domingo, 5 de julho de 2015

Bancos, Banqueiros e Juros


A origem dos Bancos admite-se terem sido criados na Suméria ou no Egito.

O banqueiro, no princípio era o “camelot” que vivia na rua e cuja mercadoria era o dinheiro. Sentava-se num banco e tinha diante de si uma mesa onde expunha as moedas. O seu negócio consistia na troca da moeda e daí a origem de também ser chamado de cambista. Também emprestava dinheiro mediante um juro, ou usura, por esta razão era considerado um agiota.

O dinheiro representa um valor e é por este meio que se processam as operações comerciais até ao dia de hoje.

Não pretendo aqui discorrer historicamente a origem da moeda e da cédula. Sabemos, entretanto, que se convencionou ser o ouro o padrão da moeda.

Com o dinheiro facilitaram-se as trocas comerciais. Quando os portugueses empreenderam as navegações em busca de novos mundos contactaram povos que desconheciam o valor do dinheiro e por esta razão trocavam bens. Permutava-se sal por uma vaca ou um objeto de cerâmica por ouro. Cada um dos intervenientes atribuía o valor às coisas que desejava ter. Nos dias de hoje sorrimos quando por um saco de sal se recebia em troca um boi. O enriquecimento era desmedido porque o desejo de possuir uma novidade ia além do que se poderia achar de justo. No Japão, por exemplo, desconheciam a espingarda e muito se maravilharam quando viram o que podia fazer uma arma, como era o caso de poder caçar. Passados poucos anos os japoneses já tinham produzido muitas armas . Digo isto para que o Leitor reflita comigo a importância de negociar. Isto designamos por comércio.

Nos dias de hoje a sociedade globalizou-se e quase tudo gira em volta do dinheiro. A abertura das bolsas de Nova Iorque, de Tóquio, de Londres e em Hong Kong, entre outras tornou-se uma solenidade porque é lá que se decidem negócios que fazem enriquecer ou
empobrecer.

O dinheiro também tomou conta dos corações dos homens porque a desmedida ambição é a raiz de todo o mal, segundo as Escrituras.

A Bíblia faz referência ao uso do dinheiro, como segue:

“Se emprestares dinheiro ao meu povo, ao pobre, que está contigo, não te haverás com ele como um usurário; não lhes imporeis usura”Ex 22:25

Em muitas outras passagens das Escrituras o povo foi instruído a não cobrar juros dos irmãos necessitados. Porém dos gentios era permitido fazê-lo, Dt 23:20.

Dir-se-ia que Deus procede como socialista e como capitalista.

No tempo presente como no passado cada um precisa de possuir bens, que chamamos de capital, para poder viver. Quando uma pessoa não tem capital precisa de ir ao Banco e negociar mediante um juro e assim poder adquirir os bens que precisa. Muitos se têm envolvido em muitas aflições por desejarem possuir mais do que podem e caíram nas mãos dos agiotas.

Até nas igrejas muitos se deixaram contaminar pelo amor ao dinheiro. Talvez este seja um dos maiores pecados dos homens de Deus no tempo presente.





Por Amilcar Rodrigues
Foi ordenado pastor em 1978 na "Apostolic Faith Mission" na República da África do Sul, onde fez estudos teológicos. Como missionário em Portugal, fundou três igrejas e foi Presidente Nacional da Comissão de Programas da Aliança Evangélica Portuguesa, para a televisão, RTP2. Foi formado produtor de televisão "Broadcast" pela "Geoffrey Connway Broadcast Academy" Toronto, Canadá, é filiado do "Crossroads Christian Comunication". Em 1998 veio para o Brasil convidado pelo Ministério Fé Para Todos, Rio de Janeiro. No ano 2000 fundou em Cabo Frio uma congregação do mesmo Ministério e foi nomeado Vice-Presidente do Conselho de Pastores até ao ano de 2004. Em 2006 ficou cego. Escreveu o livro "Deus da Aliança" , Evangelho dos Sinais aos Hebreus" e "Contos do Apocalipse".

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