O economista Ricardo Eleutério, membro do Conselho Regional de Economia no Ceará (Corecon-CE), ressalta que nem a alta de 52% na taxa básica de juros (Selic) em um ano, passando de 7,25% em abril de 2013 para 11% em abril deste ano, foi capaz de conter o avanço inflacionário no País.
“O aumento da Selic foi bastante considerável, no entanto, não produziu os efeitos esperados. Além disso, contribuiu para o atual cenário de recessão técnica (quando o PIB fica negativo por dois trimestres consecutivos)”, ele diz.
De acordo com o Boletim Focus, do Banco Central, de 29 de agosto, a expectativa do mercado para o IPCA em 2014 é de 6,27% e de 0,52% para o PIB. Já para 2015, a expectativa é para o IPCA é de 6,29% e de 1,10% para o PIB.
Para o economista Alípio Leitão, o Governo está no limite das suas possibilidades para conter o avanço da inflação, e o País está a caminho de uma estagflação (estagnação com inflação). “Além disso, a Selic foi mantida nos 11% ao ano quando nós estamos chegando na quadra de maior consumo da economia”, ele diz.
Em Fortaleza, o IPCA avançou 0,07% em agosto, a terceira menor entre as 13 regiões pesquisadas pelo IBGE. Apenas Belo Horizonte (-0,02) e Campo Grande (-0,07) registraram índices menores. Entre os índices regionais, os maiores foram os de Belém (0,98%) e Vitória (0,91%).
Já no acumulado do ano, a alta dos preços em Fortaleza foi de 3,66% E no acumulado de 12 meses encerrados em agosto o avanço dos preços foi de 6,38% na Capital.
O resultado do IPCA em Fortaleza entre os mais baixos índices regionais, deve-se ao grupo de alimentação e bebidas (-0,34%). “Estamos num período de safra de muitos produtos alimentícios, como feijão e milho”, diz Leitão.
Grupos
Entre os grupos pesquisados pelo IBGE, o de habitação foi o que teve maior peso no IPCA de agosto, com alta de 0,94%, seguido pelo grupo de transportes, cuja alta foi de 0,33%. Por outro lado a maior queda foi no grupo de alimentação e bebidas, com retração de 0,15%, seguido pelo grupo de vestuário (-0,15%).
No grupo habitação, o item mais elevado foi a taxa de água e esgoto, com alta de 1,46%. Enquanto no grupo transporte, a maior alta foi a das passagens s aéreas, que tiveram alta de 10,16% no mês. O IPCA se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, e abrange dez regiões metropolitanas do País, além de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.
No grupo habitação, o item mais elevado foi a taxa de água e esgoto, com alta de 1,46%. Enquanto no grupo transporte, a maior alta foi a das passagens s aéreas, que tiveram alta de 10,16% no mês. O IPCA se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, e abrange dez regiões metropolitanas do País, além de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.
Fonte: O Povo Online

Nenhum comentário:
Postar um comentário