As páginas amarelas da revista Veja (edição 2394), sob o título “O candidato sincero”, apresenta entrevista feita com o candidato do Partido Verde (PV) à presidência da República nas eleições do corrente ano, Eduardo Jorge, que obteve 0,61% dos votos válidos. Médico sanitarista, sua trajetória política não é desprezível: deputado estadual, deputado constituinte, secretário municipal em quatro gestões (PT, PSDB, DEM), ainda hoje reside na mesma casa que comprou nos anos 1980.
Aos 64 anos possui, inegavelmente, uma trajetória de vida pautada por princípios, inclusive políticos, quer concordemos ou não com eles.
A certa altura, a entrevistadora faz uma pergunta (P) cuja resposta (R) dá causa ao presente artigo:
A certa altura, a entrevistadora faz uma pergunta (P) cuja resposta (R) dá causa ao presente artigo:
P- Vou citar uma frase sua de 2003, da sua carta de desfiliação ao PT: “O PT foi e continuará sendo um importante partido para o bem e para o mal do Brasil”. O senhor saiu porque percebeu que o partido seria um mal para o Brasil?
R- Eu perdi a confiança na direção do PT. Notei que ela havia sido tomada por aquele sentimento que põe o partido acima do povo e acima da nação (o grifo é meu). E aquilo era inconcebível para mim. Eu não podia dizer às pessoas que confiavam em mim que aquela direção levaria o país a algum lugar democrático... a síntese dessa visão hegemonista e gramsciana é totalmente autoritária e antidemocrática (é minha, a responsabilidade pelo grifo).
Eis aí, nas palavras de um ex-militante, a verdadeira face do Partido dos Trabalhadores: uma organização orientada pelos princípios de Antonio Gramsci, de caráter internacionalista, totalitário e que se rege pelos objetivos do Foro de São Paulo, dentre os quais o principal é a transformação dos países da América do Sul e do Caribe em uma União das Republicas Socialistas da América Latina (URSAL).
São mais que evidentes as demonstrações de que o PT coloca seus objetivos ideológicos acima dos interesses do Estado e da própria sociedade. Aí estão as obras em Cuba; o perdão de dívidas contraídas por países africanos e sul-americanos; a subordinação econômica aos interesses bolivianos, paraguaios, argentinos e venezuelanos; a busca da criação de um eixo econômico sul-sul; a crescente dependência das grandes empresas ao financiamento estatal, etc. Isso, para não falar do incentivo à luta de classes, na ocupação da administração pública por militantes (vinte e dois mil cargos de direção e assessoramento superior, os célebres DAS); as diferentes “bolsas” que, no mais das vezes, não oferecem maiores perspectivas aos que as recebem, criando uma vasta massa de manobra conforme pode ser constatado no 1º turno das últimas eleições. Mais recentemente, estamos assistindo às declarações de um ex-diretor da Petrobras revelando o que pode ser considerado o Caixa 2 do PT.
Está mais do que na hora de passar o Brasil a limpo, de afastar do poder aqueles que, sujeitando-se ao internacionalismo dos corifeus de uma ideologia ultrapassada, ameaçam o nosso futuro e o de nossos descendentes. Nos últimos tempos, tem ficando mais e mais evidente que o PT, talvez julgando favas contadas alcançar mais quatro anos no poder, deixa claro que pretende sobrepor-se ao Estado e, reduzindo a ação do Legislativo e do Judiciário, passar a governar apoiado nos “conselhos” criados e a criar pelo decreto lei 8243.
Esta é a verdadeira face do PT, um partido político que busca alcançar o poder para transformar o Brasil numa satrapia cubana.
Nenhum comentário:
Postar um comentário