Marina Silva durante campanha em São Paulo - 24/09/2014 (Reuters)
Para rebater boatos da campanha da presidente-candidata Dilma Rousseff (PT), que insinuou que Marina Silva poderia pôr a perder conquistas trabalhistas como férias, décimo-terceiro e hora extra, a ex-senadora reuniu-se com lideranças sindicais em São Paulo nesta quarta-feira. No encontro, voltou a prometer o fim do fator previdenciário – mecanismo criado no governo Fernando Henrique Cardoso que inibe aposentadorias precoces –, antiga reivindicação dos sindicatos.
"Sem demagogia, estamos dizendo que vamos revisitar o fator previdenciário para fazer justiça com o trabalhador. A corda sempre rompe pelo lado mais fraco, que nem sempre é a maioria. Dessa vez é a minoria", disse Marina, que na sequência alfinetou Dilma: "Essa campanha não apresenta programa de governo, quer que o povo assine um cheque em branco".
A candidata do PSB reafirmou o compromisso com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). "Queremos estabelecer um tripé para assegurar os direitos dos trabalhadores. Promover educação de qualidade por meio de programas como o Pronatec e permitir que recursos sejam aplicados adequadamente para o trabalhador se requalificar rapidamente após perder o emprego."
Estiveram presentes representantes da Força Sindical e da União Geral dos Trabalhadores (UGT).
Ataque - Marina voltou a citar o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para atacar o governo de Dilma. Na última sexta-feira, o instituto afirmou que a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) referente ao ano de 2013 foi publicada com erro grave. A retificação alterou resultados antes divulgados sobre a evolução da desigualdade social no país. "Até o IBGE, que tem técnicos renomados, teve que passar por esse vexame."
Fonte: Veja
O que é o Fator Previdenciário
Fator previdenciário, em Previdência Social, é um fator multiplicativo aplicado ao valor dos benefício previdenciários que leva em conta o tempo de contribuição, a idade do segurado e a expectativa de vida. Criado em 1999, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, tem por finalidade desestimular aposentadorias precoces.
O fator previdenciário é aplicado para cálculo das aposentadorias por tempo de contribuição e por idade, sendo opcional no segundo caso.
A aplicação dos cálculos, associada à revisão anual feita pelo IBGE da expectativa de vida dos brasileiros, em ascensão, causa um aumento contínuo da idade mínima necessária para a obtenção do valor integral para as aposentadorias, resultando em acusações de que o mesmo visa reduzir o valor dos benefícios.
Segundo o anuário da Previdência, quando o Fator foi introduzido, em 1999, um homem que tivesse começado a trabalhar aos 18 anos de idade precisaria contribuir por 39 anos para aposentar-se integralmente. Em 2011, seriam necessários 42 anos.
O decreto do Fator Previdenciário introduziu uma fórmula para cálculo da aposentadoria que não permite ao segurado conhecer antecipadamente sua situação porque a expectativa de sobrevida de cada idade é variável, anualmente calculada pelo IBGE.
Fonte: Wikipédia
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