sábado, 27 de dezembro de 2014

Cristovam Buarque critica a escolha de Cid Gomes para Ministro da Educação


O senador Cristovam Buarque (PDT-DF), criticou em sua página pessoal no Facebook a escolha de Cid Gomes, ex-governador do Ceará, para Ministro da Educação anunciada nesta terça-feira (23), pasta já ocupada por Cristovam entre 2003 e 2004, no primeiro mandato de Lula.

Em seu comentário, Cristovam acusa a presidente Dilma de colocar o MEC entre as pastas irrelevantes ao usa-la em suas trocas políticas. Ele justifica que o fato de não colocar alguém do próprio partido à frente do Ministério, e mais preocupante ainda, escolher Cid para o cargo é reconhecer que a educação não é importante.

A crítica se deve as atitudes recentes de Cid Gomes vistas como contrárias a classe de educadores. Em 2011, no Ceará, estado que governou até o último ano, ao enfrentar uma greve de professores que reivindicavam aumento de salário, Cid teria dito  "Quem dá aula faz por gosto, e não por dinheiro. Se quer ganhar dinheiro pede demissão e vai dar aula no ensino privado” . Na época a frase gerou revolta no Brasil todo, ele chegou a tentar se retratar posteriormente com a imprensa, mas acabou falando a mesma coisa só que de forma menos incisiva "Quem está atrás de riqueza, de dinheiro, deve procurar outra profissão, e não setor público”.

Outro episódio polêmico envolvendo Cid Gomes foi quando na Campanha de 2014, ao defender o candidato do PT, Camilo Santana, ao Governo do Ceará de uma acusação de desvio de dinheiro teria dito ” Deste de que há o o dinheiro, há quem procure roubar o dinheiro.”

Confira na íntegra a crítica de Cristovam:
“Tenho visto muitos comentários contra o nome do Cid Gomes para ministro da educação. Apesar de suas frases no passado dizendo que professor é profissão para quem não quer ganhar dinheiro, ele ainda não tomou posse. Quem sabe ele não reconhece que errou e ao saber das dificuldades financeiras dos estados e municípios ele não começa a defender a Federalização do salário do professor?

O GRAVE na nomeação dele está no fato de que o governo Dilma decidiu colocar o MEC entre as pastas irrelevantes, sem importância estratégica, área de manobra política entre os partidos. Está é a tragédia, não o nome do ministro.

O governo do PT decidiu que o MEC não precisa ficar com o PT. Ou reconheceu que educação não é estratégica, ou não tem propostas para a educação, ou não tem quadros entre todos os seus militantes para a área da educação, ou que a educação não é importante.

Esta é a tragédia, o nome do ministro pode ser apenas um erro.”

Nenhum comentário: