domingo, 30 de novembro de 2014

O tripé da liberdade cristã: a liberdade da consciência



Liberdade... Termo mal compreendido, mal utilizado e tão depauperado pelo legalismo corrosivo! Mas quer saber? Gosto desse assunto. Porque ele não é redbull, mas me dá asas à imaginação, e eleva o espírito antecedendo as indizíveis manifestações do céu, me fazendo perpassado pela glória celestial mesmo aqui na terra.

Por isso, compartilho com você três princípios que regem esse tópico tão controvertido e ao mesmo tempo transcendental, em três textos que serão postados periodicamente: A Liberdade da Consciência, a Liberdade da Simplicidade e a Liberdade da Transcendência. Vamos então ao primeiro ponto.

LIBERDADE DA CONSCIÊNCIA

Philip Yancey já disse que a igreja é o lugar onde unidade não quer dizer uniformidade e diversidade não significa divisão, e eu acrescentaria um ponto a mais: a igreja é o lugar onde liberdade não quer dizer libertinagem. O apóstolo Paulo disse isso na sua carta aos gálatas: “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais de novo, a jugo de escravidão”. Aqui, Paulo fala de uma possível volta ao legalismo mortal, que assim como a libertinagem, também ofendem a Deus. Depois o apóstolo acrescenta: “porque vós irmãos, fostes chamados à liberdade, porém, não useis da liberdade pra dar ocasião à carne, antes sejam servos uns dos outros”. Aí ele dá o arremate final: devemos ser regidos pela lei do amor para utilizarmos bem a lei da liberdade consciente: “porque toda a lei se cumpre em um só mandamento, a saber: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.

Que bela cartada! Mas é claro! O amor é o principio que rege todos os espaços da vida e se amamos com o amor de Deus, a lei e os tentáculos absorventes do legalismo com todos os seus preceitos sobre preceitos (como o próprio Jesus se referiu aos fariseus de carteirinha) caem por terra e desmoronam sob a vigência dessa lei superior.

Agora, liberdade é assunto para cristão maduro que é norteado por sua consciência e não por regras. É para aquele que ama como Jesus amou e plaina nas asas do Espírito. Por isso Paulo acrescenta ainda: ”Digo, porém, andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne” (exortação ligada ao legalismo e à libertinagem, pondo os dois no mesmo patamar)....”ora, o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. CONTRA ESSAS COISAS NÃO HÁ LEI”. Então, que me perdoem os suscetíveis, sou um fora da lei assumido, mas um fora da lei que é dirigido por uma lei maior, a Lei do Amor. Ora, o amor de Deus é indomável, e não pode ser medido. Como diria Brennan Manning, o anseio furioso de Deus, fazendo alusão à imensa vitalidade de Jesus em sua busca por uma união conosco.

Assim, nos constituímos foras da lei, quando vivemos subversivamente, à margem do regime tirânico do reino desencantado do legalismo imposto como lei férrea pra se viver.

Sendo assim, toda tentativa de dirigir, cercear, e proibir, não passam de tentativas inócuas de controlar os cristãos, mas nem de longe produzirá cristãos maduros que amam a Deus e saberão fazer boas escolhas, mesmo sem os olhos perscrutadores e suspeitosos dos xerifes da religião os escaneando 24 por dia.

Talvez você diga que isso é arriscado, e eu digo que é! Mas só assim você terá crentes equilibrados, e não eternos bebês crescidos, presos nos cercadinhos da creche eclesiástica, que só sabem fazer o que a liderança manda, mas que no mínimo vacilo, escapam para bem longe da jaulinha das leis humanas.

Quando somos foras da lei regidos pela lei do amor, então tudo que nos tange na vida, orbitará em torno da submissão e lealdade à Cristo e aos homens, quando estes estiverem sendo coerentes com a Lei do Amor, e tudo passará pelo crivo da peneira do “julgai todas as coisas, retendo o que é bom, se desviando de toda forma de mal”, e do pressuposto “todas as coisas me são permitidas, mas nem todas me convêm...” e: “todas as coisas me são permitidas, mas não me deixarei dominar por nenhuma delas”.

Diante do exposto, Você assume que também é um fora da lei?






Por Manoel dC

A liberdade individual segundo John Stuart Mill

                                                                                                            John Stuart Mill

“Quem deixa que o mundo, ou uma porção deste, escolha seu plano de vida não tem necessidade senão da faculdade de imitação dos símios.” (John Stuart Mill)

O “povo” que exerce o poder nem sempre é o mesmo povo sobre quem o poder é exercido, e o “autogoverno” de que se fala não é o poder de cada um por si mesmo, mas o de cada um por todos os outros. Por conseqüência, o povo pode desejar oprimir uma parte de sua totalidade e contra isso não são necessários menores precauções do que contra qualquer outro abuso de poder. Agora nas especulações políticas geralmente se inclui a “tirania da maioria” como um dos males contra os quais a sociedade exige proteção. Não basta, portanto, a proteção contra a tirania do magistrado; é necessária também a proteção contra a tirania da opinião e do sentimento dominantes, contra a tendência da sociedade a impor, por meios outros que não os das penalidades civis, as próprias idéias e práticas, como regras de conduta aos que delas dissentem.

O efeito do costume, no sentido de prevenir qualquer receio relativamente às regras de conduta que os homens impõem uns aos outros, é tanto mais completo por se tratar de um assunto para o qual geralmente não se considera necessário fornecer razões, seja por parte de uma pessoa para outras, seja por parte de cada um, para si mesmo. As pessoas estão acostumadas a acreditar, e foram encorajadas nessa crença por alguns que aspiram a ser reputados filósofos, que seus sentimentos, em questões dessa natureza, valem mais que as razões, tornando-as desnecessárias. Ninguém, com efeito, admite a si mesmo que seu padrão de julgamento seja seu próprio gosto. Porém, uma opinião a respeito de conduta que não esteja apoiada em razões pode tão-só ter importância como preferência pessoal.

O único propósito de se exercer legitimamente o poder sobre qualquer membro de uma comunidade civilizada, contra sua vontade, é evitar dano aos demais. Seu próprio bem, físico ou moral, não é garantia suficiente. Não pode ser legitimamente compelido a fazer ou a deixar de fazer por ser melhor para ele, porque o fará feliz, porque, na opinião dos outros, fazê-lo seria sábio ou mesmo acertado. Essas são boas razões para o advertir, contestar, persuadir, instar, mas não para o compelir ou castigar quando procede de outra forma. A única parte da conduta de cada um, pela qual é responsável perante a sociedade, é a que diz respeito a outros. Na parte que diz respeito apenas a si mesmo, sua independência é, de direito, absoluta. Sobre si mesmo, sobre seu corpo e mente, o indivíduo é soberano. Cada um é o guardião adequado de sua própria saúde, seja física, mental ou espiritual. A humanidade ganha mais tolerando que cada um viva conforme o que lhe parece bom do que compelindo cada um a viver conforme pareça bom ao restante.

A religião, o mais poderoso dos elementos que compõem o sentimento moral, quase sempre tem sido governada ou pela ambição de uma hierarquia que busca controlar todo departamento da conduta humana, ou pelo espírito do Puritanismo. E alguns dos reformadores modernos que se opuseram fortemente às religiões do passado não ficaram de modo algum atrás das igrejas ou seitas na reivindicação do direito de dominação espiritual. A disposição dos homens, seja como governantes ou como concidadãos, a impor sobre outros suas próprias opiniões e inclinações como regra de conduta encontra tão enérgico apoio por parte de alguns dos melhores e piores sentimentos inerentes à natureza humana, que talvez só seja possível restringi-la pela falta de poder.

Se todos os homens menos um partilhassem a mesma opinião, e apenas uma única pessoa fosse de opinião contrária, a humanidade não teria mais legitimidade em silenciar esta única pessoa do que ela, se poder tivesse, em silenciar a humanidade. Se a opinião é correta, privam-nos da oportunidade de trocar o erro pela verdade; se errada, perdem, o que importa em benefício quase tão grande, a percepção mais clara da verdade, produzida por sua colisão com o erro. Todo silêncio que se impõe à discussão eqüivale à presunção de infalibilidade. Há uma enorme diferença entre presumir uma opinião como verdadeira porque, apesar de todas as oportunidades para contestá-la, ela não foi refutada, e pressupor sua verdade com o propósito de não permitir sua refutação.

O único modo pelo qual é possível a um ser humano tentar aproximar-se de um conhecimento completo acerca de um assunto é ouvindo o que podem dizer sobre isso pessoas de grande variedade de opiniões, e estudando todos os aspectos em que o podem considerar os espíritos de todas as naturezas. O hábito constante de corrigir e completar a própria opinião cotejando-a com a de outros, longe de gerar dúvidas e hesitações ao pô-la em prática, constitui o único fundamento estável para que nela se tenha justa confiança. A verdade de uma opinião faz parte de sua utilidade. Se quiséssemos saber se é ou não desejável crer numa proposição, seria possível excluir a consideração sobre ser ou não verdadeira? Na opinião, não dos maus, mas dos melhores, nenhuma crença contrária à verdade pode ser realmente útil.

A história está repleta de exemplos de verdades silenciadas pela perseguição. A perseguição sempre triunfou, salvo quando os heréticos formavam um partido demasiado forte para que os perseguissem efetivamente. É um exemplo de sentimentalidade ociosa supor que a verdade, meramente por ser verdade, possua o poder inerente, negado ao erro, de prevalecer contra o calabouço e o cadafalso. A real vantagem da verdade consiste em que, quando uma opinião é verdadeira, pode-se extingui-la uma, duas ou inúmeras vezes, mas ao longo dos anos se encontrarão pessoas que tornem a descobri-la, até que uma de suas reaparições ocorra numa época em que, graças a condições favoráveis, escapa à perseguição, avançando de modo tal que resista a todas as tentativas subseqüentes de suprimi-la.

Quem é capaz de calcular tudo o que o mundo perde na multidão de intelectos promissores combinados aos caracteres tímidos, os quais não ousam seguir nenhuma cadeia de pensamento atrevida, vigorosa e independente, sob pena de alcançarem algo que lhes permita identificar como irreligiosos e imorais? Ninguém pode ser um grande pensador se não reconhece que, como pensador, seu primeiro dever consiste em seguir seu intelecto em todas as conclusões a que o possa conduzir. Onde houver uma convenção tácita de que não se devem contestar os princípios, onde se considerar encerrada a discussão acerca das grandes questões que podem ocupar a humanidade, não podemos esperar encontrar essa escala geralmente alta de atividade mental que tornou tão notáveis certos períodos da história.

O exíguo reconhecimento que a moralidade moderna dispensa à idéia de obrigação para com o público deriva das fontes gregas e romanas, não das cristãs; do mesmo modo como, na moralidade da vida privada, tudo quanto existe de magnanimidade, generosidade, dignidade pessoal, até senso de honra, deriva da parte de nossa educação puramente humana, não da religiosa, e jamais poderia originar-se de um padrão ético no qual o único valor, confessadamente reconhecido, é o da obediência. O sistema cristão não constitui exceção à regra segundo a qual num estado imperfeito do espírito humano os interesses da verdade exigem uma diversidade de opiniões. Uma grande parte dos mais nobres e valorosos ensinamentos morais foi obra não apenas dos homens que não conheciam, mas também dos que conheciam e rejeitavam a fé cristã. O mal a temer não é o conflito violento entre partes da verdade, mas a supressão silenciosa de parte dela. Se fosse necessário escolher, haveria muito mais necessidade de reprovar ataques ofensivos à infidelidade religiosa do que à própria religião.

