O cenário brasileiro nunca esteve tão instável, política, econômica e moralmente. O impasse institucional caminha, velozmente, para uma ruptura. O desgoverno, seus aliados e a "oposição" de mentirinha já constataram que o pirão desandou, e tenta uma negociação na base do velho conchavo de bastidor. A banda revolucionária de esquerda teve a mesma percepção, mas prefere a solução na base da radicalização do discurso e da porrada explícita, para tentar implantar, de vez, o bolivarianismo do Foro de São Paulo. Não vai dar certo. O povo já avisou que repudia...
Dilma começa a enxergar uma saída doida. Enquanto é tempo, seria bom romper com o PT (que nunca foi o partido dela, uma brizolista histórica) e manda a base aliada para o inferno. O problema é que não tem coragem nem competência para tanto. O previsível é que Dilma não deve cair sem reagir. Não combina com a personalidade dela. A não ser que surja (ou seja providencialmente inventado) algum problema de saúde. Neste caso, o Sírio e Libanês faria o serviço, direitinho, para o Michel Temer Lulia (que é da banda dos "brimos").
A solução temer, no entanto, é temerária. Não é consenso nem na base aliada. Também encontraria a mesma resistência popular. Curiosamente, apesar dessa rejeição, a ideia do vice assumir vem sendo encarada, seriamente, pelos banqueiros que lideram o segmento empresarial que joga sempre a favor do regime da Nova República. Também divididos, os tucanos oportunistas também acham que trocar Dilma por Temer seria uma boa para eles. José Serra já sonha até com o Ministério da Fazenda - lugar que o Levy adoraria largar para retornar, quando a quarentena permitir, ao seu lugar guardadinho na divina Cidade de Deus (do Dinheiro, claro, onde fica a sede do Bradesco).
Dilma está mais que insustentável. Só um milagre (que ninguém sabe qual) segura seu mandato. Lula vive sua pior crise existencial. A condenação da banda de Cerveró, na Lava Jato, foi interpretada como um recado final para ele. A operação policial-judicial vai se aproximar de seus aliados. Antonio Pallocci está de prontidão. José Dirceu continua pt da vida, amargando a cadeia. Enquanto isso, todos ficam reféns políticos de Renan Calheiros e Eduardo Cunha - que teatralizam, muito bem, uma suposta divergência que não existe entre eles.
A economia segue instável e com sinais de piora de crise no curto e médio prazos. Governos são derrubados sempre que o bolso e a subsistência do povo são afetados. Este é o grande medo da petelândia - que aposta na radicalização de quinta-feira que vem como um começo de reação a favor da Dilma. No quadro conjuntural presente, é quase certo que o feitiço vire contra os feiticeiros, ferindo, mortalmente, a bruxa e o verdadeiro chefão de todos.
O PTitanic afunda ao som de um funk composto pelo companheiro Cramulhão... se Dilma ficar, uma coisa é certa: Lula será o grande rifado... Te cuida, $talinácio...
Por Jorge Serrão
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