sexta-feira, 22 de maio de 2015

A virada contra os inimigos da bênção. Você está pronto pra começar?


Talvez você pense que o texto abordará sobre a milagrosa vitória de Gideão com seus trezentos homens sobre a multidão dos midianitas, mas a reflexão não se detém a esse glorioso fato; antes, analisa a construção da vitória pessoal de Gideão que precedeu a de Israel. São essas lições que mostram o pano de fundo de grandes viradas com a presença de DEUS em nossa vida e sua bênção e autoridade em nossa vanguarda.

Deus deseja se revelar a você (Jz 6:12). Nosso Deus não mudou e se dispõe a socorrer-nos em nossas angústias e incertezas, às vezes provocadas por invasores, como os midianitas no tempo de Gideão. Surpreendentemente, debaixo dos maiores e mais frondosos carvalhais existenciais, a misericórdia do Senhor se manifesta em nosso favor; e Assentado à nossa espera, propõe-nos mudança de vida e transformação de nossa triste realidade (Jz 6:14). Ouça esse Deus vivo que manifesta-nos a razão da vida e seus projetos de vitória. Entre as árvores de grande porte, o carvalho é considerado símbolo de resistência. Quanto mais tempestades enfrenta, maior e mais forte ele fica; as raízes se aprofundam, galhos e tronco ficam mais robustos e até disformes como se trouxessem “na face” as marcas das lutas. A narrativa do encontro de Deus com Gideão no carvalho de Ofra, encontram sentido em suas lidas e embates diários – suas experiências são como a do carvalho e é exatamente porque você não se entregou à crise e completamente a derrota que Deus tem uma revelação de auxílio, socorro e esperança pra sua vida, hoje!

Gideão não se entregou por conta da crise (Jz 6:11). Existem crentes que apenas põem-se a reclamar de tudo, mas na prática nada fazem além de murmurar. Independente de qual for sua dificuldade, sempre há algo de útil a se fazer, mesmo de forma inusitada e até incomum, como foi o caso de Gideão, trabalhando com trigo na casa das uvas, como estratégia para não chamar a atenção do inimigo que poderia saquear sua pequena colheita. Haverá dias que nossa postura deverá ser igual à dele, malhar nossas mágoas, ansiedades e frustrações no lagar das orações, diante da presença de Deus. Faça isso e ponha-se numa posição estratégica para se proteger e receber respostas que definirão sua vida e seu futuro – foi somente depois de Gideão não aceitar entregar sua colheita nas mãos dos midianitas que o projeto de libertação de Deus veio à tona.

Mesmo assim, Gideão como eu você e também teve suas dúvidas, vejamos:

1. Questionou o cuidado de Deus por conta da crise (Jz 6:13a). Na maioria das vezes achamos que se estivermos obedecendo a Deus e seguindo seus preceitos ficaremos imunes aos problemas e dificuldades, o que não é verdade. Aos que estão obedecendo e continuam sofrendo, que entendam que é uma luta permitida pelo Senhor, acredite que Ele não te livra da crise, mas te sustém e se revela nela, prepare-se para uma grande revelação ou uma maravilhosa experiência. Deus jamais nos prometeu ausência de problemas, doenças ou necessidades, antes nos garantiu soluções, curas e a cuidar de todas as nossas carências; creia em sua provisão e cuidado, pois Ele é Fiel!

2. Desconfiou do testemunho de seus irmãos na fé (Jz 6:13b). Em algumas situações onde as crises e dificuldades se prolongam ou crescem em gravidade, além de perdemos muito de nossa fé, também passamos a descrer do testemunho dos outros que passaram por tribulações semelhantes. Se existem propósitos celestiais em relação a nós em nossas lutas, um deles deve ser o de trazer pra nós uma experiência pessoal vívida a ponto de substituir o testemunho de terceiros em nossa relação com Deus. Quem sabe você já ouviu muito sobre o poder de Deus e agora é o tempo de experimentar e recebê-lo em sua vida, pense nisso, pois Deus continua fazendo as maravilhas do passado!

