sábado, 16 de maio de 2015

Idade penal: como refutar e constranger esquerdistas


Quando em contato com a realidade, a “lógica” esquerdista derrete como a neve exposta ao Sol. O discurso contra a redução da idade penal – pobre em argumentos e rico em sentimentalismo – não escapa da regra.

O falatório contra a redução da idade penal se resume a uma constelação de clichês ensaiados que cumprem um único papel: pintar com cores de monstro qualquer um que cometa a blasfêmia de afirmar que jovens são responsáveis por seus atos.

É claro que o tema é muito sensível e desperta paixões. Qualquer um pode reagir de forma passional e escrever ou dizer bobagens diante de um assunto tão delicado. Mas este não é o caso dos Sakamotos e roqueiros petistas da vida.

Porque o esquerdista tem no sentimentalismo o seu modus operandi para abordar qualquer tema. É um jeito fácil de encarar o mundo que consiste em lançar acusações sentimentais e hipóteses conspiracionistas sem se preocupar com a lógica.

As premissas estúpidas do discurso esquerdista contra a redução da idade penal nos conduzem a um labirinto nauseante de interpretações racistas, preconceituosas e classistas sobre os pobres, os negros e os jovens da periferia.

Aqui vai uma breve desconstrução de três acusações sentimentais da esquerda:

“Vai afetar os negros”

A deputada Margarida Salomão (PT-MG) afirma que a redução da idade penal vai afetar “diretamente os jovens negros e pobres do país”. Perceba que ela poderia ter dito apenas “pobres”, mas fez questão de frisar “negros e pobres”.


A tentativa de pintar de racistas os defensores da redução da idade penal esconde uma premissa…racista. Ora, existem muitos jovens negros e pobres no Brasil, mas apenas uma minoria deles comete crimes e uma parte ainda menor vai pra cadeia.

É realmente necessário lembrar dos casos de jovens de classe média alta que mataram, roubaram por “pura diversão”?

Se há assassinos e estupradores entre os pobres, o endurecimento da lei não vai prejudicar os pobres; antes, vai salvá-los. E claro: criminosos são minoria nas favelas, nos cortiços e periferias onde o povo quer mesmo é ver polícia na rua.

É feio ter que lembrar isso aos nossos supostos humanistas, mas lá vai: o fato de alguém nascer negro não o torna um criminoso em potencial. O fato de alguém viver na pobreza também não o torna um criminoso potencial.

Um jovem negro e pobre não é um criminoso em potencial.

No twitter cometi a heresia de lembrar isso a uma conhecida praticante do onanismo ideológico. Ela respondeu gentilmente com uma ameaça de processo judicial.


A deputada petista citou, acertadamente, que a violência é a principal causa da mortalidade de jovens entre 15 e 24 anos no Brasil. Longe de ser um argumento contra a redução da idade penal, este é um forte argumento a favor da medida!

Os dados do Mapa da Violência de 2013 são a melhor defesa de mudanças para endurecer a lei penal. A violência que atinge a juventude vem da impunidade da qual os bandidos gozam no Brasil. Um tema que não sensibiliza a esquerda.

Os jovens são assassinados, em muitos casos, por outros jovens. O que nos leva a outra falácia repetida como um mantra pelos esquerdistas.

“Só 1% dos homicídios são cometidos por jovens”

Eu já suspeitava deste número exibido com tanta convicção por dúzias e dúzias de microcéfalos da imprensa. Como saber quantos homicídios são cometidos por adolescentes quando o nível de resolução de crimes é baixíssimo no Brasil?

Por coincidência, hoje o camarada Leandro Narloch tratou exclusivamente deste tópico em sua coluna no site da VEJA. Foi repetido exaustivamente por nossos jornalistas que apenas 1% dos homicídios no Brasil são cometidos por “adolescentes”.

O problema é que esse dado não existe. Diz Narloch:

Havia razão para publicar a porcentagem, pois ela parecia vir de órgãos de peso – o Ministério da Justiça e o Unicef. Acontece que a estatística do 1% de crimes cometidos por adolescentes simplesmente não existe. Todas as instituições que jornais e revistas citam como fonte negam tê-la produzido.

Leandro Narloch explica que ainda que seja assumida a premissa de que 1% ou mesmo 10% dos homicídios no Brasil são cometidos por adolescentes, o argumento contra a redução da maioridade seria falho.

Acontece que os brasileiros entre 15 e 18 anos são, segundo o IBGE, 8% da população. Afirmar que adolescentes respondem por uma pequena parte dos crimes faz parecer que eles não são culpados pela violência do país, quando provavelmente são tão ou um pouco mais violentos que a média dos cidadãos.

“O Brasil vai na contramão dos países civilizados”

O discurso esquerdista é um arquipélago sem fim de deflexões preguiçosas. Aqui vai mais uma: para os humanistas de plantão, a aprovação da emenda constitucional que reduz a idade penal transformaria o Brasil em uma republiqueta.

Longe de mim afirmar que o Brasil não vai se tornar uma republiqueta em breve. Apenas tenho bom senso. Sei que não será a redução da idade penal que fará isso acontecer.

Quais são as “republiquetas” que ousam reconhecer que seus jovens têm responsabilidade por seus atos?

Um paraíso da social-democracia, a Suíça aplica medidas socioeducativas a crianças a partir dos sete anos. Sim, aos sete anos! Existem níveis de sanções penais e a primeira fase começa quando o indivíduo completa 15 anos. A segunda, aos 18 anos.

Por sua vez, as “republiquetas” da Suécia, Dinamarca e Finlândia iniciam a aplicação da responsabilização penal dos 15 aos 18 anos. Mesmo considerado um menor, um indivíduo de 15 anos é julgado conforme a gravidade do seu crime.

Os socialistas adoram a França, não é mesmo? Pois lá a responsabilização penal plena, mas plena mesmo, começa aos 13 anos. Isso mesmo, aos 13 aninhos.

Liberté, Egalité, Fraternité pra vocês também.






Por Thiago Cortês

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