segunda-feira, 1 de setembro de 2014
A merreca do salário mínimo
Por: Carlos Chagas
Por que Dilma Roussef continua caindo nas pesquisas, arriscando-se a não ser reeleita, passando o poder para Marina Silva?
Muitos motivos existem, sendo que o mais recente acaba de ser fornecido pela própria presidente através de comunicação feita pela ministra do Planejamento: ano que vem o salário mínimo será fixado em 788 reais.
Imagine-se um pai de família vivendo com essa merreca. A Constituição determina que o salário mínimo deve bastar para o trabalhador e sua família enfrentarem despesas de habitação, alimentação, vestuário, transporte, educação, saúde e até lazer.
A vontade é de ver como se arranjariam a presidente da República e seus ministros caso obrigados a viver com um salário mínimo.
Divulgou-se esta semana que a população brasileira chegou a 202 milhões de pessoas. Do total, quantos recebem o salário mínimo? Há quem calcule entre 80 e 100 milhões, ainda que o governo permaneça em silêncio a respeito. Pior do que nos tempos da escravatura, quando os infelizes eram alimentados e vestidos pelos seus senhores.
GETÚLIO DOBROU…
Ainda há pouco transcorreram 60 anos da morte de Getúlio Vargas. Quando eleito pelo povo, em 1950, uma de suas primeiras iniciativas foi dobrar o salário mínimo. Nenhuma empresa faliu, muito menos os cofres públicos ficaram vazios. As elites engoliram a medida, ainda que passassem a conspirar para a deposição do presidente.
Qual o candidato, hoje, que ousou propor a duplicação do salário mínimo? Nem Marina, quanto mais o governo do PT. Argumentam que a economia nacional iria à falência, que a iniciativa privada e o poder público não suportariam tamanha despesa. Não faltariam economistas para manipular os números.
Aconteceria o que, caso o salário mínimo, em vez dos prometidos 788, dobrasse para 1576 reais? Nada, até porque essa quantia também será insuficiente.
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