terça-feira, 2 de setembro de 2014

Saúde é deixada de lado no governo Dilma



De acordo com os próprios brasileiros, a saúde está longe do nível aceitável. Segundo uma pesquisa do Datafolha, hoje ela é apontada por 48% da população como principal problema do país. Em 2003, somente 6% diziam isso.

A própria presidente Dilma admitiu, durante entrevista concedida ao Jornal Nacional, no dia 18 de agosto, que a situação no Brasil não pode ser considerada minimamente razoável.

No ano 2000, na gestão de Fernando Henrique, a União contribuía com quase 60% dos gastos com a saúde pública em todo país. O percentual caiu ano a ano durante as gestões de Lula e Dilma. Em 2012, chegou a apenas 44% - bem abaixo da média mundial, de 59%.

A maioria dos países dedicam, em média, 15,2% de seus orçamentos anuais à saúde. No Brasil, o PT dedica a metade desse percentual: 7,6%. E, entre 2011 e 2013, Dilma deixou de investir R$ 19,2 bilhões da verba previamente destinada à área.

Projetos como o Saúde da Família, criado no governo FHC, que conseguiu reduzir a mortalidade por doenças cardíacas em 21% entre 2000 e 2009, foram deixados de lado. Entre 1995 e 2002, o programa cresceu 63% por ano. De 2013 a 2011, teve um avanço de apenas 7%.

A má gestão e a falta de investimentos também afetam os serviços básicos de saúde. Nos últimos quatro anos, foram extintos 13 mil leitos hospitalares da rede pública do SUS.

O Sistema Único de Saúde não tem reajuste linear (aumento de verbas para serviços prestados) há muitos anos. Atualmente, uma consulta médica vale apenas R$ 10. Com isso, a maioria das 2,1 mil Santas Casas do país, que atendem gratuitamente mais de 3 milhões de pessoas pelo SUS, está atolada em dívidas. Algumas já recusam pacientes.

Em sua campanha em 2010, Dilma prometeu melhorar a saúde dos cidadãos. Mas os resultados não foram positivos para os brasileiros. Das 500 UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento) prometidas, a presidente só concluiu 23; e dos 6,8 mil UBSs (Unidades Básicas de Saúde) anunciados, apenas 2 mil foram entregues, de acordo com o último balanço do PAC.

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