sexta-feira, 5 de junho de 2015

Um simples desafio ao "sem-teto" Guilherme Boulos

                                Boulos e Lula: os “altruístas” que querem socializar a riqueza alheia

Dar holofote ou não dar a um sujeito como Guilherme Boulos? Eis a questão. Tudo que o rapaz quer, além de verbas públicas, é atenção. Mas, por outro lado, como perder a oportunidade de mostrar a falta de honestidade intelectual e a estupidez de nossa esquerda, tão bem representada pelo líder dos “sem-teto”? Em sua coluna na Folha (sim, o moço tem uma coluna no jornal que considera “golpista” e tudo mais), Boulos tenta rebater a acusação de hipocrisia da esquerda caviar, que ele, como filhinho de papai professor da USP, tão bem representa. O tiro sai pela culatra. Ele se perde naquela baboseira de “socialista não precisa fazer voto de pobreza”. Diz ele:

É o que faz a direita de hoje. Confunde intencionalmente duas questões distintas: defender o capitalismo e viver no capitalismo. Vivemos em uma sociedade capitalista, com tudo o que isso implica. Viver nela não significa defendê-la, aliás para criticá-la e combatê-la é preciso estar nela.

O argumento bronco considera tudo isso uma sutileza metafísica e diz, com a argúcia da Idade da Pedra: “Se é contra o agronegócio, então não coma!”, “denuncia a privatização, mas usa energia elétrica da AES em casa!”, “é socialista, mas tem computador!”, e outras pérolas mais. Enfim, a esquerda de verdade deve se alimentar por fotossíntese, usar velas e mimeógrafo.

[...]

O que essa turma não entende –e possivelmente nunca entenda– é que defender posições de esquerda não significa voto de pobreza, viver a pão e água. Quem impõe a vida a pão e água a bilhões de pessoas ao redor do planeta é o capitalismo e é exatamente por isso que a esquerda o combate. Não se trata de defender a socialização da miséria, mas sim das riquezas. Algo, aliás, profundamente atual num mundo onde elas estão concentradas em 1% da população.


Que show de horror! E o pior é que deve ter muito “intelectual” e psi que vibra, em busca desesperada por algum alívio em sua hipocrisia exposta. Mas vamos lá: então o socialista não precisa abdicar dos bens capitalistas, pois ele vive no capitalismo? Ok. Mas ele precisa ser tão ganancioso assim, como alguns se mostram? Precisa gostar tanto dos produtos capitalistas enquanto destila seu ódio ao mesmo capitalismo que produz esses luxos?

Será que não salta aos olhos do invasor de propriedades que há uma clara incoerência entre pregar a igualdade e buscar sempre acumular mais e mais? Será que ele não percebe que é, sim, hipócrita “adorar” o socialismo e nunca escolher viver ou passar férias em Cuba ou na Venezuela, mas sempre em Nova York ou Paris? Será que ele acha mesmo que o leitor é idiota a ponto de não ver nada de mais num artista que condena o lucro como exploração enquanto possui milhões no banco?

Ah, mas eles não querem fazer voto de pobreza. Querem igualdade, mas socializando a riqueza! Risos. Muitos risos. Só tem um pequeno detalhe, que o “gênio” Boulos não percebeu (ou percebeu e ignorou, porque não é honesto): eles, socialistas, assumem a riqueza como um jogo de soma zero, como um bolo fixo, tanto que ele termina o texto falando da “concentração de riqueza nos 1%”. Então, se o socialista que assim pensa quer mais igualdade, é claro que ele precisa começar fazendo sua parte e distribuindo melhor a sua riqueza!

Mas nunca veremos isso. Veremos, como vemos, muito capitalista fazendo filantropia, o que não é socialismo, como Boulos afirma de forma estúpida. Ajudar o próximo, dar coisas para os filhos, isso não é ser socialista, e só na cabeça oca do invasor de propriedades poderia haver tanta confusão mental. Socialismo é um regime econômico e social, em que os meios de produção pertencem ao “coletivo”, administrados pelo estado. Solidariedade, que deve ser sempre voluntária, não tem nada a ver com socialismo.

Boulos fazer parte da turma canalha que dá mais valor ao discurso do que à prática, à retórica do que aos resultados e ações. Filhotes de Rousseau, o “filósofo da vaidade”, que “amava” a Humanidade como abstração, mas abandonou todos os filhos. Eles odeiam o capitalismo e amam a igualdade, mas quando escolhem coisas, sempre demonstram o contrário. As ações negam as palavras, mas vivem das palavras falsas, da mentira. Como disse um leitor, para Boulos não basta que Fidel e Che tenham um relógio para ver as horas; é preciso que seja um Rolex! E não há nada demais nisso…

E agora vem, então, o simples desafio ao invasor de propriedades: diga um, apenas um caso de experimento socialista que funcionou, que deu certo, que gerou o resultado esperado, que “socializou as riquezas”. Vamos lá: o homem é tão “corajoso” na hora de invadir propriedades, e será um covarde na hora de responder a um simples desafio desses? Se o capitalismo é o culpado pela miséria mundial, como pode os países mais capitalistas terem menos miséria, enquanto os socialistas são justamente os mais miseráveis?

A única coisa que o socialismo conseguiu produzir foi miséria e escravidão. Fatos históricos, corroborados pela lógica da boa teoria. Mas claro que Boulos ignora isso. Ele ignora tudo, pois vive da exploração da ignorância alheia. É um oportunista, um filhinho de papai que mama nas tetas do estado, que prega o socialismo enquanto gosta de viver bem. Em qualquer país sério ele estaria preso por seus atos. Aqui ele ganha uma coluna no maior jornal do país, para atacar a própria mídia “golpista” e para destilar seu ódio ao capitalismo, enquanto dele usufrui. Alguém fica surpreso de o Brasil estar essa porcaria?






Por Rodrigo Constantino

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