terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Ser ou não ser da nova direita, eis a questão


O PT anda espalhando por aí que são da nova direita e golpistas os brasileiros que se manifestam pelo país afora pedindo o impeachment da Dilma. Ora, se é da nova direita quem pede a saída da presidente, apontada pelo doleiro Youssef como cúmplice no roubo da Petrobrás, gostaria de encabeçar a lista desse novo movimento que já nasce combatendo a corrupção e se indignando com a patifaria que envolve esse governo. Quero inclusive aplaudir a rapaziada que criou o “Mobiliza Brasil” com a finalidade de engrossar o coro contra os ladrões da Petrobrás e de outras empresas estatais saqueadas pela quadrilha que administra o país.

Engraçado é que quando o Zé Dirceu, o mensaleiro que amargou quase um ano na cadeia por roubar dinheiro público, esteve à frente do impeachment do Collor, o movimento era de esquerda. Hoje, as manifestações no país são rotuladas de direita pelos ideólogos petistas de botequim para dar aos protestos caráter conservador. Bobagem, posições retrógradas essas de acusar de direita os movimentos populares que pedem a cabeça da presidente, como se isso fosse macular a legitimidade das manifestações nas ruas.

O povo tem, sim, o direito de se manifestar livremente. Quer menos corrupção, mais dignidade e honestidade de seus governantes. Exige daqueles que chegaram ao poder pelo voto, uma administração limpa e transparente. As promessas de campanha de combate a corrupção, registradas no Tribunal Superior Eleitoral, não devem ser apenas uma peça de ficção, mas um compromisso pra valer da presidente para não virar estelionato eleitoral. Os eleitores não podem, mais uma vez, serem enganados pela fantasia e pelos projetos demagógicos dos programas políticos.

Declaro-me da nova direita se é para expurgar do poder governantes corruptos, incompetentes, nefastos à democracia, que vivem de dilapidar o nosso patrimônio como é o caso da Petrobrás, onde a quadrilha petista montou o seu quartel general para promover os achaques ao dinheiro púbico. Se ser da nova direita, como rotula o PT, é proteger o patrimônio brasileiro e denunciar essa camarilha de delinquentes que se instalou no poder para roubar, me incluam, por favor, com muita honra, entre os milhões de brasileiros da nova direita que não compactuam com esses desmandos administrativos.

Se ser da nova direita é estar entre os mais de 80 milhões de brasileiros que rejeitaram a presidente nas urnas (51 milhões que votaram no Aécio e mais 30 milhões que se abstiveram), falo de alto e bom som: sou dessa nova direita. Com muito orgulho, quando convocado, irei, sim, às ruas pedir que a Dilma desocupe o Palácio do Planalto já que seu nome é citado pelos delatores como partícipe nos escândalo da corrupção na Petrobrás.

A Veja desta semana traz uma matéria de capa com uma mensagem à Dilma do Paulo Roberto, o diretor corrupto, na época que ela ocupava a cadeira de ministra das Minas e Energia, alertando-a para as investigações do TCU que pedia a paralisação de obras da Petrobrás depois de detectar indícios de sobrepreço em algumas delas.

Ora, minhas senhoras e meus senhores, diante de tantos indícios do envolvimento da presidente no escândalo da Petrobrás por que o silêncio de cumplicidade da OAB que até então se dizia guardiã da sociedade? Por onde andam as tão aguerridas entidades como CNBB, UNE (os jovens estudantes indignados!) centrais sindicais, MST e os líderes comunitários que não se mobilizam pelo impeachment de Dilma? Estão no bolso do poder. A exemplo das milhões de famílias que vivem ancoradas no Bolsa Família, essas instituições também são complacentes com a decadência moral do país. Viraram, na verdade, penduricalhos do governo no silêncio e na cumplicidade.






Por Jorge Oliveira





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