domingo, 7 de setembro de 2014

Uma reflexão sobre a liberdade cristã e soberania nacional



Por Rubens Cartaxo

Em nosso país, toda escola deveria ter pelo menos uma vez por semana um momento destinado ao desenvolvimento do espírito cívico - é o que conhecemos por "momento cívico semanal".

Aqui em nossa escola procuramos cumprir esta determinação legal de desenvolver o espírito cívico na nossa comunidade escolar, através de pelo menos um encontro semanal para exposição dos símbolos nacionais através do hasteamento de bandeira e canto do hino. Todas as segundas-feiras, por muitos anos nos reunimos no pátio interno para este momento que é sempre bem aproveitado na valorização da nossa individualidade como nação e construção da nossa identidade.

Por ocasião do período próximo ao aniversário da independência - a chamada semana da pátria - este momento resveste-se de um sentido especial por ocasião da passagem de mais um aniversário da Independência do nosso pais. Cabe aqui, destacarmos em rápidas palavras, um pouco sobre o que significa esta independência a ser comemorada.

Para melhor entendermos o seu significado, é melhor começarmos com o que ela não é. Independência não é “não depender de nada e de ninguém”, e também, neste caso, não significa fazer o que quiser a partir de um determinado momento de desligamento de outro.
Neste contexto de governo, independência deve ter o significado de desligamento para um novo começo, uma nova ordem, reconhecida como autônoma por aquele que antes provia a direção. É o caso de quando duas pessoas decidem caminhar juntas em família. O homem e a mulher deixam os seus familiares para iniciarem uma nova família, também debaixo de uma ordem social e desfrutando agora de mesmos privilégios. Neste sentido, independência pressupõem uma ordem natural para o desenvolvimento da vida. Quando os filhotes de um animal já são crescidos, naturalmente eles são desmamados e passam por este momento de independência dos pais para buscarem a sua própria vida. É uma ruptura natural para uma nova ordem. Na bíblia encontramos este fundamento de governo desde muito cedo no livro de Gênesis.

Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne. Gênesis 2:24

Um dia fomos um povo dependentes de Portugal, mas em um determinado momento da história, que naturalmente tenderia a acontecer, buscamos a nossa independência. Nem sempre isto é desejado por quem tem o poder sobre outro, pois os sentimentos egoístas sempre divergem desta idéia de desligamento autônomo e responsável, contudo este momento deve acontecer para que o crescimento continue. Até certo ponto a dependência pode ser natural, mas depois torna-se imperativo que aconteça este desmame.

Por aqui, fomos nos aproximando deste estado mediante várias tentativas, manifestações e aspirações de liberdade privada e pública, até que em 07 de setembro de 1822 o povo brasileiro, através dos seus representantes, declaram-se desligados do domínio do governo português para serem uma nação livre e soberana. Isto poderia ter consequências graves se não fosse logo reconhecida esta independência. Mas, para nosso proveito isto aconteceu de maneira pacífica, diferentemente de outras nações, que tiveram de lutar e conquistar este direito com o sacrifício de sangue de muitas vidas.

Desde este dia até hoje, somos uma nação livre e independente. Uma nação onde os direitos individuais são respeitados, claro que não na sua perfeição, mas pelos menos de modo geral; muitos são os avanços neste sentido. Um país independente deve manter-se sobre o fundamento da liberdade individual equilibrada através da consciência das responsabilidade coletivas. Suas leis devem refletir isto. Sabemos que a responsabilidade coletiva somente é manifestada de forma legítima quando o homem volta-se para Deus, desta forma, é correto afirmar o que diz o escritor bíblico, “feliz a nação cujo Deus é o Senhor”. Somente quando o homem teme a Deus ele torna-se sensível para com o seu próximo e isto é uma garantia que as liberdades individuais não serão regidas pelo egoísmo, mas sim pela compreensão e cooperação entre seus semelhantes.

Então, viva a liberdade, viva a independência! Ainda somos uma nação livre e soberana! Deus seja louvado por isto! Estes ventos de liberdade fluem do seu trono e sempre possuem o Seu aval.

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