População desocupada soma 1,2 milhão de pessoas (Reinaldo Canato/VEJA)
Depois de três pesquisas seguidas de dados incompletos, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou nesta quinta-feira a Pesquisa Mensal de Emprego e Salário de agosto com todos os dados. A taxa de desemprego no país fechou o mês em 5%, o menor nível de desocupação para meses de agosto desde o nível da série histórica, em 2002. Em agosto de 2013, a taxa estava em 5,3%. O resultado também representa um avanço pequeno em relação a abril, último mês de divulgação da taxa, quando a desocupação estava em 4,9%. Analistas ouvidos pela agência Reuters esperavam que a taxa de desemprego atingisse 4,9% em agosto.
O atraso na divulgação dos dados se deve a uma greve dos servidores do IBGE que durou 79 dias e terminou apenas em meados de agosto. Até então, não Com o atraso na coleta e apuração das informações referentes às regiões de Porto Alegre e Salvador, só agora o instituto divulgou os dados atrasados, juntamente com o anúncio dos dados inéditos de agosto. O nível de desocupação ao fim de maio, junho e julho foi de 4,9%, 4,8% e 4,9%, respectivamente. Das seis regiões metropolitanas avaliadas pelo IBGE, apenas o Rio de Janeiro teve queda do desemprego.
Dados atrasados
2014 | Taxa de desemprego | Rendimento médio |
Maio | 4,9% | R$ 2.045,10 |
Junho | 4,8% | R$ 2.019,90 |
Julho | 4,9% | R$ 2.022,04 |
Agosto | 5,0% | R$ 2.055,50 |
IBGE
Na semana passada, o IBGE também divulgou dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2013, que apontou em 6,5% a parcela dos brasileiros em idade ativa e sem emprego ao fim do ano. No levantamento de 2012, essa população estava em 6,1% do total e, em 2011, em 6,7%.
Diferente da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que analisa apenas as seis principais regiões metropolitanas do país, a Pnad mostra a desocupação em todo o território nacional. A taxa engloba apenas os brasileiros que estão desempregados, porém, em busca de emprego.
Leia mais: Desemprego volta a subir em 2013, aponta Pnad
O mercado de trabalho começa a sentir o baque
De acordo com o instituto, a população desocupada somou 1,2 milhão de pessoas em agosto, alta de 3,3% ante julho, e recuo de 5,8% sobre um ano antes. Já o contingente de ocupados (23,1 milhões de pessoas) cresceu 0,8% em relação a julho, mas manteve-se estável comparado a agosto de 2013. Os desocupados incluem tanto os empregados temporários dispensados quanto desempregados em busca de uma chance no mercado de trabalho.
O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado (11,8 milhões) mostrou estabilidade em ambas as comparações.
O rendimento médio real dos trabalhadores (2.055,50 reais) cresceu 1,7% em relação a julho (2.022,04 reais) e subiu 2,5% comparado a agosto de 2013 (2.005,72 reais).
O IBGE trabalha para substituir a PME pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, mais abrangente. De acordo com o novo indicador, no primeiro trimestre deste ano a taxa média de desemprego do Brasil estava em 7,1%.
Fonte: Veja
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