3. Precisou fazer prova com Deus para prosseguir (Jz 6:17). Mesmo que tenha soado como incredulidade, o pedido de Gideão foi feito com humildade e temor e o Senhor o atendeu. Já temos razões suficientes pela Palavra de Deus para crermos no amor de Deus para conosco em tudo, mas às vezes ansiamos por uma resposta específica e dirigida a nossos dilemas. Tudo bem, esse mesmo Deus que, pôs-se a esperar pelo atribulado e reverente Gideão, também conhece sua sinceridade e humanidade. Considere como específico esse comentário que você está lendo agora. Não foi composto por acaso, é provável que eu tenha sido impulsionado a compô-lo especialmente por sua causa. É o Deus de Gideão tocando com a ponta de seu cajado de compreensão mais uma vez. Ele é verdadeiro, tão somente creia nele de todo o seu coração.

Gideão vive a mudança – essa é a sua oportunidade!

Adora a Deus e restabelece o altar, símbolo do culto a Deus (Jz 6:24-27). Depois de ter sua fé renovada à primeira providência prática de Gideão foi restabelecer o símbolo do culto ao Senhor – o altar. Em nossa vida também não pode ser diferente. Mesmo que tenhamos trigo para malhar com inimigos se aproximando, o culto a Deus deve ser nossa prioridade. Se a atenção aos problemas e necessidades for primazia em nossa vida, fatalmente seremos derrotados; mas se como Jerubaal reerguermos o altar de adoração e concerto, Deus se agradará de nós e nos auxiliará em nossas pelejas e a vitória será questão de tempo. Derrube os altares de Baal que sutilmente foram erguidos para esfriar sua fé; irrompa contra toda forma de usurpação ao lugar central de Deus em sua vida e assim, fundamente o começo da virada contra os midianitas que ameaçam seus sonhos e esperanças!

Toca a buzina como o novo lider do povo de DEUS (Jz 6:34). Em ocasiões solenes e emergenciais o som da buzina tinha significados especiais para os israelitas, e quando ocorriam eram tocadas por pessoas autorizadas. Imagine há quanto tempo à trombeta do ajuntamento estava à espera para que um juiz levantado por Deus a tocasse e conduzisse Seu povo a vitória sobre o jugo midianita. É provável que em sua vida também haja necessidade desta manifestação e sonido de unção de Deus. Assuma a liderança da vida debaixo da direção e autoridade do Espírito de Deus, congregue sua família em torno de uma campanha de mudanças, inspire-se nas promessas de Deus diante das sentenças de derrota produzidas e proferidas pelo inimigo; reúna forças para a batalha decisiva – a maior certeza pra você (como foi para Gideão) é: Deus está comigo!

Acendeu as tochas (Jz 7:16c)! Com buzinas e cântaros (para fazer barulho) e tochas (para criar movimento e impressão de um grande exército), o novo juiz de Israel e seus corajosos 300 se puseram na frente de uma batalha que pelas evidências espirituais já estava ganha para eles (Jz 7:14-15). Há situações em que nos encontramos numa verdadeira escuridão, nos sentimos perdidos e sem direção; e são nessas horas que temos que acender uma tocha de fé e fazer barulho com a crença e movimentos com a esperança – o que confundirá os nossos inimigos. É possível que alguém que está lendo essas palavras tenha até pensado em desistir diante de algum problema; mas que tal reacender as tochas da confiança em Deus?

Como você pode perceber não se trata de receitas mágicas, expressões triunfalistas ou mentalização positiva; infere em reconciliar-se com Deus, assentar-se sobre suas promessas, obedecer a seus mandamentos e esperar pelas maravilhas dEle em sua vida. A vitória de Gideão poderá se repetir na sua vida também, basta crer e fazer o que ele fez, pois Deus continua dando-nos vitórias sobre os inimigos da bênção!





Por Silvio Costa

Administrador de empresas por profissão; graduado em teologia no Seminário SEET e na Faculdade FAIFA. É membro do conselho editorial da revista Seara News e editor responsável pelo portal Litoral Gospel

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