Os trechos acima foram copiados, ipsis litteris, do livro A Liberdade, de John Stuart Mill. Estou tão de acordo com suas idéias, e reconheço minha incapacidade de melhor expressá-las, que optei por transcrevê-las aqui, tendo o trabalho apenas de selecionar as melhores passagens, em minha opinião. Deixo a conclusão com o próprio autor também:

“As pessoas de gênio, é verdade, são e provavelmente sempre serão uma pequena minoria; no entanto, para tê-las é necessário conservar o solo em que crescem. O gênio só pode respirar livremente numa atmosfera de liberdade”.



Por Rodrigo Constantino

Texto presente em “Uma luz na escuridão”, minha coletânea de resenhas de 2008.

Não queremos nenhuma ditadura. Precisamos de mais democracia



A melhor maneira de interromper uma dor derivada de uma metástase ainda é simplesmente morrer. Um dos maiores pecados – e erros – dos grupos armados que foi tentar substituir uma ditadura por outra.

Alguém pode até ter dificuldades para definir o que seja ditadura. Quem viveu uma delas não precisa. Sabe na pele o que é.

Quem defende o retorno às trevas ou é um dos que ajudaram a mergulhar o país no horror ou é um desavisado que quer dar razões aos lulopetistas para continuarem a defender a anarcoditadura bolivariana.

Num momento histórico em que se vê a camarilha desmanchar -se por si mesma, sob o efeito sanitário do sol, trata-se de um desserviço ao Brasil. Não queremos uma ditadura. JAMAIS a desejamos. Fomos às ruas lutar até pela concessão da anistia a quem pretendia trocar por outra a que nos infelicitava.

Queremos o fim do projeto ditatorial a que deram o nome de bolivarianismo. E não quero trocar uma incompetente boneca de ventríloquo por um general de óculos escuros. Não troco. Não faz parte de meu jogo. Nem do Brasil.

Queremos o resgate da cidadania. E neste conceito, há um papel reservado às Forças Armadas, sob as ordens do Poder Executivo.

Se havia um Muricy, havia um Sérgio Macaco. Para cada Burnier, tínhamos um Moreira Lima. Hoje, para cada Lula ainda temos um Ayres Brito, um Joaquim Barbosa ou um Pedro Simon.

São mais do que otários os que pedem o retorno do que lutamos tanto (NÓS, O POVO) para jogar no lixo. São covardes. Precisam de bedeis para alcançar o que julgam ser democracia.

O PT fez renascer a direita no Brasil. Levou-nos a desprezar a América Latina recheada de populistas de quinta categoria. Usou a mentira em defesa de seus (deles) próprios crimes. Copiou a ditadura, abandonou a meritocracia e promoveu a substituição dos “coronéis” por “militantes”. Destruiu empresas. Envergonhou um país.

Nada mais parecido com a ditadura que caiu de podre, ao balançarmos a árvore. A árvore está balançando. Alguns frutos (os mais podres) já estão caindo.

Não precisamos de ditadura. Basta mais democracia.



Por Reynaldo Rocha 

Para onde vai o Brasil?


“Não era preciso ser bruxo para perceber o que iria acontecer no futuro. Me perdoem satura-los, mas as próximas semanas serão decisivas”. Rocha Paiva.(Publicado no Correio Braziliense em 8 de março e no Jornal O Sul de Porto Alegre em 15 de março de 2010)

No regime democrático, o Estado e as instituições servem à Nação e não a governos e seus programas político-partidários. No regime totalitário, o partido único ou hegemônico é um novo ator, que predomina na relação Nação-Estado. Este último e suas instituições, entre elas as forças armadas (FA), servem ao partido e não à Nação, sobre a qual prevalecem.

A história mostra que o direito é alterado ao sabor do poder dominante em sistemas desequilibrados. O regime democrático depende do equilíbrio entre os poderes, ficando sob ameaça quando, como ocorre hoje no Brasil, o Executivo hipertrofiado e seu partido estabelecem uma estratégia para a tomada total do poder como está claro no Programa Nacional de Direitos Humanos - PNDH.

É perigoso um Legislativo fisiológico e moralmente desgastado, que se submete às pressões do Executivo, e um STF com sete de onze ministros indicados pelo presidente da República, hoje um indispensável e oportuno aliado da esquerda radical em seus propósitos. Porém, o PT sabe que sua candidata, mesmo vencendo a eleição presidencial, não é uma liderança nacional capaz de conduzir com êxito o projeto totalitário do partido. Assim, ao contrário do mandato atual, o PT será protagonista nesse eventual governo, daí o empenho em aprovar algumas propostas do PNDH, sem o que será praticamente impossível concretizar a tomada total do poder.

Caso o Legislativo e o Judiciário se dobrem à pressão do Executivo e alterem normas legais e constitucionais que asseguram o regime democrático, a fim de endossar certas propostas do PNDH, o PT irá controlar, cercear a liberdade e conduzir todos os setores da Nação ao encontro de seu projeto de poder. Para isso, utilizará as comissões e conselhos previstos no Programa que, aparelhados pelo partido, serão a versão nacional dos comissários do povo e sovietes das jurássicas repúblicas socialistas.

Um dos objetivos imediatos da esquerda radical é a neutralização das FA, sendo a Comissão da Verdade uma tentativa de deixá-las inertes e na defensiva. A alteração do texto do PNDH [era o acordo após a pressão do então Ministro da Defesa Nelson Jobim] não impede o propósito de apresentar uma versão facciosa dos eventos históricos, objetos da comissão. Ela está sendo preparada por um grupo de trabalho totalmente parcial, portanto, seu nome pode ser qualquer um menos Comissão da Verdade. As FA são comprometidas unicamente com a Nação, o Estado e a Constituição como devem ser nos regimes democráticos. A esquerda radical pretende enfraquecer este compromisso e redirecioná-lo para o partido; o que será impossível, pois as FA teriam de negar o próprio berço e a histórica aliança com o povo brasileiro e suas aspirações, entre elas a de liberdade.

A visão de futuro da esquerda radical é a de um Estado forte, de economia planificada centralizadamente e com grandes empresas estatais. Baseia-se em uma aliança tácita que apóia, mas controla o empresariado, cujo lucro e gestão dependerão dos financiamentos do governo e dos fundos de pensão nas mãos do Estado. O modelo se assemelha ao capitalismo de estado chinês, adaptado ao perfil nacional, como se deduz das Diretrizes Programáticas do PT – 2011/2014. É um projeto desenvolvimentista para transformar o Brasil em uma potência política, econômica e militar, mas seu custo é a perda da liberdade, uma cara aspiração nacional. Hoje, essa esquerda alia-se com defensores dos direitos humanos, ambientalistas e altas lideranças políticas oportunistas, mas quando estiver fortemente assentada no poder vai se descartar destes incômodos companheiros de viagem, a exemplo dos conhecidos expurgos das revoluções totalitárias.

Visão prospectiva não é adivinhação, mas avaliação de tendências e, em estratégia, o tempo se conta por décadas, não a cada ano. A esquerda radical vê a possibilidade de permanecer no poder até 2022, tempo bastante para concretizar sua estratégia de tomada total do poder já em andamento.

Na Carta Magna, está clara a opção da Nação pelo regime democrático, como se vê no Preâmbulo, Capítulo I e artigo 5º. O Brasil não quer ser um país igual à China do massacre da Praça Celestial e da internet censurada; à Venezuela do desabastecimento, incompetência e ditadura bolivariana; à Cuba dos presídios, “paredões” e fuzilamentos; e ao Irã das eleições fraudadas, prisões e assassinatos de opositores. Neste e nos próximos anos, a vontade da Nação e a estabilidade das instituições, entre elas as FA, passarão por um teste decisivo para o futuro de nossa democracia.
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Por General da Reserva Luiz Eduardo Rocha Paiva

Por que?



Por que será que quando o caldo entorna, figuras de proa do atual governo somem de cena? Pouco antes do escândalo do Petrolão, Lula e companheirada , tudo junto e misturado, armaram palanque marqueteiro defronte da sede da Petrobrás no Rio.

Sob forte calor, figurantes regiamente pagos e molhados de suor, encenaram um abraço simbólico em torno da empresa que um dia foi o orgulho nacional.

Na ocasião não faltaram ameaças de ocupação do prédio caso a oposição vencesse nas urnas. Da patriotada ficaram as fotos e as declarações para a posteridade. Estourada a fortalezado Petróleo, onde se armavam tenebrosas e bilionárias transações, a corda de caranguejo se rompeu e em debandada cada um cuidou de buscar refúgio seguro, longe dos holofotes.

Nem mesmo a ameaça falsa de privatização da estatal foi suficiente para atrair novas manifestações e abraços simbólicos. Petro o que? ninguém sabe , ninguém viu.

Silêncio de mosteiro.

Por que será?

Anunciado o novo triunvirato da economia, Joaquim Levy à frente, o receituário prescrito para tirar o país da UTI em que se encontra, mais parece cópia do programa econômico defendido pela oposição. 

Esta tudo lá.

Numa solenidade dessa importância e dado o instante vivido pelo país, caberia à presidente reeleita o papel de introduzir, publicamente, seus mais importantes colaboradores e quem sabe dar o tom do governo para os próximos quatro anos. Sintomaticamente, a chefe da equipe não mostrou a cara, numa atitude blasé ao estilo : não me comprometam.

Por que será?

Medo do partido?

Vontade de dizer a verdade?

Em 2003 o jeitinho capitalista de ser, salvou o governo Lula. A história se repete em 2014 como farsa e como certeza de que somente o capitalismo salva o PT da ruína.

Por que será?






Por Ari Cunha

sábado, 29 de novembro de 2014

A passividade dos brasileiros diante das mentiras de Dilma



A Dilma trata os brasileiros como verdadeiros idiotas. Mentir está no cardápio do governo como está também a corrupção nas empresas estatais. Um mês depois das eleições, o país é surpreendido com a invasão de banqueiros no Palácio do Planalto mandando e desmandando na economia. A FEBRABAN se derramou em elogios a presidente depois da posse do Joaquim Levy, um dos homens fortes do Bradesco, como Ministro da Fazenda, no lugar do desastrado Guido Mantega, o mágico, que aprendeu com Delfim Neto a mascarar os números da economia para tapear os brasileiros.

A presidente mentiu na campanha para enganar os eleitores. Nem esquentou a cadeira do segundo mandato já demonstra que continua um governo contraditório, sem rumo, sem personalidade e sem comando. Diz uma coisa e faz outra, o que afeta de verdade a sua credibilidade. Na campanha pisoteou a frágil Marina Silva ao acusá-la de se aliar a Neca Setúbal, uma das donas do Banco Itaú, convidada para coordenar a sua campanha, execrando-a a opinião pública. Criticou o Aécio por apresentar com antecedência ao país o seu ministro da Fazenda, Armínio Fraga, para acalmar o mercado econômico. Agora, na maior cara de pau, nomeia Levy para a Fazenda, um dos pupilos de Fraga no meio acadêmico.

Diante de tantas contradições, a presidente já recebeu o primeiro pito do seu ex-concorrente, Aécio Neves. Com muita razão, ele disse: “Hoje, fica evidente que ela sabia estar mentindo ao país durante toda a campanha eleitoral. Como devem estar se sentindo os eleitores que acreditaram na candidata e no seu discurso recheado de bondades, vendo que ela hoje está fazendo tudo o que, durante a campanha eleitoral, disse que não faria?”.

E a mentira também se alastra como praga pelo Palácio do Planalto. Gilberto Carvalho, o espião do Lula lá dentro, ex-coroinha, pode ser excomungado pela Igreja católica por mentir tanto. Ele juntou a imprensa para dizer que o ministro da Fazenda que chega é que se adaptou ao modelo econômico da presidente. Ora, se Levy é partidário desse modelo falido aí então devemos rezar pelo Brasil e pelos contribuintes, coitados, que já sofrem com as promessas irresponsáveis de campanha da presidente quando recebem a conta de luz, abastecem seus carros e vão às compras nos supermercados e feiras livres.

