terça-feira, 28 de abril de 2015

Doutrinação ideológica


Doutrinação marxista e escárnio à religião na UFF

Recebi mais um email de desabafo contra a doutrinação ideológica no ensino brasileiro, que segue abaixo. A autora preferiu que eu omitisse seu nome, apesar de reconhecer que alguns dados podem revelar sua identidade, pois teme a reação desses doutrinadores fanáticos:

Prezado Rodrigo, boa noite.

Sou leitora de sua coluna e tenho acompanhado os relatos em tom de desabafo de alunos que, como eu, têm sido bombardeados pela doutrinação comunista. Sou cristã, criada no evangelho, alfabetizada lendo (inclusive) a Bíblia, aos 4 anos de idade. Tenho plena consciência de minha profissão de fé e posição política. Sou pós-graduada e hoje curso mais uma graduação. Este ano fui aprovada para o curso de Direito da UFF, em Niterói. Tenho praticamente o dobro da idade dos demais alunos. Vivi o suficiente para entender e perceber, com tristeza, o quanto os adolescentes calouros estão “doutrinados”. Parece ser um caminho sem volta.

Sexta-feira fui para aula como de praxe. No primeiro tempo, o professor inicia a fala sobre um programa de TV que assistiu, onde um pastor defendia a família tradicional. Aí começa a “sessão deboche”, daquele que se espera que se atenha ao ensino dos Fundamentos do Direito Privado: -”Antes eu me estressava com este pastor, agora eu gosto dele porque me faz gargalhar”. “-Ele citou um monte de pesquisa de Facebook, que ninguém nunca ouviu falar”. Enquanto isso, a turma delira em gargalhadas. E continuou: “-Ele falava como se o estivessem combatendo, mas ninguém estava dando a mínima para o que ele estava dizendo”. Eu ouvi a tudo isto quieta, indignada, e estou disposta a gravar tudo o que for dito em sala daqui em diante. Professor nenhum tem o direito de achincalhar um líder espiritual renomado e respeitado pela sociedade, simplesmente por discordar de seus ideais. Assisti ao programa e sei da seriedade das fontes das pesquisas citadas pelo pastor e psicólogo.

Mas o pior viria na aula seguinte, de “Economia Política e Direito”. O professor, ao falar da teoria Marxista, e como sempre em tom de deboche, disse que quem vai aos “cultos” torna-se um alienado, incapaz de se revoltar contra o sistema capitalista, pois aprende lá na igreja que é “legal ser pobre” e que riquezas não levam ninguém ao céu. Enfim, foi horrível estar ali. Saí 15 minutos antes de a aula terminar. Não tinha porque permanecer naquele lugar hostil, com um professor praticamente me chamando de “otária”. Fala do que não sabe. E aquilo que imagino que saiba (economia política), não foi ensinado como deveria. Engraçado que os socialistas dizem lutar por igualdades, mas se sua religião e crença os incomoda, a igualdade não é para você. É pra quem está ao lado deles. E só.

Não sou otária, não sou alienada e sei muito bem das mazelas que o comunismo “brilhante” de Marx trouxe aos países que foram ou são oprimidos por seus ideais. É triste ir a uma aula de Direito numa federal e receber este tipo de “ensinamento”. Mas eu não vou desistir. Creio que alguma coisa vai mudar. Preciso crer!

Um abraço,

[nome]


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Doutrinação ideológica: apenas mais um capítulo dessa rotina

Recebi novo email de desabafo de um aluno cansado de ser vítima da doutrinação ideológica dos professores, e esse não se importou de assinar o nome. Lá vai:

Motivado pelo depoimento do aluno da PUC exposto em sua coluna, venho por meio deste texto depor sobre o que hoje tem se tornado corriqueiro na vida de muitos estudante. Meus pais, os únicos a quem hoje eu possa incumbir minha educação, trabalham arduamente para tentar dividir tal tarefa com a melhor instituição possível. Aqueles despendem boa parte de seus salários com o mais conhecido e oneroso colégio de Niterói (Ph), mas mesmo assim, não tenho ficado de fora de tamanha doutrinação, diria eu, já institucionalizada na educação brasileira.

Não é insólito professores pondo suas ideologias além de suas matérias, porém alguns estão passando dos limites éticos. Ouvir que os paulistas “coxinhas” que foram as ruas na Marcha da Família com Deus pela Liberdade, são os mesmos que ocuparam as ruas agora em 2015; e é claro, generalizando todos por um suposto desejo de ditadura militar; desmotiva qualquer prê-vestibulando com o mínimo senso crítico ao ver seus colegas serem feitos de massa de manobra.

Em contraponto, na mesma aula, o MST é tratado como se fosse algo normal; seria o tal o grande “mártir” a resolver a causa dos imbróglios latifundiários brasileiros. Desta vez não faltaram referências e incentivos; “Meus alunos, assistam o filme de Frei Betto, ‘Batismo de Sangue’, um grande homem e um bom enredo”; nada melhor que um assessorista de governos cubanos nos momentos livres.

A criminalidade que toma as ruas de Niterói, além de muitos outros municípios, não é resultado apenas da ausência de instrução, mas da verdadeira “deseducação” praticada dentro das salas de aulas. Nos exercícios, os policiais são colocados em charges que os conceituam como assassinos de negros, pobres e “favelados”; evidentemente sem qualquer base argumentativa. Estão nas escolas a raiz da desmoralização da Polícia Militar, que não tem mais capacidade de trabalhar nos limites do Rio de Janeiro, sendo constantemente escorraçada por sua própria população.

A pátria que se autodenomina ‘educadora’ deveria mudar para Gramsciana; sofrem os seus filhos. Sou apenas um simples estudante indignado, sem voz, calado por uma oposição que diz estar sempre lutando por “democracia”. Mas são muitos os liberais que sofremos diariamente com o fato de escolher uma vida integra, baseada nos princípios meritocráticos e na ânsia de aprender.



Ass: Fernando Söndahl Brito






Por Rodrigo Constantino


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