sábado, 4 de outubro de 2014

A seita que transformou a Petrobras em usina de negociatas bilionárias submeteu os Correios ao controle de estafetas do PT



Por Augusto Nunes

Em julho de 2005, ao aparecer entre os patrocinadores do esquema do mensalão, o Banco do Brasil abriu a lista de vítimas da trama concebida para subordinar a máquina estatal aos interesses do governo lulopetista, Em março de 2006, chegou a vez da Caixa Econômica Federal: a violação da conta do caseiro Francenildo Costa, testemunha de bandalheiras protagonizadas pelo ministro da Fazenda Antonio Palocci e seus comparsas, atestou que estupradores de sigilo bancário haviam assumido o comando da velha instituição.

No segundo mandato, Lula fez do BNDES o perdulário benfeitor de liberticidas africanos, vigaristas cucarachas, ditadores falidos e caloteiros que descumprem o combinado em todos os idiomas. Estendido à Petrobras, o aparelhamento que precede a decomposição administrativa e moral, anabolizado no governo de Dilma Rousseff, reduziu a maior das estatais, numa primeira etapa, a um viveiro de corruptos de estimação. Hoje a empresa lembra uma usina de negociatas bilionárias.

Nesta semana, o país constatou que os assaltantes do patrimônio nacional tomaram também os Correios. A instituição que até o começo do século figurou no ranking das 10 mais respeitadas do Brasil agora é governada por estafetas do PT e se presta a delinquências eleitoreiras. Os carteiros de antigamente foram rebaixados ao duplo papel de meninos de recado da companheirada e sabotadores dos candidatos adversários. Em Minas, por exemplo, só chega a seu destino a papelada que celebra as virtudes de Dilma e seus aliados. Destinatários do material remetido por Aécio Neves e outros tucanos nunca são encontrados.

O vídeo acima é uma prova do crime dividida em três momentos. Na abertura, o deputado estadual Durval Ângelo discursa ao lado do companheiro Wagner Pinheiro, presidente da instituição prostituída pela seita no poder. “Se hoje nós estamos em 40% em Minas Gerais”, confessa o orador, “tem o dedo forte dos petistas dos Correios”. Na cena seguinte, um suposto carteiro distribui material de campanha do PT. A sequência é encerrada pelo trecho da entrevista coletiva em que a presidente caça algum álibi que a liberte dos jornalistas em busca de esclarecimentos.

Olhar faiscando de cólera, expressão ainda mais apalermada, Dilma zanza no gramado procurando a saída que não há. “Nós estamos vivendo um momento eleitoral que fica uma situação um pouco nervosa”, gagueja em dilmês castiço. “Isso é um absurdo, pô!”, tenta encerrar o assunto que ainda está no primeiro ato. É mais que um absurdo: é outro crime que implora por castigo. No Brasil governado pelo clube dos cafajestes, essa bandidagem pode até dar voto. Em qualquer país civilizado, decerto daria impugnação e cadeia.

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