles invistam grande parte de seus esforços neste projeto. (Uso de sovietes e Assembléia Constituinte estão no pacote, mas a maior prioridade é realmente a censura de mídia)

Estamos diante da maior batalha da história recente de nossa República.




Por Luciano Henrique

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