Na verdade, não existe nenhum modelo econômico dilmista para o país. O que existe, isso sim, é um amontoado de arranjos, feito por uma equipe incompetente, vampiros do dinheiro público. Como se pode confiar em um governo que mantém uma tal de Miriam Belchior como ministra do Planejamento apenas para apagar as suas mágoas pela morte do marido, Celso Daniel, prefeito de Santo André, em São Paulo, assassinado de forma misteriosa? Foi esta senhora que, numa entrevista ao Fantástico, disse que o “o PT não tem projeto. Decidimos tocar as obras porque o Brasil tem urgência”, afirmou com a euforia dos amadores. Tanta urgência, senhoras e senhores, que as obra estão paradas, o dinheiro corre pelo ralo e a corrupção campeia porque o Brasil é governado por um amontoado de incompetentes..





Por Jorge Oliveira

A face tucana do PT

Para tirar o País da recessão e disciplinar as contas públicas, a presidente Dilma adota o receituário do PSDB, que tanto criticou na campanha, e anuncia uma composição ministerial com jeito de oposição

                                                                        CARTILHA COM PENA E BICO
                                             Joaquim Levy, anunciado como novo ministro da Fazenda, é ligado
                                                              aos tucanos e um dos defensores do controle fiscal
                                                                                  e do arrocho das contas públicas


Se os símbolos dos partidos políticos retratassem as posições das legendas e dos seus principais representantes, a estrela do PT no segundo mandato de Dilma Rousseff poderia ganhar um bico tucano, símbolo maior do PSDB. Mesmo sob os protestos do seu partido e de aliados fisiológicos, Dilma dá aos primeiros contornos do seu próximo governo uma aparência semelhante ao que seus opositores defenderam durante a eleição. A explicação para a mudança de rumo é simples: a presidente precisa tirar o País do atoleiro em que se encontra. E o sucesso do próximo mandato depende diretamente da retomada do crescimento e do controle dos gastos públicos, que andam desgovernados. Para fazer isso, foi preciso assumir, mesmo que a contragosto, que ela e sua equipe econômica erraram muito nos últimos anos. Ao reconhecer que algumas das propostas defendidas pelo adversário Aécio Neves (PSDB) durante a campanha eram mesmo vitais para a correção de rota, ficou difícil para Dilma fugir de uma composição ministerial com jeito de oposição e se livrar da acusação de ter cometido estelionato eleitoral.

Na última quinta-feira 27, a presidente confirmou as expectativas que rondavam o mercado há algumas semanas e oficializou sua nova equipe econômica. Em uma tentativa de reconstruir suas relações com investidores e grandes empresários, escolheu o economista Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda. O novo ministro é ligado aos tucanos e participou do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Ele defende, sem subterfúgios, rigor no controle fiscal e arrocho das contas públicas, propostas que Dilma demonizou durante a campanha.

As ironias que envolvem a escolha não param por aí. Levy mantém relações próximas com Aécio Neves e segue a mesma linha do amigo Armínio Fraga, o economista que montou o plano de governo da área para o PSDB na última eleição. Durante a campanha, Dilma atribuiu a Fraga uma futura culpa pela recessão ou pela falta de comida e emprego para os brasileiros de baixa renda, em um eventual governo tucano. A opção por um ministro alinhado com o grupo do seu maior adversário causou estranheza. “É uma decisão da presidente. É um quadro qualificado, com quem tenho uma relação pessoal. Mas fico com uma expressão usada hoje pelo ministro Armínio Fraga: a indicação de Joaquim Levy é comparável a um grande quadro da CIA ser convidado para comandar a KGB.”


A inclinação de Dilma em direção às ideias da oposição, que ela combateu durante a campanha, ficou evidente também em relação aos juros. A presidente repetiu diversas vezes que as propostas econômicas do PSDB, e a promessa de perseguir o controle da inflação, iriam causar o aumento dos juros e provocar recessão e desemprego. Seus programas e seus discursos demonstravam que essas propostas estavam distantes dos planos do PT. No dia seguinte ao resultado do segundo turno da eleição, no entanto, ela anunciou o reajuste dos combustíveis. Dois dias depois, o Banco Central aumentou as taxas de juros para 11,25%, o maior patamar em três anos. A decisão pegou o mercado de surpresa e evidenciou quão pouco valiam as promessas eleitorais da presidente.

Embora a repercussão da escolha do novo ministro da Fazenda alinhado com as metas fiscais e o controle das contas desperte certo otimismo, ainda há um clima de desconfiança em relação à postura de Dilma, que sempre tentou comandar a política econômica ditando as regras pessoalmente. Agora, Levy assume com a promessa de independência e carta-branca para tomar o rumo de uma sonhada – e ainda improvável – guinada na economia. Em sua primeira aparição pública depois da confirmação de seu nome, Levy, acompanhado do escolhido para o Planejamento, Nelson Barbosa, e de Alexandre Tombini, que fica no Banco Central, deixou claro que é ortodoxo e que vai trabalhar para restabelecer o superávit primário nas contas públicas e atingir uma economia de 1,2% do PIB em 2015. “Alcançar essas metas será fundamental para um aumento da confiança e criará bases para a retomada do crescimento da economia e da evolução dos avanços sociais”, disse Levy.

Em muitos aspectos manifestados depois do resultado das urnas, a presidente reeleita parece outra pessoa. Antes, ela se armava com números – muitas vezes equivocados – sobre a economia, adotava um discurso repetitivo de que não havia descontrole de gastos e que a inflação a 6,5% estava controlada. Agora, sua nova equipe econômica vai promover cortes, trabalhar para puxar a inflação para a meta de 4,5% e adotar as medidas impopulares que a então candidata tantas vezes, em tom de ameaça de quem previa o caos, disse que seus adversários adotariam. Ao escalar seu time, Dilma mostrou que ficou impossível continuar atuando como a personagem que tem o controle de um País próspero, à imagem e semelhança do que era mostrado nos programas eleitorais elaborados pelo marqueteiro de campanha, João Santana.

As contradições entre o discurso de Dilma e do seu partido e as primeiras medidas que ela adotou depois de eleita despertaram reações em diversos setores que a apoiaram. Um manifesto com mais de 4.500 assinaturas de petistas resume a insatisfação. O texto afirma que é preciso manter a coerência e obedecer ao projeto de governo apresentado durante a eleição. Um dos articuladores do manifesto, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e conselheiro econômico da presidente Dilma, resume o sentimento de quem assina o documento. “O problema é que o projeto de governo que ganhou não vingou. Então, Dilma terminou comprando a versão da política e da economia que os adversários diziam que era a correta. Não vejo isso como um bom sinal. A sociedade não deve ser surpreendida com mudanças nos programas depois das eleições”, opina o economista.

As recentes decisões da presidente Dilma e suas escolhas afinadas com a cartilha da oposição irritaram petistas de todas as correntes. No partido, o sentimento é de que a presidente que assume o segundo mandato segue com o antigo defeito de não dialogar antes de decidir e ignorar as posições do PT sobre diversos assuntos. A incapacidade da presidente de ouvir aliados foi um dos principais empecilhos para a consolidação de alianças em torno do projeto de reeleição. Dilma sofreu resistências dentro do próprio partido e foi obrigada a prometer uma mudança de postura. Coisa que petistas experientes reclamam que não está acontecendo.


Mesmo diante da insatisfação generalizada, poucos militantes de peso admitem publicamente as críticas que fazem nos bastidores à presidente. Raros são os militantes históricos e influentes que levantam a cabeça para marcar posição de resistência às mudanças do segundo mandato. Ex-dirigente nacional, Valter Pomar é um bom exemplo dessa dualidade. Líder da corrente Articulação de Esquerda, ele assina o manifesto em defesa da coerência da presidente reeleita e do respeito ao programa do partido, mas concede: “Dadas a relação de forças no Congresso, as debilidades da esquerda e dos setores populares, para não falar de certas dificuldades estruturais, sabemos que não há condições de fazermos o governo dos nossos sonhos”, diz Pomar. “O que não pode acontecer é acharmos que esta situação difícil é imutável. Para evitar isso, o governo deve ajudar a democratizar a comunicação, ajudar a luta pela reforma política e fazer tudo o que estiver ao seu alcance para manter e melhorar a vida material e cultural da classe trabalhadora”, acrescenta. Pomar agora tem a expectativa de que, depois da escolha da equipe econômica, Dilma nomeie ministros que sinalizem na direção de suas preocupações.

A revolta dos apoiadores de Dilma com a guinada ensaiada para os próximos meses se espalha por outros setores. Na Agricultura, por exemplo, a presidente promove uma incrível coleção de posições divergentes. Em agosto, quando estava em plena campanha, a então candidata participou de uma sabatina na Confederação Nacional da Agricultura (CNA). Diante de uma plateia lotada de grandes ruralistas e representantes de peso do agronegócio, Dilma não causou entusiasmo com seu discurso. Ela prometeu trabalhar pela “classe média rural” e afirmou que a proposta pleiteada por empresários sobre regulamentação dos contratos terceirizados deveria ser amplamente debatida com trabalhadores. A frieza com que os ruralistas receberam o discurso de Dilma contrastou, dias depois, com o entusiasmo que eles demonstraram na recepção ao candidato Aécio Neves. O tucano foi ovacionado ao defender a proposta de criar um superministério na área e repetir que o agronegócio precisava ter espaço no governo proporcional ao seu tamanho e importância.

Para quem assistiu ao duelo eleitoral, parecia que o cenário era de ideologias partidárias. Dilma, do PT, defendia os ruralistas e suas reivindicações com a cautela de quem representava um partido de esquerda, historicamente ligado a movimentos sociais e às minorias. Às vésperas de anunciar seu novo ministério, o cenário mudou. Dilma se prepara para enfrentar seus aliados e apoiadores por nomear como ministra da Agricultura a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO). A parlamentar é uma grande produtora rural, preside a CNA e é adversária histórica de entidades ambientalistas e dos movimentos sociais que lutam por terras. Ao convidar um símbolo do ruralismo e dos grandes latifúndios, Dilma ignora os apelos do PT e abre espaço para os pleitos da categoria, que antes ela parecia não apoiar. A indicação aumenta, além disso, o clima tenso entre PT e PMDB, que tem na pasta da Agricultura um dos seus feudos e na senadora do Tocantins – neófita no partido – uma concorrente pelo comando da pasta.



Ao se aproximar dos ruralistas nos moldes do que prometeu fazer o PSDB, Dilma deixou em alerta entidades e instituições historicamente aliadas ao PT. Quando percebeu as resistências que se formam nos mais diferentes setores, ela recebeu um grupo de intelectuais no Planalto durante duas horas na semana passada. Ouviu as críticas sem muita paciência, mas prometeu não abandonar as diretrizes que seu partido e aliados defendem. O problema é que a governabilidade construída por ela depende diretamente das forças antagônicas que deram respaldo à sua reeleição. O preço dessas alianças começa a pesar nas costas da presidente e as pressões para manter-se coerente já não surtem efeitos. Ao estilo Dilma, a presidente deixa de lado diretrizes das propostas e das ideias que defendeu ao longo da campanha sem fornecer explicações. Reeleita, dá sinais de que simpatiza com a cartilha tucana – ou de que pelo menos se convenceu de que o receituário do PSDB, tão criticado por ela na campanha, é o melhor caminho agora – e que seu segundo mandato terá menos a cara do PT. A tucanização do PT pode ser a receita para evitar um novo fiasco. O problema é se os próprios eleitores de Dilma começarem a pensar que, se era para copiar o ideário tucano, teria sido melhor ter escolhido o original, e não a imitação. O raciocínio faz todo sentido.





Fonte: IstoÉ Independente
Por Izabelle Torres
Montagem sobre fotos de Adriano Machado/Agência Istoé
Fotos: Antonio Cruz/ABr, Camila Fontana/Editora Globo; FOLHAPRESS

O PIB em miúdos



Há magros, miúdos, motivos de ânimo nos dados da economia no terceiro trimestre. A feia palavra recessão saiu de cena, já que o PIB ficou em 0,1%. Indústria e investimento subiram um pouco. No geral, o quadro é desolador. A taxa de poupança é a mais baixa em 14 anos. O consumo das família provou que o modelo de crescer incentivando o endividamento se esgotou.

