Há quem ache difícil viver no Brasil. Difícil é ser brasileiro em todo o sentido da palavra. A cada dia, um enigma, embora a resposta seja sempre a mesma: corrupção petista.
Parece intransponível a via que leva ao “capo” da máfia responsável pelo maior rombo do patrimônio público na história mundial. Também aquela que conduz à barroca figura que destroçou o Brasil com renomada competência.
Incompreensível, é ler artigos, ver e ouvir vídeos de jornalistas independentes, que não se renderam às malas de notas, nem caíram diante do bafo etílico da peste alcoólica, dizerem que o partido maléfico está nos estertores, que a criatura está acuada e que a disparatada senhora já não governa.
Como acreditar em tantas falas de bom augúrio se o partido do mal continua a desenvolver o projeto de governo do Foro de São Paulo, o decaído ídolo continua a incensar-se e aquela senhora que não mais governa continua a assinar cortes de verba nas áreas da educação e da saúde e a manter trinta e nove ministérios?
É difícil entender a tragédia nacional diante das contínuas mudanças de enredo. Agora, dizem que a manifestação de 16 de agosto é que vai decidir o “ponha-se para fora” da inarticulada presidente, apesar de, sabidamente, ter arrasado as contas do país.
Mas como? É o número de pessoas presentes na passeata que vai determinar o afastamento de tão indesejada senhora? É assim que funciona a penalidade para as cabeças coroadas, mesmo a Justiça já tendo todas as informações, como dizem as notícias?
Pois eu, ingenuamente, pensava ser a letra da lei que conduzia o réu para a cadeia, para o olho da rua no caso da má gerência governamental, após a análise de seus atos e a confirmação do dolo no manuseio das contas públicas.
Ignorava que o respeito à lei se fizesse, desde que um número satisfatório de pessoas viesse à rua solicitar esse respeito. Deduz-se, então, que a letra da lei já, há muito, esteja apagada pelo não uso.
No que eu acredito, firmemente, é que Lula pode ficar tranquilo; todos querem vê-lo caminhando em direção à Papuda. Como se tornou um homem-bomba pelas gostosas talagadas que consome, um conselho: não se aproxime de nenhum fumante para que seus sectários não venham dizer que houve terrorismo ou, um politicamente correto, “ataque político”.
Por Aileda de Mattos Oliveira
Doutora em Língua Portuguesa, é vice-Presidente da Academia Brasileira de Defesa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário