segunda-feira, 13 de julho de 2015

Novo reitor da UFRJ quer uma "educação socialista"


As universidades públicas brasileiras vivem em greve, são dominadas pelos poderosos sindicatos dos professores ligados aos partidos socialistas, trocam aulas por doutrinação ideológica para criar novos militantes ideológicos, e como resultado produzem um monte de analfabetos funcionais e papagaios de slogans marxistas. Ou seja, um completo fracasso. O que faz o novo reitor da UFRJ? Condena a alternativa cada vez mais acessível oferecida pela iniciativa privada!

Em entrevista para o MST, cujo boné o reitor vestiu no dia da posse, Roberto Leher não esconde sua revolta com a “mercantilização” da educação brasileira, segundo ele dominada por fundos de investimento que querem apenas “capital humano”. Isso é terrível para quem quer “educar” no sentido dado por Paulo Freire, ou seja, criar “cidadãos conscientes” do ponto de vista político, leia-se: robôs marxistas.

O reitor não gosta de ver o ensino como um negócio lucrativo, pois isso iria contra o verdadeiro sentido do ensino: que é, naturalmente, mostrar aos alunos como o socialismo é maravilhoso e o capitalismo é cruel, desumano e coisa do Capeta. O ensino privado seria “de classe”, ou seja, para preservar a elite opressora no poder, enquanto a verdadeira educação é aquela “popular”, em que os professores e “intelectuais” da classe média concentram todo o poder para doutrinar seus alunos em paz. Diz Leher:

A principal iniciativa dos setores dominantes na educação básica brasileira é uma coalizão de grupos econômicos chamado Todos pela Educação, organizado pelo setor financeiro, agronegócio, mineral, meios de comunicação, que defendem um projeto de educação de classe, obviamente interpretando os anseios dos setores dominantes para o conjunto da sociedade brasileira.

Em outras palavras, os setores dominantes se organizaram para definiram como as crianças e jovens brasileiros serão formados. E fazem isso como uma política de classe, atuam como classe que tem objetivos claros, um projeto, concepções clara de formação, de modo a converter o conjunto das crianças e dos jovens em capital humano.


Essas universidades privadas com capital aberto em bolsa, que cobram meritocracia dos professores (que horror!), que avaliam todos com base em critérios rigorosos e pagam bônus de acordo com os resultados (que absurdo!), são o problema de nosso ensino, não a própria UFRJ e companhia, essas universidades públicas falidas, quebradas, pichadas, dominadas pelos vândalos disfarçados de alunos, sob a influência de militantes disfarçados de professores, que “ensinam” como o socialismo é o caminho único para a “justiça social”.

O leitor conhece as “escolinhas do MST”, que treinam crianças com a mentalidade de que invadir terras é um ato revolucionário em prol da liberdade? São os “sem-terrinha”. Pois é, veja antes, depois continuo:


Leher é entusiasta disso! O Encontro Nacional dos Educadores e Educadoras da Reforma Agrária (Enera) é bastante elogiado pelo novo reitor da UFRJ, como o caminho para combater esses “abutres financistas” que se meteram no mercado de ensino:

Tenho uma expectativa muito positiva em relação ao segundo Enera. No primeiro Enera tivemos a constituição de outra perspectiva pedagógica para a educação brasileira, que foi a Educação do Campo, uma conceituação do que seria uma educação pública voltada para o campo, mas com um horizonte de formação humana que ultrapassa o campo.

[...]

O segundo Enera, a meu ver, está desafiado pela conjuntura a fazer um balanço do que foi essa mercantilização e de como o capital está tentando se apropriar do conjunto da educação básica.

Ao fazer essa reflexão, certamente o Enera vai ajudar a criar bases para uma perspectiva de educação pública unitária capaz de contrapor a educação frente à lógica de movimentos empresariais como o Todos pela Educação.

[...]

Temos críticas reais a essa lógica de controle que o capital está buscando sobre a educação básica, mas precisamos sistematizar isso com outros fundamentos pedagógicos, e aprofundando a experiência que foi construída a partir do primeiro Enera.

No segundo Enera acredito que novas dimensões para essa pedagogia socialista vão ser esboçados, e não como o resultado de um processo em que os especialistas de educação do MST vão se reunir e pensar o que seria essa agenda.

Ao contrário, como resultado de uma articulação de movimentos que estão fazendo educação pública e estão buscando uma educação criativa, que estão fazendo as lutas de resistências com as greves, mobilizações, com a participação de estudantes.


E esse sujeito é reitor da UFRJ! Isso é Gramsci na veia, Paulo Freire até o último fio de barba. Essa gente nem se preocupa, dependendo do público, em ocultar sua agenda: o socialismo vem antes, o ensino é o instrumento! São esses os “educadores” e as “educadoras” do nosso Brasil. Alguém ainda fica espantado com a péssima qualidade do nosso ensino e com bandidos no poder sob o manto da “justiça social”?

Por Rodrigo Constantino

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