sexta-feira, 14 de agosto de 2015

O Brasil já é a Venezuela: presidente da CUT convoca "soldados" com "armas nas mãos" às ruas, diante de Dilma


É um espanto! Que o governo está acuado, sem credibilidade e rejeitado por quase todos os brasileiros (ao menos todos que pensam e valorizam a ética), isso é sabido. Que o PT precisa, então, de bodes expiatórios, e volta a resgatar seu velho discurso surrado de tempos revolucionários comunistas, atacando a “burguesia”, a “elite golpista” etc, também sabemos. Que Eduardo Cunha, o presidente da Câmara, torne-se o Diabo em pessoa como se fosse o responsável por um só problema gerado pelo governo, entendemos como desespero petista.

Agora, que o presidente da CUT, braço sindical do PT, faça um discurso convocando seus “soldados” a irem com “armas nas mãos” para as ruas defender a presidente Dilma, isso já é algo completamente absurdo. O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, pediu aos movimentos sociais a ida à “rua entrincheirados, com armas na mão, se tentarem derrubar a presidente”. Vejam:


O sujeito acha que o Brasil já é a Venezuela. Só pode! E o pior é que, pelo visto, é mesmo! Afinal, em país sério esse moço teria sido preso! E a presidente da República jamais poderia escutar calada uma convocação de traição dessas. Ela é a comandante em chefe das Forças Armadas, que possuem o único Exército legítimo e constitucional do país. Sindicalistas não têm soldados, mas militantes. Se vão armados às ruas, não são soldados, mas meliantes praticando um crime. Como pode Dilma ficar passiva, conivente, com um atentado desses?

Freitas afirmou ainda que se houver “qualquer tentativa de atentado à democracia, à senhora ou ao presidente Lula nós seremos um exército”. Como os outros que o antecederam, o presidente da CUT fez duras críticas ao ajuste fiscal e ao mercado financeiro. “O mercado nunca deu e nunca dará sustentação ao seu governo. O povo dá sustentação ao seu governo”, disse. “Queremos também que governe com a pauta que ganhamos na eleição passada e não com recessão”, concluiu.

Resta saber: que povo é esse que o rapaz pensa representar? O povo, ou 70% dele, rejeita o governo! Atentado à democracia é não respeitar as leis e a Constituição, que prevê, inclusive, impeachment. Ou a democracia foi desrespeitada quando Collor, eleito pelos votos do povo, caiu, sob o apoio intenso do PT e da CUT? A retórica é ridícula, e visa a amedrontar todos aqueles cidadãos honrados que pretendem ir às ruas, de forma pacífica, no domingo. O tiro vai sair pela culatra: o povo brasileiro perdeu o medo, pois o respeito já perdeu há muito tempo, por esses líderes sindicais bandidos e pelo PT.

Para que o leitor tenha noção do assombro da coisa, peço que imagine um governo de “direita”, aceitemos até o PSDB social-democrata de centro-esquerda para facilitar, fragilizado e envolto em inúmeros escândalos, sem aprovação alguma, cambaleando e prestes e cair. Um Bolsonaro da vida, então, aliado desse governo, ameaça colocar um exército nas ruas, e convoca seus seguidores a saírem armados para defender o presidente tucano. Alguém acha que a reação seria igual? Alguém realmente acha que a imprensa daria apenas uma nota nos jornais e ficaria por isso mesmo? Se a imprensa já faz um alarde bem maior quando um sujeito isolado levanta um cartaz pedindo intervenção militar, imagine o que faria num caso desses!

É impressionante o viés, o duplo padrão, a cumplicidade com essa esquerda retrógrada e criminosa. Esse Freitas pensa que o Maduro governa nosso país, e que pode fazer esse tipo de ameaça bem ao lado da presidente, como se estivesse numa Republiqueta das Bananas. E deve estar mesmo, pois tamanho descalabro passa batido! Fica impune! E a própria presidente se cala, consente, permite uma ameaça ao povo brasileiro bem no Palácio do Planalto. E a maioria nem liga, como se fosse normal, como se essa gente fosse assim mesmo e não precisássemos fazer nada para impedir ou mudar. Estamos anestesiados!

Eis as “armas” que temos e devemos usar contra esses verdadeiros golpistas: os argumentos, a palavra, a pressão nas ruas, nossos gritos, cartazes, nosso voto. E, claro, as leis do país. Se os bandidos golpistas realmente tentarem um golpe, acharem que podem sair às ruas armados de fato, então temos a polícia e, no limite, o Exército para impedi-los, para fazer valer a lei, a Constituição. Não temos medo do MST ou da CUT, dos “exércitos” criminosos desses “movimentos sociais” que querem transformar o Brasil numa Venezuela – e estão conseguindo. Se chegar a esse extremo, sabemos que nossos militares irão agir. Mas espera-se que não seja necessário, e que meliantes armados ou que incitam a violência sejam presos, como seriam em um país sério.





Por Rodrigo Constantino

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