Trocando em miúdos: o país parou no ano de 2014. Não é culpa do mundo. É resultado das escolhas da política econômica que persistiu no erro com uma insistência que não se curvava nem aos fatos da vida. O ministro Guido Mantega, que ainda está no exercício de suas funções, achou que o país cresceria pelo consumo das famílias estimulado pelo endividamento. Ontem mesmo ele repetiu que um dos problemas é a baixa concessão de crédito por parte do sistema financeiro. Mas a verdade é que as famílias tomaram empréstimos, comprometeram seus orçamentos e agora pagam as contas. Orçamento não é elástico e, felizmente, as famílias sabem.

Em tempos de mudança de lógica no Ministério da Fazenda, o magro 0,1% positivo se soma ao novo ânimo de que se possa encontrar, em algum momento, a saída para a estagnação. Pelo menos daqui para diante haverá ministros falando algo que faça sentido em Brasília. A definição da consultoria Rosenberg Associados para o número de ontem foi: “parou de piorar, mas também não melhorou muito.”

O investimento cresceu depois de quatro trimestres seguidos de queda. Mas o recuo acumulado nesse período foi de 11,1%, enquanto a alta foi de apenas 1,3%. Nem de longe recupera as perdas. A taxa de investimento como proporção do PIB caiu para 17,4%, o número mais baixo desde 2007, e muito distante da meta estipulada pelo próprio governo, de subir acima de 20% do PIB.

A taxa de poupança, por sua vez, caiu para 14% do PIB, o número mais baixo para um terceiro trimestre desde o ano 2000. O déficit em conta-corrente na ordem de 4% do PIB — sinônimo de poupança externa — mostra que esse é um dos principais gargalos da economia brasileira atualmente. Somando as duas poupanças (interna e externa) chega-se a um número de 18% do PIB para financiar os investimentos. Muito baixo.

Por isso, a sinalização do novo ministro da Fazenda Joaquim Levy de aumentar o superávit primário é positiva e ajuda a melhorar as expectativas. O primário, além de combater a inflação e controlar a dívida pública, também fortalece a taxa de poupança. Ao invés de o governo gastar com custeio e pessoal, como vem acontecendo nos últimos anos, ele poupará recursos para investir.

É verdade que isso pode deixar a economia mais fraca em um primeiro momento, e esse é um dos motivos pelos quais as previsões para o PIB de 2015 estão baixas, em torno de 1%. Mas ter metas fiscais que se possa acreditar ajudará a mudança das expectativas.

O consumo das famílias recuou pelo segundo trimestre consecutivo, algo que não acontecia há 11 anos. A inflação e o endividamento limitam o orçamento doméstico. A subida dos juros para conter a inflação piora esse quadro num primeiro momento, mas deixar a inflação nesse patamar seria insensato. O IPCA terá que ceder, para depois o ritmo de crescimento voltar a ficar mais forte.

A taxa acumulada de crescimento nos últimos quatro trimestres desacelerou de 1,4% para 0,7%. A expectativa do mercado é que chegue ao final do ano com um crescimento de apenas 0,2%. Ao mesmo tempo, a inflação ficará em torno de 6,4%.

A nova matriz macroeconômica falhou: derrubou o crescimento e alimentou a inflação. A comemoração do miúdo 0,1% é seu melancólico final.





Por Miriam Leitão

Guinada ortodoxa?


Assim que soube da indicação de Joaquim Levy ao cargo de ministro da Fazenda de Dilma 2 veio-me à lembrança o alerta de Nietzsche: "Aos intelectuais que ingressam na política um papel cômico costuma estar reservado: eles acabam sendo a boa consciência de uma política de Estado".

À luz do fiasco da "nova matriz" em Dilma 1 seria de se esperar algum movimento corretivo da política econômica no segundo mandato, com a prevalência da "curva de aprendizado" sobre o cenário da "aposta redobrada". A surpresa, contudo, é a aparente radicalidade do movimento prenunciado pela escolha de um "Chicago boy" de ilibada reputação fiscalista como titular da Fazenda --uma guinada de 180°!

Será? Salta aos olhos a discrepância entre o teor campanha --baseada na negação da necessidade de qualquer ajuste na economia e na mentira calculada sobre as intenções alegadamente conservadoras e excludentes de Aécio e Marina-- e o perfil dos ministros indicados pela presidente: não só Levy, mas a ruralista Kátia Abreu, na Agricultura, e o ex-chefe da CNI Armando Monteiro no Desenvolvimento.
É inteiramente compreensível que os intelectuais petistas e os líderes de movimentos sociais, feitos de palhaços na campanha, estejam furiosos com a traição e denunciem em manifesto a "regressão" em curso e a capitulação de Dilma 2 às "forças do rentismo e do atraso".

A máscara caiu, mas a dúvida se renova. Assim como a mentira descarada dominou a campanha, o que nos garante que a pretensa inflexão à ortodoxia em Dilma 2 não venha a revelar-se nova tentativa de logro --mero jogo de cena visando apaziguar temporariamente os mercados e impedir a temida retirada do "grau de investimento" dos títulos brasileiros pelas agências de risco?

Joaquim Levy tem sólida formação acadêmica e possui comprovada experiência tanto no setor público como no mundo da alta finança. Ocorre que suas ideias sobre política econômica --macro e micro-- diferem ao extremo do nacional-desenvolvimentismo e da falta de compromisso com a transparência fiscal que têm sido a marca registrada do atual governo.

A esfinge desafia a argúcia dos analistas: até que ponto ele desfrutará de autonomia para pôr em prática suas ideias? Mudou o governo ou mudará ele? E se um não mudou nem mudará o outro, quantos meses dura o engodo?

Os governantes podem ignorar os limites impostos pela aritmética econômica por algum tempo, mas cedo ou tarde a dura realidade acaba se impondo com suas unhas de bronze. É possível que o medo tenha vencido a ideologia, como em Lula 1. Mas Levy que se cuide: os economistas podem ser mais ingênuos sobre política do que os políticos são ingênuos sobre economia.



Por Eduardo Giannetti

Rotina de censura: “Liberdade de imprensa não é liberdade de empresa”



Você provavelmente já deve ter ouvido algum petista (ou membro do PSOL, ou membro do PCdoB, o que dá no mesmo) dizendo que “não há problema algum na liberdade de imprensa, mas não pode existir liberdade de empresa”.

Em uma entrevista com um picareta anti-liberdade de imprensa Marcelo Rubens Paiva coletou a frase “liberdade de imprensa virou liberdade de empresa”.

O truque é sutil e feito com um único intuito: colocar você como um sujeito “amigo das empresas” (as entidades malignas detentoras do “capital”, no léxico dessa gente), enquanto eles lutariam pelo “interesse do povo”.

Porém, ao falar sobre liberdade de imprensa, nunca, nunca, nunca, sob hipótese alguma, pense na questão como “apenas uma relação entre empresas e governo”.

Se pensarmos nisso, cairemos na ilusão de achar que toda a questão se resume a empresas recebendo verba estatal. Daí alguns liberais vão cair na armadilha de achar que “ah, se não tem dinheiro do governo, vem de outro lugar”. Nesse momento, muitos dão de ombros e não percebem o engodo.

O problema é que toda questão de liberdade de imprensa possui três perspectivas, que devem ser avaliadas em conjunto.

São elas:

Liberdade das empresas: não podem ser coagidas por meio de pressão por verbas estatais. As verbas devem ser divididas por princípios de isonomia. Mas esse é o menor do problema, pois os empresários sempre se adaptam.

Liberdade do jornalista: não pode ter sua carreira ameaçada por pressão econômica do estado, que, como já disse, só poderia dividir verbas seguindo princípios de isonomia.

Liberdade do consumidor de notícias: não pode ter as notícias selecionadas a partir de pressão econômica do estado. E não preciso me repetir quanto ao princípio da isonomia, certo.

Se alguém avaliar a questão somente pelo relacionamento das empresas com o governo, obviamente estamos diante de um seríssimo caso de deficiência de cognição política, ou então desonestidade mesmo.

O fato é que se o governo cerceia a liberdade das empresas, pelo uso da pressão econômica (fazendo uso das verbas estatais para essa pressão), automaticamente a liberdade dos jornalistas e dos consumidores de notícias são afetadas.

Um exemplo evidente é o caso de Rachel Sheherazade.

Pela pressão econômica da bancada governista sobre o SBT (ou seja, a empresa), uma jornalista teve sua voz calada. No efeito cascata, todos os consumidores de mídia que queriam ver e ouvir as opiniões de Rachel foram prejudicados.

Como se nota, basta olhar a realidade para saber que o slogan governista “liberdade de imprensa não é liberdade de empresa” é tão cínico quanto mentiroso.





Por Luciano Henrique

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Os doze trabalhos de Dilma

Foi por conta de tristeza e por penitência que o semideus Hércules submeteu-se à realização dos doze trabalhos. O herói havia tido um acesso de loucura e acabou matando sua esposa, Mégara e seus filhos, ateando fogo na própria casa, tudo por causa de um feitiço do qual foi vítima por parte de Hera, a esposa “oficial” de Zeus. Quando Hércules recuperou a razão, procurou o Oráculo de Delfos para buscar orientação sobre como enfrentar a tragédia. O Oráculo mandou-o se entregar em servidão a Euristeus, rei da cidade de Micenas, que ordenou a realização das famosas tarefas. Os doze trabalhos foram realizados para que Hércules se redimisse dos erros e crimes que havia cometido.

Dilma tem em comum com Hércules apenas a tão necessária remitência que a presidente brasileira precisa perseguir depois de tantos erros cometidos nos anos Lula+Dilma e que, em caso de se avolumarem, levarão todos nós a um inferno dantesco. Mas esta é outra história.

A Presidente Dilma terá trabalhos e desafios hercúleos pela frente. Alguns deles servirão para tentar salvar seu mandato antes e depois de tomar posse. Outros serão, talvez, ainda mais difíceis, pois foram promessas que, desta vez, serão cobradas por pelo menos 51 milhões de brasileiros. Eis os trabalhos:

1) Terá que derrotar a Hidra de Lerna que se tornou a Operação Lava Jato. Cada cabeça cortada, dá vida à outra e se Dilma for implicada no esquema, não governará;

2) O Leão de Neméia de Dilma será a LDO mística que transforma déficit em superávit que, se não for aprovada pelo Congresso ou glosada pelo STF, fará com que ela encare um processo por crime de responsabilidade por ser incauta e perdulária.

3) O Javali de Erimanto será o prêmio caso Dilma tenha suas contas de campanha aprovadas pelo TSE, cujo juiz responsável é ninguém menos do que Gilmar Mendes.

4) A Corsa Cerinéia dos chifres de ouro e pés de bronze será uma explicação minimamente decente para as centenas de milhões de dólares doados a Cuba para construção do porto de Mariel, cujos empréstimos secretos são proibidos e não passaram pelo Congresso.

5) As Aves do Estínfale que a Presidente terá de enfrentar serão as respostas que deverá dar à sociedade quanto as “medidas impopulares” que terá de tomar – e já está tomando – lembrando que tais medidas ela atribuía a seu demonizado adversário nas eleições de outubro.

6) Domar o Touro de Creta será o desafio que Dilma e o PT terão de encarar, caso se comprovem os inúmeros e cretinos indícios de fraude eleitoral, uso ilegal da máquina e parceria insólita do TSE com uma tal de Smartmatic, empresa responsável pela infraestrutura de tráfego de dados das votações, a mesma que opera na Venezuela e em outros países bolivarianos.

