Por Augusto Nunes
Em julho de 2005, ao aparecer entre os patrocinadores do esquema do mensalão, o Banco do Brasil abriu a lista de vítimas da trama concebida para subordinar a máquina estatal aos interesses do governo lulopetista, Em março de 2006, chegou a vez da Caixa Econômica Federal: a violação da conta do caseiro Francenildo Costa, testemunha de bandalheiras protagonizadas pelo ministro da Fazenda Antonio Palocci e seus comparsas, atestou que estupradores de sigilo bancário haviam assumido o comando da velha instituição.
No segundo mandato, Lula fez do BNDES o perdulário benfeitor de liberticidas africanos, vigaristas cucarachas, ditadores falidos e caloteiros que descumprem o combinado em todos os idiomas. Estendido à Petrobras, o aparelhamento que precede a decomposição administrativa e moral, anabolizado no governo de Dilma Rousseff, reduziu a maior das estatais, numa primeira etapa, a um viveiro de corruptos de estimação. Hoje a empresa lembra uma usina de negociatas bilionárias.
Nesta semana, o país constatou que os assaltantes do patrimônio nacional tomaram também os Correios. A instituição que até o começo do século figurou no ranking das 10 mais respeitadas do Brasil agora é governada por estafetas do PT e se presta a delinquências eleitoreiras. Os carteiros de antigamente foram rebaixados ao duplo papel de meninos de recado da companheirada e sabotadores dos candidatos adversários. Em Minas, por exemplo, só chega a seu destino a papelada que celebra as virtudes de Dilma e seus aliados. Destinatários do material remetido por Aécio Neves e outros tucanos nunca são encontrados.
O vídeo acima é uma prova do crime dividida em três momentos. Na abertura, o deputado estadual Durval Ângelo discursa ao lado do companheiro Wagner Pinheiro, presidente da instituição prostituída pela seita no poder. “Se hoje nós estamos em 40% em Minas Gerais”, confessa o orador, “tem o dedo forte dos petistas dos Correios”. Na cena seguinte, um suposto carteiro distribui material de campanha do PT. A sequência é encerrada pelo trecho da entrevista coletiva em que a presidente caça algum álibi que a liberte dos jornalistas em busca de esclarecimentos.
Olhar faiscando de cólera, expressão ainda mais apalermada, Dilma zanza no gramado procurando a saída que não há. “Nós estamos vivendo um momento eleitoral que fica uma situação um pouco nervosa”, gagueja em dilmês castiço. “Isso é um absurdo, pô!”, tenta encerrar o assunto que ainda está no primeiro ato. É mais que um absurdo: é outro crime que implora por castigo. No Brasil governado pelo clube dos cafajestes, essa bandidagem pode até dar voto. Em qualquer país civilizado, decerto daria impugnação e cadeia.
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