domingo, 14 de dezembro de 2014

Natal focalizado no consumismo e distante do real sentido cristão




Mais uma vez o natal chegou sobre os sons das badaladas dos sinos do papai Noel. Anunciando mais uma celebração cristã que vem se perdendo seu legitimo sentido para o comércio e o consumo impulsivo todos os anos numa acelerada intensidade.

Tudo já está iluminado: as nossas casas, ruas, comercio, shoppings, deixando as noites do mundo mais iluminadas e animadas. Simplesmente uma mera fachada comercial movida pelo disfarce tradicional do natal. Tudo é promovido para encher os olhos e abrir o apetite insaciável para o consumo. Uma jogada comercial bem pensada num marketing diversificado e criativo. Todos os lugares estão fartos de decorações: enfeites, presépios, guirlandas, piscas coloridos, das simples as gigantescas e sofisticadas árvores natalinas. Geralmente todas repletas de merchandising de forte apelo turístico nas principais cidades e capitais do Brasil e do mundo. Os grandes shows de musicais natalinos; as cantatas, os teatros promovidos pelas prefeituras (pago com os pesados impostos dos contribuintes) e principalmente o comércio para atrair os mais diversos consumidores.

Todos os brasileiros embalados pelo sonho do décimo terceiro salário no bolso; desperta o impulso consumista que sem dúvida alavanca a economia neste fértil período consumista. Os lojistas esperam ansiosamente por esta data de fachada cristã, mas de fundo econômico. Neste tempo há uma efervescência comercial e uma ação avassaladora dos consumidores sem limites. Todos fazem as mais diversas manobras e planilhas criativas e traçam suas metas para aumentarem às vendas em comparação a porcentagem que seja superior ao natal passado. Todos usam abundante o programa Excel para o controle de: estoques, vendas e lucros ou prejuízos. Tabelas, gráficos e outras parafernálias são elaboradas para apresentarem com exatidão seus lucros.

Basta olhar as vitrines dos shoppings, e do comercio em geral que já está tudo preparado; não para festejar o legitimo sentido natalino, mas para contabilizar os lucros das vendas peculiares desta época. Os anúncios apelativos das grandes redes de lojas comerciais multinacionais que atuam no Brasil apostas a comercializarem de tudo. Estão a todo vapor para venderem: eletros, eletrônicos, informática, câmeras, Smartfones, tabletes, quinquilharias etc. Os espumantes, chester, peru e todos os ingredientes para as comidas típicas, para a preparação das tradicionais ceias natalinas. Além de outros presentes dos de bens duráveis como: carros, joias e imóveis para formalizarem as trocas de presentes na noite de natal para uma mínima fatia da população, que domina o poder econômico neste país. Os que não podem se endividam no cartão de crédito, bancos e financeiras até o próximo natal, mas cumprem com os rituais natalinos e consumistas.

O contraditório desta realidade natalina é que a maioria da população brasileira está longe deste glamour consumista. Porquanto, terão mesmo uma noite simples como daquela "noite feliz de Belém" onde nasceu o menino Jesus. Foi em uma estrebaria da terra santa de Belém no Oriente Médio, em plena simplicidade que veio ao mundo o Salvador da humanidade cristã. Magnifico exemplo de simplicidade e humildade de um DEUS soberano. Hoje muitos brasileiros nesta noite irão torcerem para que tenha o que comer ou que a concessionária de energia elétrica não corte sua luz por falta de pagamento e fiquem sobre a luz das estrelas. As mesmas luzes que iluminaram os reis magos do oriente para visitarem, adorarem e presentearem, o menino Jesus, o messias, o redentor. 

Portanto, mais um natal e cada vez bem mais distante do verdadeiro sentido do natal. O comercio chama magia do natal. Não gosto deste vocábulo “magia” opta por usar outra denominação o sentindo espiritual natalino ou simplesmente o sentido do natal. E para entender este autêntico sentido do natal é fundamental que saibamos o que realmente significa natal. A palavra natal vem do latim: “nātālis” no latim, derivada do verbo “nāscor” (“nāsceris”, “nāscī”, “nātus” “sum”) que literalmente traduzindo, significa nascimento; sempre prevalecendo o sentido de nascimento.

Aqui no Brasil os cristãos comemoram o nascimento de Jesus todos os 25 de dezembro de cada ano do atual calendário. Sabemos que há muitas controvérsias a respeito desta data e cada crença religiosa pensa diferente e outras nações até comemoram em outras datas. O que devemos respeitar, pois habitamos em um mundo de muitas religiões e suas doutrinas diferentes, todos tem seu jeito de pensar diferente.

Comemoráramos o aniversário do Redentor Jesus deveria ser comemorado num sentido mais espiritual do que comercial, uma mudança de vida para ser melhor e perceber que “saímos do pó da terra e vamos voltar ao pó”, o que vale é a nossa alma. Esta a comemoração deveria ser concentrada neste grau de relevância. Não é o nascimento de humano mortal qualquer. É a festa comemorativa do nascimento de Deus, feito homem; que não tinha nem um lugar para nascer. Viveu igual a todos os humanos, exceto no pecado. Experimentou as mesmas: dificuldades e sofrimentos, humilhações, perseguições e uma morte violenta de cruz para nos redimir dos nossos pecados. Ele quitou nossa dívida das nossas transgressões para com Deus através de sua morte sacrificial e, sobretudo sua gloriosa ressurreição. Aqui reside o legitimo sentido do natal, o momento de comemorar o nascimento de Cristo que trouxe a boa noticia da salvação eterna. Este sentido vem se perdendo ano a pós ano. Décadas após décadas, século a pós século.

O consumo descaracteriza e muitos pensam o Natal simplesmente como uma tradicional festa sem muito sentido. Tem muita gente que transforma este momento de reflexão em grande período de profundo estresse gerado pela correria para as compras. Nesta época que era para ser de paz, muitos a transforma em violência. Exageram nas bebidas alcoólicas e consequentemente surge violência de todos os tipos. Misturam álcool com direção os acidentes fatais e os danos matérias também surgem em grande escala. Há muitos relatos de brigas até no momento da tão esperada tradicional ceia de natal. Alguns até criam inimizades por não ter gostado do pressente que recebeu etc.

Esta na hora de resgatar o verdadeiro sentido desta festa natalícia da cristandade. Evitar ser arrastados pelo tsunami consumista. Todavia cultivando o sentido de uma nova vida eterna; trazida pelo nascimento de Deus feito homem, através de seu filho unigênito, sendo criança para trazer a boa novidade da salvação eterna. Óbvio que estou escrevendo para os que creem nesta verdade divina. Eu creio e respeito todos que não creem e pensa diferente. É um direito crer e pensar diferente.


















Por Cícero Barros

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