7) Desviar os cursos de dois rios para lavar as Cavalariças de Áugias, soterradas de fezes, será um dos trabalhos mais desafiadores para Dilma e seus incompetentes gestores petistas: Concluir as obras abandonadas da transposição do Rio São Francisco, cuja inauguração foi prometida para 2012.

8) Capturar as Éguas carnívoras de Diomedes será um trabalho dificílimo para a presidente cujo idioma é entendido por pouquíssimas pessoas. Ela terá de explicar outros escândalos que já começam a pipocar, como o “Eletrolão”, a corrupção e Furnas e Itaipu e na Infraero, além do Pronaf e nos Fundos de Pensão dos Correios, da Caixa e do BNDES.

9) Para as futuras saias justas que o Congresso Nacional submeterá o Executivo, tendo Eduardo Cunha na presidência da Câmara, Dilma precisará conquistar o Cinto de Hipólita, que Hércules só conseguiu por se deixar seduzir pela guerreira que cortou o próprio seio para melhor manejar o arco e flecha. Hipólita, bem como todas as demais amazonas, foram mortas por Hércules depois que seu intento foi obtido.

10) Os bois de Gerião foram roubados por Hércules e destes, alguns foram surrupiados por um gigante chamado Caco. Dilma terá de fazer tossir sua vaca e seus bois para explicar que vai, por causa do déficit monstruoso, mexer – sim – nas conquistas e em direitos trabalhistas, ao contrário do que prometeu na campanha. Dilma piou e agora terá de mugir.

11) Atlas e Hércules mentiram um para o outro no trabalho dos Pomos de Ouro. Hércules pediu que Atlas buscasse os pomos enquanto segurava o mundo para ele. Atlas trouxe os pomos mas não quis mais segurar a orbe nas costas. Hércules disse a Atlas que ele iria apenas entregar os pomos ao rei e já voltaria. Atlas confiou em Hércules e voltou a carregar o mundo. Hércules foi e nunca mais voltou. Dilma fez o mesmo quando demonizou a equipe econômica de Aécio e depois trouxe para seu ministério o mesmo perfil, diante do assombro do próprio PT e de seus próprios eleitores, que passaram eles a carregar Dilma e suas incontáveis mentiras nas costas.

12) Por fim, Dilma terá de enfrentar seu próprio cão de três cabeças e cauda em forma de serpente que guarda a entrada do mundo dos mortos, permitindo a entrada de todos, mas não deixando ninguém sair. Terá de fazer um governo fisiológico, mercenário, permitindo a entrada de qualquer um que lhe dê voto no Congresso, terá de nomear Ministros e gestores sedentos por verbas e cargos, terá de governar da mesma forma que fez sua campanha: “fazendo o diabo”.

Depois de concluídos os doze trabalhos, Hércules estava remidido. Dificilmente acontecerá o mesmo, entretanto, com Dilma Vana Rousseff.





Por Glauco Fonseca

2015: um ano indefinido


Faltando um mês para o final do ano, continua tudo nebuloso quando se indaga sobre 2015. Deitada nas nuvens da reeleição, a presidente Dilma hesita diante do que fazer em pelo menos quatro setores básicos: a composição do novo ministério, as mudanças na economia, a reforma política e a roubalheira na Petrobras.

Quanto à nova equipe administrativa, ainda se aguarda o cumprimento da determinação ouvida durante a campanha, de que desta vez Dilma escolheria ministros em função de sua capacidade e sem estorvos partidários. Seria a vez dos melhores em cada setor, afastadas as interferências dos partidos da base oficial e do Congresso, do fisiologismo e da utilização de ministérios em proveito de grupos e de quadrilhas. Pois até agora, nada. Mesmo na formação da nova equipe econômica, nomes refugaram, como o singular Trabuco, do Bradesco, assim como indicados foram repelidos, como Henrique Meirelles, das preferências do Lula. Sobrou o terceiro reserva, Joaquim Levy, tirado do banco às vésperas de o jogo ser iniciado e sob a má vontade do PT. Nas demais pastas em cogitação, a mesma bagunça: Kátia Abreu irá para a Agricultura como representante do agronegócio ou do PMDB? Parte da bancada do partido não a aceita como sua indicação, exigindo incluí-la na quota pessoal da presidente. Ao mesmo tempo, os companheiros do PT insurgem-se contra Cid Gomes na Educação e qjuaixam-se de que o PMDB terá seis ministérios. Existem candidatos dos senadores e candidatos dos deputados, batendo cabeça, enquanto o PR não admite perder o ministério dos Transportes e o ministério das Cidades virou a cereja do bolo. Em meio a tudo isso, Dilma patina e vai adiando definições importantes, como a posse da equipe econômica, obrigada a conviver com a atual, desgastada, no terceiro andar do palácio do Planalto. Em suma, para dizer o mínimo, não mudou nada. A confusão e as ambições são as mesmas.

Passa-se à economia. Os setores conservadores imaginam que Joaquim Levy vai mudar tudo, promovendo um arrocho sobre a classe média e os menos favorecidos, mas ampliando os benefícios do alto empresariado. Sacrifícios, sim, mas para os outros. Desemprego, falta de crédito e aumento da carga tributária são tidos como inevitáveis, só que penalizando os mesmos de sempre. O retorno do tal otimismo econômico passa pelas mesmas vias por onde transitou o neoliberalismo. O novo ministro da Fazenda pode até dispor de um plano de contenção dos excessos praticados ao longo dos últimos anos, mas se vai conseguir implantá-lo, não depende dele. A decisão estará com Dilma e suas contradições, mesmo optando pela contramão de suas promessas de campanha. Em suma, indecisões.

Da reforma política, impossível falar. A presidente não particularizou o que pretende além do financiamento público das campanhas e da convocação de uma Constituinte exclusiva, duas propostas que o PMDB e a torcida do Flamengo repudiam. Muito menos o Congresso admite abrir mão das regras e dos instrumentos que serviram para a última eleição. Modificá-los colocaria em risco as próximas, ainda que em 2018. A montanha, tudo indica, acabará por gerar um rato. Inexiste consenso sequer entre os partidos, quanto mais diretrizes no Legislativo.

Por fim, a roubalheira na Petrobras. Líderes dos partidos da base oficial tremem cada vez que o Procurador Geral da República anuncia, sem concretizar, a intenção de revelar o nome dos políticos implicados na lambança. Só que até agora permanecem encobertos os bandidos revelados nas diversas e sigilosas delações premiadas. Especula-se em torno de cem deputados, doze senadores e alguns governadores e ministros. O silêncio é absoluto no palácio do Planalto, apesar de a chefona alardear que os culpados serão punidos. Que culpados? Os processos correrão antes ou depois das diplomações? Em seguida às posses marcadas para fevereiro? E depois, haverá cassação de mandatos?

Pelo jeito, em pleno presidencialismo, vivemos a banda podre do parlamentarismo, com dona Dilma sujeita a todo tipo de pressões, das descabidas às naturais. Tudo diante de um ano indefinido e, salvo engano, pior do que esse prestes a se encerrar.










Por Carlos Chagas

O ente abstrato: a quimera do estado benevolente


“O Estado é a grande ficção através da qual todo mundo se esforça para viver às custas de todo mundo.” (Frédéric Bastiat)

Considero um dos maiores defensores que a liberdade já teve o francês Frédéric Bastiat. Sua curta vida não o impediu de deixar uma obra fantástica sobre o Liberalismo, especialmente pela sua incrível objetividade de argumentação. Bastiat derrubou muitos sofismas econômicos, e defendeu a separação entre Estado e economia. Este artigo tem como objetivo resumir sua visão básica sobre o Estado.

Para Bastiat, o Estado é tratado como um personagem misterioso, extremamente solicitado e invocado para a solução dos males que assolam as pessoas. Acabar com a miséria, gerar empregos, garantir a segurança, proteger indústrias, fomentar o crédito, educar os jovens, socorrer os idosos, incentivar as artes, enfim, para praticamente tudo que há demanda, o Estado surge como uma panacéia, capaz de resolver todos os problemas. As ações benévolas do Estado representam aquilo que se vê, enquanto os custos muitas vezes representam aquilo que não se vê. Para quem não entende corretamente a ligação entre causa e efeito, ainda mais ao longo do tempo, nada mais natural que exigir do Estado sempre mais e mais, ignorando as nefastas conseqüências disso.

O homem repudia o sofrimento e a dor. Contudo, é condenado pela natureza ao sofrimento da privação, se não partir para o trabalho. Mas muitos preferem tentar descobrir uma forma de se aproveitar do trabalho de outrem. Daí surge a escravidão, a espoliação, as fraudes. Com o desaparecimento da escravidão, não desaparece a infeliz “inclinação primitiva” que trazem em si os homens para lançar sobre outros o sacrifício necessário para a satisfação e o prazer próprios. Bastiat afirma: “Existem ainda o tirano e a vítima, mas, entre eles, se coloca um intermediário que é o Estado, ou seja, a própria lei”. E para Bastiat, essa espoliação legal é ainda mais imoral que a escravidão, que pelo menos era mais direta e clara.

Assim, todos acabam se dirigindo ao Estado, alegando que entre o trabalho e os prazeres não está havendo uma proporção satisfatória. Para restabelecer o equilíbrio desejado, pretendem avançar um pouco nos bens de outra pessoa. O Estado será o veículo usado, o intermediário. O objetivo é alcançado com tranqüilidade de consciência, já que a própria lei terá agido por eles, que terão as vantagens da espoliação sem os riscos de tê-la praticado, ou sem o ódio que ela gera nas vítimas. Brincam que a diferença entre um político e um ladrão é que, o primeiro, nós escolhemos, enquanto o segundo nos escolhe. As brincadeiras têm um fundo de verdade.

Essa “personificação” do Estado tem sido no passado e será no futuro uma fonte fecunda de calamidades e de revoluções. O povo está de um lado, o Estado do outro, como se fossem dois seres distintos. O Estado tem duas mãos: uma para receber, outra para dar. Conforme Bastiat, a mão rude e a mão delicada. A ação da segunda subordina-se necessariamente à da primeira. Como dizia Roberto Campos, “o bem que o Estado pode fazer é limitado; o mal, infinito”. Afinal, “o que ele nos pode dar é sempre menos do que nos pode tirar”. Isso se explica, segundo Bastiat, “pela natureza porosa e absorvente de suas mãos, que retêm sempre uma parte e às vezes a totalidade daquilo que tocam”. O que é realmente impossível é o Estado devolver ao povo mais do que ele tomou, como se pudesse criar riqueza do nada.

Dessa forma, coexistem no povo duas esperanças e no governo duas promessas: muitos benefícios e nenhum imposto. Por serem esperanças e promessas contraditórias, não podem se realizar nunca. Bastiat questiona: “Não estará aí a causa de todas as nossas revoluções?”. Pois entre o Estado que esbanja promessas impossíveis e o povo que sonha coisas irrealizáveis, surgem os ambiciosos e vendedores de utopias. O povo passa a acreditar nas promessas utópicas, mas estas nunca se concretizam. A contradição é eterna: se o governante quiser ser filantropo, é forçado a permanecer fiscal. Antes de oferecer qualquer coisa ao povo, tem inexoravelmente que tirar dele antes. A idéia de que o Estado deve dar muito aos cidadãos e tirar deles muito pouco é absurda e perigosa. Mas como alerta Bastiat, os “cortejadores de popularidade” são peritos na arte de mostrar a mão delicada, mas esconder a mão rude.

Tudo exigir do Estado e nada dar é “quimérico, absurdo, pueril, contraditório e perigoso”. Bastiat pergunta: “Como é que o povo não vai fazer revolução em cima de revolução, se ele estiver decidido a só parar quando houver realizado esta contradição: nada dar ao Estado e dele receber tudo?”. Mas esses utópicos fogem desta contradição justamente pela abstração do Estado, como se ele pudesse ser algo diferente da soma dos cidadãos que compõem a nação. Para os socialistas, existe um estado natural de abundância. Nunca compreenderam direito o conceito de escassez. Basta empurrar as demandas existentes para o ente abstrato chamado Estado, que tudo irá ficar maravilhoso. Teremos o paraíso terrestre!

