quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Comandanta Dilma, Lula-la, PT boquinha e aliados no amargo da delação premiada...

Comandanta Dilma, Lula-la, PT boquinha e aliados  no amargo da delação premiada. Marina fica a margem da corrupção. Indecisos e nulos, escoam para Marina.

Por Hélio Fernandes

A bloguista Clarissa Oliveira do Poder Online publicou: (...) A presidente Dilma Rousseff anda acendendo muita vela na capela do Palácio da Alvorada. O motivo da reza fica em segredo, mas só uma das 34 velas que preenchem os castiçais não está com os pavios queimados. A capela projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer é um dos pontos favoritos da presidente na residência oficial. Ela costuma levar chefes de estado e celebridades para conhecerem o local de perto.


No inicio do ano a revista Abril, através da coluna “Aventuras na História”, pediu a especialistas que indicassem os personagens mais importantes do país, em paralelo com uma pesquisa entre os leitores, com participação de 4 454 votantes. O resultado trouxe surpresas: Joaquim Nabuco e José Bonifácio, ignorados pelos leitores, foram, de acordo com os especialistas, mais importantes que Juscelino Kubitschek. JK, por seu lado, surpreendentemente, superou Getúlio Vargas na memória popular, atingindo o maior número de votos.


Quase um em cada dois leitores apontou JK como o maior brasileiro de todos os tempos. Figuras importantíssimas, como Rui Barbosa, dom João VI e Sérgio Buarque de Holanda ficaram de fora por um voto. A Princesa Isabel, que figuraria como a única mulher da lista, foi uma das preferidas do público, mas não teve voto entre os especialistas. Nem o primeiro herói brasileiro, Tiradentes, figurou entre os mais votados.


Hoje as celebridades da vez são Marina Silva, Dilma Rousseff e Aécio Neves, os três juntos não por força da eleição, mas pelo que protagonizam suas carreiras, oferecem autênticos pratos, para cada gosto do freguês. As denúncias de corrupção do governo da comandanta Dilma, as falcatruas administrativas de Aécio e o pecado herege de Marina quando inadvertidamente, diria até mal assessorada polemiza a questão da religiosidade, acabam por criar um embate que transcende até mesmo os mais elementares princípios ao respeito a cidadão-eleitor.


Quem é essa senhora?


Lembrando Eça de Queirós, um dos nomes ilustres da literatura portuguesa, tem uma crônica incomparável, chamada “Pacheco”. O “Pacheco” era um prestigiadíssimo ministro português das últimas décadas do século XIX, décadas essas, que, na visão de Eça, teriam sido das mais corruptas e nefastas da sociedade lusitana. Pois bem, o “Pacheco” começou sua vida pública por baixo, lá pela rabeira dos acontecimentos, e foi subindo, galgando degraus (sabe-se lá como) até atingir o topo, a glória, o Olimpo e ser reverenciado como uma das mais significativas e prolixas figuras do Império Português. Tudo fazia em silêncio; no silêncio vinha e no silêncio ia.


E logo o país inteiro caiu numa triste e angustiante constatação: “Pacheco havia sido um blefe, uma grande burla, uma piada do destino”, dessas que não se encontra explicação, ou seja: como o “Pacheco”, vazio de ideias, de projetos, de palavras e de manuscritos, pode chegar aonde chegou? Assim é a comandanta Dilma, a queridinha do Lula-lá, madrinha dos “barnabés” (servidores públicos), e cuja história está eivada de desinformações.


A pesquisa não elege, mas influencia? Delação premiada tira votos?


A nova pesquisa do Ibope para a sucessão presidencial divulgada no dia 16 (terça feira). A presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) lidera com 36%, seguida de Marina Silva (PSB), 30%, e Aécio Neves, 19%. Comparada com a pesquisa Ibope anterior, encomendada pela CNI (Confederação Nacional das Indústrias) e divulgada no dia 12 (sexta-feira), Dilma caiu três pontos percentuais, e Marina, um ponto. Aécio foi o único a crescer no levantamento, subindo quatro pontos. Neste levantamento anterior do Ibope, Dilma estava com 39%, Marina, 31%, e Aécio, 15%.


Afinal a quem isso incomoda a não ser a comandanta Dilma? Pesquisa não elege, mas influência é o que se vem comprovando a cada eleição. Candidato que está na ponta, apanha de um lado, mas é acariciado por outro, Marina Silva, jamais imaginou que estaria hoje disputando percentuais próximos numa pesquisa de opinião eleitoral, ainda mais enfrentando a máquina governista, que reúne nada mais, nada menos meio milhão de boquinhas.


Eles estão no aparelho do PT, todos trabalhando a caça de votos para a candidata queridinha do Lula-lá. O complicador para os marqueteiros de Dilma é poder avaliar até quando a sua taxa de rejeição, estacionada entre 44 a 48 por cento, poderia ser rompida no sentido oposto. Já nas pesquisas mesmo com o carinho dos que gostam de apostar nos que lideram, posso afiançar ser esse eleitor, o mais frágil de todos, que pode mudar seu voto, até mesmo no caminho para a urna.


A notícia da delação premiada do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa aguçou e trouxe preocupação aos assessores do governo. Eles corretamente avaliam que o episódio é negativo na campanha da comandanta Dilma. Isso se prende indiretamente ou “diretamente”, mas vai depender do desfecho da CPI, já que o escândalo engloba o período dos dois mandatos do presidente Lula-lá e dois primeiros anos do mandato da comandanta. A blindagem que supostamente tentarão fazer, ou o conhecido, “não sei de nada”, não pode ser acionado, enquanto não for divulgados os depoimentos de Costa.

A delação premiada de Paulo Roberto mudou e mudará a pauta do debate eleitoral na campanha, a comandanta dos boquinhas continuará sua saga com uma das mais altas taxas de rejeição das campanhas presidenciais, Marina Silva, continuará capitalizando votos dos indecisos e dos que votariam nulo, e Aécio Neves, tende melhorar, mas tudo é o que menos a direção da campanha de Dilma queria um eminente segundo turno.

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