Para os outros que entendem a mensagem de Bastiat, no entanto, o Estado não é ou não deveria ser outra coisa senão “a força comum instituída, não para ser entre todos os cidadãos um instrumento de opressão e de espoliação recíproca, mas, ao contrário, para garantir a cada um o seu e fazer reinar a justiça e a segurança”. Ou seja, o Estado deveria existir para garantir a propriedade privada e as trocas voluntárias num ambiente de liberdade. Nunca para praticar a espoliação legal, que nada mais é que escravidão velada.



Por Rodrigo Constantino

Um padre no bordel?


A escolha de Joaquim “mãos de tesoura” Levy para o ministério da Fazenda continua dando o que falar. A ala mais à esquerda do PT está em polvorosa, inconformada. Alega que não foi esse o projeto vencedor nas urnas, mas está equivocada. Afinal, o que venceu nas urnas eletrônicas não foi projeto algum, mas sim a compra escancarada de votos com muito terrorismo eleitoral.

Discorda? Então desafio o leitor a perguntar ao grosso da base de eleitores de Dilma qual era esse projeto, quem era Guido Mantega, e se estavam satisfeitos com os índices de inflação no país. Que tal? É evidente que a eleição não foi decidida com base no debate de propostas, e que a maioria dos eleitores de Dilma sequer compreende o que estava em jogo. Foram vítimas ou cúmplices do abuso da máquina estatal e da exploração da própria ignorância por parte de um marqueteiro maquiavélico e disposto a tudo para vencer.

Isso não deixa de configurar um escancarado estelionato eleitoral, claro, mas somente porque o terrorismo feito pela campanha de Dilma associava as medidas ortodoxas necessárias ao desaparecimento de comida na mesa dos mais pobres, algo que não faz o menor sentido. Dilma mentiu, e mentiu muito. Isso é fato. Mas daí a constatar que o “projeto” que venceu nas urnas foi o nacional-desenvolvimentismo com base na “nova matriz macroeconômica” vai uma longa distância. O eleitor de Dilma não votou em Belluzzo. O povo só não quis perder o Bolsa Família, ponto.

Mas a maioria da população queria mudança. Muitos podem não ter conhecimento técnico adequado para compreender como devem ocorrer tais mudanças. Não têm obrigação de entender de economia, algo que muitos doutores, especialmente os da Unicamp, também não entendem, diga-se de passagem. O que desejam são os resultados. Ou seja, querem menos inflação, mais crescimento e a manutenção dos programas sociais. E isso, queiram os petistas ou não, só será possível com alteração no rumo da política econômica.

Dilma parece finalmente ter compreendido isso, ou compreendido que precisa sinalizar ao mercado que “compreendeu” isso, para ganhar tempo. Daí a escolha de Joaquim Levy, doutor em Chicago, ortodoxo até à alma. O que ninguém sabe ainda é até onde ela está disposta a bancar essa aposta de mudança, pois haverá uma dolorosa fase de ajustes. A permanência de Alexandre Tombini no Banco Central e a escolha de Nelson Barbosa para o Planejamento mostram que o “despertar” da presidente foi parcial e tímido ainda.

Mas sem dúvida é um bom começo, apesar do estelionato. Como disse Aécio Neves, o PT é refém de suas contradições, e por isso precisou colocar um “agente da CIA” no comando da KGB. A analogia, feita por Arminio Fraga, é muito boa, e colocou o ministro Gilberto Carvalho na defensiva, a ponto de ter afirmado que não foi Dilma quem mudou, mas sim Levy, ao aderir ao governo. Se o mercado acreditasse nisso, os ativos teriam despencado e o dólar, disparado.

Meu amigo Paulo Figueiredo Filho fez uso de uma metáfora que julgo ainda melhor. Para o governo Dilma ser a KGB, teria que ser mais organizado. O fator ideológico até está presente, mas não a disciplina. Portanto, colocar Levy nesse governo é como colocar um padre para cuidar de um bordel. Sim, até agora pode-se dizer que a gestão da economia foi uma zona, uma bagunça, uma irresponsabilidade total, uma indecência. Levy veio tentar colocar ordem na casa, acabar com os malabarismos contábeis de Arno Augustin e Mantega, cortar a orgia fiscal.

A grande dúvida dos investidores é até quando ele aguenta, se antes mesmo de assumir já é alvo do “fogo amigo” do próprio PT. Os ataques dos radicais de esquerda Levy tira de letra, acredito. O maior perigo mesmo é quando a própria presidente se desentender com ele, bater na mesa, gritar, colocar o dedo em riste, reclamar dos efeitos de suas medidas, cobrar mais heterodoxia. Qual será sua reação? O “padre” vai tolerar ser pautado pelo “bordel”? É nesse momento que a porca torce o rabo…



Por Rodrigo Constantino

Um governo de maus costumes



“Dilma deve abandonar o discurso da luta de classes, distanciando-se dos "progressistas" da Venezuela e de Cuba, que pretendem tornar todos os ricos, pobres. Que siga o exemplo dos "liberais" dos Estados Unidos e da Alemanha, que querem tornar todos os pobres, ricos."

As palavras "ética" e "moral" têm sua origem na Grécia e em Roma. Tornaram-se sinônimas de "bons costumes". Na realidade, ética (ethos), de etimologia grega, e moral (mos, moris), de etimologia romana, têm, todavia, conteúdo distinto pela própria conformação dos vocábulos. Nas nações onde surgiram, os gregos, mais especulativos que práticos - nunca conseguiram conformar um império, nem mesmo com Alexandre -, colocavam a ética no plano ideal, como se pode ler na Ética a Nicômano, de Aristóteles. Os romanos, que graças à herança cultural grega, acrescida da instrumentalização do Direito, influenciaram a História do mundo com presença durante 2.100 anos (753 a.C. a 1.453 d.C.), quando da queda de Constantinopla, deram à palavra "moral" um sentido pragmático de aplicação real à vida cotidiana.

Pessoalmente, entendo que essa diferença de origem permite deduzir que "ética" e "moral" se completam - não aceito as diversas distinções que se fazem sobre a subordinação de um conceito ao outro -, sendo a "ética" a face da moral no plano ideal e a "moral" a face da ética no plano prático.

De qualquer forma, tanto durante o domínio de gregos quanto dos romanos, a ética e a moral eram símbolos dos bons costumes a serem preservados pelos governos. Infelizmente, já há longo tempo as noções de bons costumes, de ética e de moral deixaram de ser símbolos do governo brasileiro.

O episódio do mensalão apenas descerrou a cortina do que ocorria nos porões da administração federal, agora com a multiplicação de escândalos envolvendo diretamente os partidos do governo e de apoio, a principal estatal brasileira e inúmeras empresas, que, provavelmente, seriam mais bem enquadradas na figura penal da "concussão" (pagar à autoridade por falta de alternativa possível de atuar sem pagamento) do que na de "corrupção ativa" (corromper a autoridade para obter vantagem).

A própria propaganda oficial, para obter uma votação que deu à presidente apenas 38% dos votos dos eleitores inscritos - financiada pelos partidos mencionados nos desvios de dinheiro público e privado -, foi, segundo seus próprios articuladores afirmaram, lastreada na "desconstrução de imagens" e "ocultação da verdade", com o que, por ínfima margem, conseguiram a vitória a 28 minutos do encerramento da contagem oficial, quando a presidente ultrapassou o candidato da oposição, com quase 90% de votos apurados.

O marqueteiro, que se especializou em enganar o eleitor dizendo que a economia andava muito bem, sem dizer a verdade sobre o aumento do desemprego, a queda constante do PIB, o crescimento da inflação, as maquiagens do superávit primário, o déficit da balança comercial, a elevação dos juros - que ocorreu três dias depois do resultado -, o fracasso da contenção do desmatamento, além de outros inúmeros apelos populistas, conseguiu desconstruir "imagens" de cidadãos de bons costumes (Marina Silva e Aécio Neves) e iludir o povo que, por escassa margem de votos, outorgou à presidente mais um mandato.

Nesse mercado de ilusões, chegou a presidente a dizer que ela estava apurando as irregularidades ocorridas na Petrobrás, quando, na verdade, duas instituições, que não prestam vênia ao poder, é que o estavam fazendo, com competência e eficácia, à revelia da chefe do Executivo: a Polícia Federal e o Ministério Público. Se realmente pretendesse a apuração, não teriam seus partidos de sustentação torpedeado a CPI da Petrobrás.

Comentei - não me lembro para que jornalista - que a presidente deveria nomear seu marqueteiro para o Ministério da Fazenda, pois se iludiu o eleitorado sobre o PIB, emprego, desmatamento, moralidade, etc., deve saber iludir também os investidores, mostrando-lhes que a economia brasileira vai muito bem.

O certo, todavia, é que nunca na História brasileira houve tanta exposição de maus costumes governamentais como nos governos destes últimos 12 anos.

Se um empresário sofresse assaltos em sua empresa durante oito anos, em R$ 10 bilhões, e não percebesse nada, ou seria fantasticamente incompetente ou decididamente conivente. Quando presidi a Academia Paulista de Letras, meu saudoso confrade Crodowaldo Pavan perguntou-me se sabia quanto dura 1 bilhão de segundos. Disse-lhe que não sabia. Contou-me, então, que 1 bilhão de segundos correspondem a 31 anos e meio! Nós não temos dimensão do que seja R$ 1 bilhão. E já foram detectados desvios de, pelo menos, R$ 10 bilhões!!!

Compreende-se a razão por que o governo, acuado por tais escândalos, procurou editar o Decreto n.º 8.243/14 - felizmente derrubado na Câmara dos Deputados -, mediante o qual, no estilo das semiditaduras da Venezuela, da Bolívia e do Equador, prescindiria do Congresso Nacional para governar.

A tristeza que sentem todos os brasileiros que lutam por bons costumes na política, na profissão, em sua vida social e familiar, por verem o País assim desfigurado perante o mundo, não deve, todavia, inibir o povo de lutar contra a corrupção, o que se principia por diagnosticar o mal e combatê-lo, mesmo que isso implique o profundo desconforto de dizer que a presidente Dilma Rousseff governou atolada na pequenez pouco saudável de um governo ora incompetente, ora corrupto.

Como terá mais quatro anos para governar, que faça seu "mea culpa" perante a Nação e recomece a caminhada, sabendo escolher pessoas competentes, honestas, dignas e que estejam dispostas a fazer que seu governo passe à História bem avaliado, depois do desastre do primeiro mandato. Para isso deve abandonar o discurso da luta de classes, distanciando-se dos "progressistas" da Venezuela e de Cuba, que pretendem tornar todos os ricos, pobres. Que siga o exemplo dos "liberais" dos Estados Unidos e da Alemanha, que querem tornar todos os pobres, ricos.




Por Ives Gandra da Silva Martins

Devaneios esquerdistas


As diversas facções em que se divide a esquerda brasileira aliada ao governo petista estão atônitas com a chegada ao ministério do segundo mandato de Dilma de Joaquim "mãos de tesoura" Levy, que pretende, como anunciou ontem em linguagem diplomática, colocar ordem na bagunça em que se encontra a economia nacional.

Num primeiro momento, correntes diversas uniram-se para tentar barrar a nomeação, sob o argumento fantasioso de que ela ia de encontro ao modelo econômico que fora vitorioso nas urnas. Como se a presidente Dilma, reeleita por estreita margem, tivesse perdido a noção de que era a grande vencedora das eleições de outubro e, do nada, tivesse escolhido um ministro da Fazenda para fazer tudo ao contrário do que defendia no seu primeiro mandato.

Como se o próprio Lula, que batalhou para nomear Luiz Trabuco, o presidente do Bradesco, para o ministério da Fazenda, tivesse perdido a sanidade da noite para o dia. O que esse pessoal não quer enxergar, e que Dilma foi obrigada a entender, é que a vitória eleitoral do PT em outubro não correspondeu a uma vitória política, pois forjada à base do abuso da máquina pública e mentiras, sejam as divulgadas pela propaganda eleitoral, ou as espalhadas em diversas formas pelo país para amedrontar os menos informados.

Da mesma forma que Collor espalhava em 1989 que Lula confiscaria a poupança dos brasileiros para depois fazer ele mesmo o que criticava no adversário, também hoje estamos vendo o governo Dilma anunciar "medidas impopulares" que seriam a base do governo de seu adversário "neoliberal".

Os que assinaram o tal manifesto contra a nomeação do economista Joaquim Levy para o ministério da Fazenda acreditam piamente que banqueiros roubam comida dos pratos dos pobres, e se chocaram com a decisão de colocar o Bradesco no lugar do Itaú na Fazenda, e de ter um colaborador de Arminio Fraga em seu lugar no ministério.

Quem, ao que tudo indica, já desconfiava do que seu marqueteiro dizia era a própria Dilma, insegura de suas próprias convicções que na prática deram errado, e talvez por isso se enrolasse toda quando tentava explicar alguma coisa. Provavelmente nem mesmo o próprio João Santana acreditasse no que seus filmetes mostravam, já que ele confessadamente diz que não lida com conceitos como verdade, mas com a percepção do cidadão.

O fato é que, acreditando ou não no que defendia, a presidente Dilma viu-se obrigada a dar um salto triplo carpado para tentar recuperar a credibilidade de um governo que termina seu primeiro mandato com os piores indicadores econômicos de todos os tempos de nossa República, salvo dois outros governos, um dos quais o do próprio Collor.

E a nova equipe econômica pontuou durante sua apresentação o que talvez seja a chave para o entendimento do que está acontecendo: ter uma economia saudável é bom para as famílias brasileiras, e garante a manutenção dos avanços sociais conquistados.

O que estava sendo ameaçado com a performance dos últimos anos era justamente a jóia da coroa petista, os programas sociais, que agora serão garantidos por uma política econômica que os petistas chamam de "neoliberal" mas que na verdade é apenas sensata e equilibrada, que usa o mercado privado para ajudar o governo a atingir metas que, sózinho, ele não conseguiu nos últimos quatro anos e nem conseguiria nos próximos quatro, mantidas as mesmas premissas que vigoravam e foram formalmente rejeitadas pela nova equipe econômica.

Talvez constatando que espernear não levará a nada, o futuro ex-ministro Gilberto Carvalho, que já tem até substituto dentro do próprio PT no Palácio do Planalto, tentou ele sim dar um salto triplo carpado para encontrar uma explicação que não deixasse mal os petistas revoltados.

Disse Carvalho que, ao contrário do que parece, é Joaquim Levy quem está aderindo ao projeto econômico petista. Por este estranho raciocínio, o mesmo economista que já trabalhou no primeiro governo Lula e era execrado pelos petistas assim como outros do mesmo grupo, como Murilo Portugal e Marcos Lisboa, teria sido chamado de volta ao governo petista não por suas virtudes necessárias à mudança de rumos, mas por que aderiu ao projeto que está para ser mudado.

Por essa lógica, Mantega pode perfeitamente substituir Levy no Bradesco, afinal pensam de maneira semelhante. O que estraga a tentativa de Carvalho de fingir que não houve mudanças de orientação econômica é o estranho caso de um ministro nomeado para um governo de continuidade fazer parte da equipe de transição desse mesmo governo, formalizando assim a mudança de postura.



Por Merval Pereira

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

A lei pétrea comunista


Receberam ordens de fora e, submetidos à doutrina, foram cumpri-las.

Psicologicamente amestrados dentro do alinhamento político-ideológico, engajaram-se nos movimentos de transgressão disciplinar nas instituições militares e de eliminação daqueles que se mantiveram fiéis à hierarquia e às cores nacionais, transformando em tragédia as ações coordenadas por Luiz Carlos Prestes, líder do “Comitê Revolucionário”, agente de Moscou, que lhes determinara a sublevação e comandara a perfídia.

Movidos pela exacerbação do ódio contra essas instituições, ódio que rege as normas comportamentais dos que se identificam com a teoria marxista, extravasaram animalescas emoções, 
quando puseram em prática a lei pétrea dos manuais da esquerda terrorista: a traição. 

Dominados pelo condicionamento, regozijaram-se com a destruição, com a morte, com a miséria do outro, pelo irracional prazer de satisfazer à causa. Sem pátria, sem emoções cívicas, decaídos na escala de valores.

Um poeta polaco*, cujas palavras sintetizamos, disse que até “os animais vêm expirar à sombra das árvores do bosque onde tinham nascido”.

Comunistas não têm pátria, não têm sombra de árvores, nem bosque acolhedor para descansar no final da vingativa caminhada. Não há lugar para dizerem seu. São párias do mundo em busca de um antro onde façam sobreviver a sua malfadada doutrina e renovar as técnicas de dominação e de escravização.

Há 79 anos, em 27 de novembro de 1935, militares comunistas, braços assassinos do Komintem, amotinaram-se, e os até então companheiros de farda, foram traiçoeiramente eliminados, dormindo, sem quaisquer meios de defesa. Ensanguentaram quartéis, enlutaram famílias.

Traidores! Réprobos! Infames! Mercenários! Escravos das ideias alheias e não senhores da própria consciência! Adjetivos sem peso para tanta vilania, mas que soam como melodia aos ouvidos assassinos, por significarem que cumpriram bem a missão do Mal.

Foi assim que agiram! É assim que agem! Será assim que agirão!

Que as vítimas da traição perpetrada por fanáticos marxistas-leninistas, que passou à História como “INTENTONA COMUNISTA”, sejam sempre lembradas como alvo da sanha de selvagens agressores a soldo de outras nações de selvagens mais poderosos, dando vazão à sua própria sordidez!

Reflitam os atuais Comandantes, para não serem surpreendidos, ao anoitecer, na madrugada, porque a baioneta calada, sorrateira, só ‘fala’ ao adormecer dos bons!





Por Aileda de Mattos Oliveira* 

*In: “O Torrão Natal”, Joaquim Manuel de Macedo, século XIX.

Comunismo e cara-de-pau



Passou praticamente despercebido do noticiário da semana passada a decisão da direção da Câmara Federal de revogar uma resolução dela própria, de 1948, em que cassou o mandato de 14 deputados do Partido Comunista. A cassação fora baseada em sentença do Tribunal Superior Eleitoral, confirmada pela Supremo, porque baseada na Constituição. Conhecida como constituição liberal, ela vedava, no entanto o Partido Comunista, porque ele não aceitava a pluralidade de partidos, nem a liberdade, nem a democracia nos países em que estava no poder.

Recuperaram os mandatos, entre outros, o escritor Jorge Amado, o mentor da guerrilha do Araguaia, João Amazonas e o autor do Manual da Guerrilha Urbana, Carlos Marighella – todos agora mortos. O Senado, por sua vez, devolveu o mandato a Luís Carlos Prestes que, patrocinado por Moscou, tentou tomar o governo em 1935, num levante que matou 32 militares, a maioria enquanto dormia no quartel da Praia Vermelha.

A líder do Partido Comunista do Brasil, a gaúcha Manuela d`Ávila, num discurso patético, disse que demorou o reconhecimento da injustiça feita contra quem lutou pela democracia e pelos direitos humanos. Ela deve julgar que todos sofrem de alienação mental. Quem mais oprimiu a democracia e os direitos humanos no planeta, no século XX foi o Partido Comunista. Onde tomou o poder, a partir de 1917, suprimiu todos os direitos e impôs ditaduras cruéis, torturadoras, sanguinárias, de que hoje ainda temos resquícios, em Cuba e na Coréia do Norte.

Foi o Partido Comunista que baixou uma cortina de ferro sobre parte da Alemanha, sobre a Polônia, a Hungria e tantas outras infelizes nações da Europa e Ásia.

Foi a maior praga do século XX, afetando a vida de milhões de habitantes de países que ficaram sob seu jugo, e de outros milhões em que os comunistas tentaram tomar o poder pela força das armas, como no Brasil, por duas vezes. O terror comunista matou mais que o nazismo de Hitler – com quem aliás, Stálin fez acordo para massacrar a Polônia. Calcula-se que os assassinatos genocidas praticados por ditadores comunistas na Europa e Ásia chegam a 100 milhões. O holocausto de Hitler matou 6 milhões de judeus.

Escapamos da ditadura comunista graças à incompetência monumental de Prestes e seus companheiros, na tentativa de golpe em 1935. Moscou, que pagava tudo e mantinha observadores em torno de Prestes, como Olga Benário, ficava atônita com os erros dos comunistas brasileiros, como pesquisou em arquivos soviéticos William Waack para o livro “Camaradas”. Mesmo assim, quando Prestes foi a Moscou no início de 1964, obteve de novo a promessa de auxílio político e militar. Em troca, garantia que “uma vez a cavaleiro do aparelho de estado, converter rapidamente, a exemplo da Cuba de Fidel, a revolução nacional-democrática em socialista.” Isso é História, que relembro agora porque muita gente, com a maior cara-de-pau vem nos falar de democracia e de direitos humanos dos comunistas. 
 
MAIS UMA TENTATIVA DE QUERER MUDAR A HISTÓRIA.
JÁ, JÁ, ELES CONSEGUEM PÔR ISTO TUDO NOS LIVROS, PARA ENSINAR ESSA MENTIRA TODA PARA OS NOSSOS JOVENS.
AOS POUCOS ELES ESTÃO CONSEGUINDO.



Por Alexandre Garcia 

O Projeto Comunista para o Brasil e a América Latina



Há décadas os comunistas planejam a instauração de um regime ditatorial comunista no Brasil e em toda a América Latina.

No dia 23 de maio de 2008, uma reunião em Brasília tornou realidade a UNASUL (União das Nações Sul-Americanas), através de um Tratado Constitutivo que criou uma personalidade política própria para o Bloco e, entre outras coisas, um Conselho Sul-Americano de Segurança.
Este Bloco – estipulado nos moldes da União Européia como união política e econômica, com moeda única e parlamento comum – é divulgado como a última salvação econômica da América do Sul, como se o simples ingresso no mesmo fosse tornar qualquer país sul-americano desenvolvido instantaneamente.

E promessas como esta atraem mentes ingênuas... 

A Unasul é apenas uma mal-disfarçada tentativa de implantar na América do Sul um regime ditatorial comunista, exatamente igual ao que foi feito na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, a extinta URSS. Diríamos que a Unasul é tão-somente a URSS trazida para a América.

E quem deseje confirmar tal coisa, basta abrir os olhos e analisar as pistas que a própria Unasul nos dá...

Não por coincidência, sua bandeira carrega as cores vermelho-sangue e amarelo... exatamente as mesmas da bandeira da URSS, ainda hoje utilizadas pelo Partido Comunista.

A Sede da Unasul será em Quito, Equador... o Equador do socialista Rafael Correa.
O Parlamento da Unasul será em Cochabamba, Bolívia... a Bolívia hoje dominada pelos comunistas de Evo Morales.

E o Banco do Sul, o centro financeiro do Bloco, por onde circulará a moeda única (que Evo Morales sugeriu chamar-se “pacha”: “terra”, em idioma quíchua...) será... em Caracas! Caracas, a capital venezuelana, do falecido déspota totalitarista Hugo Chávez... que nunca escondeu seu desejo tão caro de estabelecer uma união das nações do Sul, como propôs Bolívar....

Estas pistas revelam bem o que, realmente, é a Unasul: uma tentativa – já uma realidade política – de implantar na América Latina uma nova URSS.

A diferença entre União Soviética a União das Nações Sul-Americanas é tão somente o método de implementação: na URSS foi implantada de chofre, por uma revolução violenta e anárquica; hoje, como já não se dá mais valor a estas revoluções – o mundo está cansado de revoluções que no final tornam tudo pior do que era antes – a Unasul é implantada aos poucos, gradativamente, de forma sutil, em um movimento lento, cuja intenção é desviar as atenções. E, de fato, quase ninguém está percebendo para onde estamos caminhando.

No Brasil, onde a ingenuidade chega às raias da ignorância, o povo não percebe a que ponto está sendo conduzida a lenta revolução comunista do governo Lula/Dilma. É incompreensível que o povo brasileiro se deixe seduzir por promessas de milagres econômicos e feche os olhos à realidade: em breve, neste caminho, o Brasil se tornará uma república socialista, de regime ditatorial!

O ex-Presidente Lula colocou em postos-chave de seu governo pessoas abertamente ligadas às causas revolucionárias comunistas, com um passado terrorista e guerrilheiro envergonhável.

José Genoíno, o “companheiro Zé” do Lula, sempre foi genuinamente a favor de uma revolução comunista, e nem mesmo hoje, quando o PT tenta passar uma imagem mais bonita e disfarçada de seu esquerdismo, não esconde esta sua pretensão. A Guerrilha do Araguaia, na qual ele lutou, tinha este objetivo. Felizmente foi suprimida pelo Exército Brasileiro...

José Dirceu, outro “companheiro Zé”, é revolucionário comunista e guerrilheiro de carteirinha, inclusive treinado em Cuba pelos mais preparados assassinos... ops! oficiais cubanos para implantar o regime comunista no Brasil.

Esta figura foi deslocada do governo Lula após o escândalo do Mensalão, mas em seu lugar foi posta criatura muito melhor, de credenciais tão ou mais aptas que as de Dirceu à condução da Revolução que o Presidente teme promover abertamente: Dilma Roussef, a “camarada de armas” de José Dirceu, como ele mesmo lhe chamava, unindo numa só expressão o tratamento soviético e o ideal comuno-guerrilheiro.

A presidenta Dilma “Estela” Roussef, em seus tempos de juventude, foi guerrilheira e participou ativamente das fileiras de dois grupos terroristas no país: o COLINA, Comando da Libertação Nacional, organização terrorista e subversiva; e o VAR-Palmares, a Vanguarda Armada Revolucionária de Palmares, uma verdadeira FARC brasileira, a qual, como o próprio nome diz, 

tencionava realizar a Revolução Comunista por meio das armas e da violência. No VAR-Palmares, a Ministra usava o codinome de “Estela”. E, tomando como base as atitudes da Ministra, nada nos faz supor que tenha esquecido suas idéias revolucionárias.

A Sra. Estela Roussef fez até um showzinho na CPI dos Cartões Corporativos, dizendo orgulhar-se de ter combatido a ditadura... Ora, sejamos ao menos sensatos (sensatez é muito a exigir-se de um comunista): a presidenta Roussef, ou Camarada Estela, não lutou contra a ditadura militar, mas sim em prol da ditadura, só que uma outra ditadura: a comunista, cuja implantação era objetivo do COLINA e do VAR-Palmares.

E isto não se aplica somente aos grupos terroristas dos quais a presidenta Estela participou, dado que é fato inegável que os comunistas que lutaram contra a ditadura militar no Brasil, lutavam, na verdade, pela implantação de um regime comunista nos moldes cubanos. Negar isso é negar o fato histórico concreto.

O Lula, com seu jeitinho tímido e de “homão” nordestino, na verdade é muito inteligente: move tudo por debaixo dos panos. Uma revolução tão habilmente traçada e planejada, há tantos anos. Não uma revolução: uma conspiração contra a nação brasileira.

São estes os políticos que hoje dominam o Brasil. São estes os políticos que querem implantar um regime comunista na soberana nação brasileira, suprimindo as liberdades individuais e propugnando ideais há muito demonstrados errôneos. São estes os políticos que querem enxertar na América o carcinoma da União Soviética.

Seríamos capazes de prever os passos desta Revolução Comunista lenta e gradual:

1º Passo: Revolução cultural
Antes de semear, o terreno deve ser arado e a terra preparada. Não se pode infiltrar a ideologia na mente de alguém sem que antes seu pensamento seja direcionado a recebê-la. Mão Tse-Tung sabia disto, e foi no que se baseou para sua Revolução Cultural na China, a partir de 1966.

No Brasil, a Revolução Cultural acontece: o governo estimula uma degradação de valores como nunca antes vista. Foi no governo Lula que foi aprovada a perniciosa Lei de Biossegurança, que não garante a segurança dos mais indefesos, os seres humanos em idade embrionária. E é neste governo que se quer aprovar o nefasto e animalesco crime do aborto – por iniciativa do Presidente, que convocou uma Comissão Tripartite para elaborar um Projeto de Lei a respeito, e pôs no Ministério da Saúde um médico abortista ao extremo da obsessão.

Não bastando, ainda se quer neste governo do Lula aprovar uma Lei pela qual todos os brasileiros – todos, e absolutamente todos – são obrigados a tolerar e concordar com os atos imorais e pecaminosos praticados por um homossexual, sendo-lhe proibido o direito de manifestar-se contrariamente às práticas homossexuais. E sequer pense o brasileiro em tachar de “promíscuas” as perniciosas paradas gays, pois poderá ser levado ao hospício... afinal, ainda um dia desses disse o Presidente Lula que ser contrário ao homossexualismo é a “doença mais perversa que já entrou numa cabeça humana”...

Mas nada é comparado às máquinas de camisinha nas escolas públicas, pelas quais os adolescentes são expostos e estimulados ao sexo livre e irresponsável. Sexo animalesco e bizarro, na verdade.
É a Revolução Cultural, que no Brasil anda a mil.

2º Passo: Amizade com regimes comunistas
Mas para preparar o pensamento do povo ao acolhimento de um regime comunista, é necessário ainda que sejam fechados laços de amizade com regimes do tipo, para que o cidadão já tenha como parte de sua experiência de vida a convivência com tal regime.

E nisto se deu a lua-de-mel de Lula e Hugo Chávez, a quem o Presidente chamou de “companheiro” (que bela qualidade de “companheiro”...). A entrada da Venezuela no Mercosul, não obstante as constantes violações dos direitos humanos naquele país, se deu no mesmo contexto.

É nisto que se dá, também, a tímida reação brasileira às estatizações do gás boliviano, e a maravilhosa relação fraterna entre Lula e o comunista Evo Morales.

Não se pode esquecer a grande amizade deste governo com a China comunista... China na qual não há liberdade; China que assassinou e assassina milhares – ou milhões; China na qual milhares de homens são presos em verdadeiros campos de concentração e forçados a trabalhar de forma escrava nas indústrias, fabricando estes produtos baratos que atolam o mercado brasileiro (“Made in China”... ou “Made by slave work”).

3º Passo: Censura
A Lei da Mordaça Gay, da qual já falamos, é um exemplo do início da censura no Brasil.
A censura já acontece.

Durante o julgamento do STF sobre as células-tronco embrionárias, esta censura tomou proporções absurdas: nenhuma notícia, uma sequer, foi divulgada contra as pesquisas; apenas a favor. Não deve ser coincidência que o governo fosse o maior interessado nas pesquisas com células-tronco embrionárias.

Não se falou nos tumores que estas células podem causar.

Não se falou dos benefícios maravilhosos que se pode obter com células-tronco adultas.
Não se falou de tantas crianças que nasceram mesmo após terem sido conservadas criogenicamente por mais de uma década (desmentindo o argumento dos “embriões inviáveis”...).

Por não ter provas, o autor deste artigo exime-se de acusar o governo de estar por trás da manipulação midiática de informação a respeito das células-tronco e de censurar as informações em contrário às suas intenções.

Mas que uma censura larga em ação no Brasil, isto ninguém pode negar.

E se os brasileiros não tomarem cuidado, ela se alastrará.

4º Passo: Reforma Agrária nos moldes soviéticos
Uma Reforma Agrária injusta, confiscatória e completamente desprovida de sentido deverá ser realizada por iniciativa governamental. O proprietário rural terá sua terra desonestamente confiscada para ser redistribuída da forma que o governo bem desejar. Exatamente como na URSS, não se fará distinção entre proprietário rural grande ou pequeno: o proprietário rural é o inimigo, seja ele quem for.

O apoio do governo Lula/Dilma ao revolucionário MST, que, invadindo propriedades, desrespeita os Sétimo e Décimo Mandamentos de Deus, pode ser visto como o primeiro passo rumo a este ideal...

5º Passo: Perseguição à religião
A religião é a pior inimiga do comunismo quando não se dobra perante ele. E a única capaz de não se dobrar, por sua coerência e firmeza, é o Catolicismo. Por isto, ela deve ser perseguida.

Nesta primeira fase da perseguição, a religião será desacreditada junto ao povo.

Isto já está acontecendo.

Basta observar o episódio das células-tronco embrionárias, onde a posição contrária da Igreja não era digna de crédito, simples e estapafurdiamente rejeitada pelos opositores (que conhecem sua coerência e exatidão), tachada de obscurantista e medieval. A expressão mais utilizada no episódio das células-tronco embrionárias foi “Estado laico”, e não “embrião humano”.

Agora se quer tirar, por força de lei, o título de Padroeira do Brasil de Nossa Senhora Aparecida, algo que já faz parte da piedade popular.

6º Passo: Censura formal
Censura decretada sob forma de lei.

7º Passo: Prisões
Inimigos políticos ou pessoas contrárias ao rumo tomado pelo país deverão ser presas e caladas.
 
Primeiro com base em acusações falsas. Depois, sem motivo.

8º Passo: Decretação do Regime Comunista
Será decretado um regime ditatorial de cunho comunista. Se dirão palavras do tipo: “Uma nova era se inicia, uma era de igualdade e justiça”... Serão prometidos milagres econômicos, justiça social, o fim da fome e da pobreza, e outras coisas materiais que encantarão a muitos!

9º Passo: Unasul
Uma nova URSS.

10º Passo: Extinção aberta da religião
A religião, em especial a católica (*), será perseguida de forma bizarra. O ódio comunista à religião fará muitas vítimas. Como na URSS e na China, o objetivo será claro: eliminar a religião até os seus fundamentos. Igrejas fechadas, católicos presos e assassinados. Verdadeiro “Holocausto Católico”, de feições demoníacas.

Cada um destes passos já está em andamento. Deus nos livre que todos eles sejam dados!

Podemos parecer pessimistas ou chocantes demais ao denunciarmos estes dez passos. Mas nada fazemos a não ser olhar para o passado e dele tirar lições para o presente: exatamente o que aconteceu na URSS, na China e na Guerra Civil Espanhola pode acontecer no Brasil. Não queremos ser sensacionalistas, mas é chegada a hora de o brasileiro deixar de lado a ingenuidade e ver a realidade de forma nua e crua, como ela é de fato.

Este governo é o início de um antigo sonho comunista.

Uma sucessão de governos deste tipo e logo teremos uma ditadura comunista no Brasil.

O governo da presidenta-comunista Dilma “Estela” Roussef piorará as coisas.

Cabe ao povo brasileiro não permitir tal coisa.

Cabe ao Brasil reafirmar sua soberania perante esses crápulas terroristas e mascarados, discípulos de Stálin, Mao e Fidel.

O povo brasileiro não pode cruzar os braços diante da ofensiva comunista nesta nação.

Se este povo não lutar contra esta ofensiva, o Brasil será deixado num berço de serpentes.

E estas serpentes o envenenarão, com consequências trágicas para a nação.







Por Taiguara Fernandes de Sousa

(*) Creio que o articulista refere-se ao Cristianismo