sexta-feira, 27 de junho de 2014
O PT fora do eixo
O PT não é um partido muito tolerante já a partir de seus próprios pressupostos originais e de seu nome: quem se pretende um partido “dos” trabalhadores, não “de” trabalhadores, já ambiciona de saída a condição de monopolista de um setor da sociedade. Mais ainda: reivindica o poder de determinar quem pertence, ou não, a essa categoria em particular. Assim, um operário que não vota no PT, por exemplo, não estará, pois, entre “os” trabalhadores; do mesmo modo, o partido tem conferido a “carteirinha” de operário padrão a pessoas que jamais ganharam o sustento com o fruto do próprio trabalho.
A fórmula petista é conhecida: a máquina partidária suja ou lava reputações a depender de suas necessidades objetivas. Os chamados bandidos de ontem podem ser convertidos à condição de heróis e um herói do passado pode passar a ser tratado como bandido. A única condição para ganhar a bênção é estabelecer com o ente partidário uma relação de subordinação. A partir daí não há limites. Foi assim que o PT promoveu o casamento perverso do patrimonialismo “aggiornado”, traduzido pela elite sindical, com o patrimonialismo tradicional, de velha extração.
Afirmei no final de 2003 o que nem todos compreenderam bem, que o petismo era o “bolchevismo sem utopia”. Aproxima-se do bolchevismo nos métodos, no propósito de tentar se estabelecer, se possível, como partido único; nas instâncias decisórias aproxima-se do chamado “centralismo democrático”, que nada mais é do que a ditadura da direção central do partido. É bolchevista também na certeza de que determinadas ações até podem ser ruins para o Brasil, mas serão implementadas se parecerem boas para o partido. Como se considera que é ele que conduz a História do Brasil, não contrário, tem-se por certo que o que é bom para o partido será, no longo prazo, bom para o País e para o povo. Nesse sentido particular os petistas ainda são bastante leninistas.
Quando afirmei que lhes faltava a dimensão utópica, não estava emprestando um valor necessariamente positivo a essa utopia. Na minha ação política miro a terra que há, não a Terra do Nunca. E nela procuro sempre ampliar aquilo que é percebido como os limites do possível. De todo modo, é inegável que o bolchevismo tinha um devir, uma prefiguração, um sonho de um outro amanhã, ainda que isso tenha desembocado na tragédia e no horror stalinista. Mas isso não muda a crença genuína de muitos que se entregaram àquela luta. Isso o PT não tem. E chega a ser piada afirmar que o partido, de alguma maneira e em alguma dimensão, no que concerne à economia é socialista ou mesmo de esquerda. Muitas correntes de esquerda são autoritárias, mas convém não confundir o autoritarismo petista com socialismo. O socialismo tem sido só a fachada que o PT utiliza para lavar o seu autoritarismo – associado, infelizmente, a uma grande inépcia para governar, de que tenho tratado sempre nesta página.
Quero chamar a atenção é para o recrudescimento da face intolerante do partido. Como também já abordei aqui, vivemos o fim de um ciclo, que faz cruzar, episodicamente, a História do Brasil e a do PT. As circunstâncias que permitiram ao petismo sustentar o modelo que aí está – que nunca foi “de desenvolvimento”, mas de administração oportunista de fatores que não eram de sua escolha – se esgotaram. Na, infelizmente, longa agonia desse fim de ciclo temos a economia semiestagnada, os baixos investimentos e a desindustrialização, os déficits do balanço de pagamentos em alta e a inflação reprimida. E, nota-se, o partido nada tem a oferecer a não ser a pregação terrorista de que qualquer mudança implicará desgraça nacional.
Não tendo mais auroras a oferecer, não sabendo por que governa nem por que pretende governar o País por mais quatro anos, e percebendo que amplos setores da sociedade desconfiam dessa eterna e falsa luta do “nós” contra “eles”, o petismo começa a adentrar terrenos perigosos. Se a prática não chega a ameaçar a democracia – tomara que não! –, é certo que gera turbulências na trajetória do País. No apagar das luzes deste mandato, a presidente Dilma Rousseff decide regulamentar, por decreto – quando poderia fazê-lo por projeto de lei –, os “conselhos populares”. Não por acaso, bane o Congresso do debate, verticalizando essa participação, num claro mecanismo de substituição da democracia representativa pela democracia direta. Na Constituição elas são complementares, não excludentes. Por incrível que pareça – mas sempre afinado com o bolchevismo sem utopia –, o modelo previsto no Decreto 8.243 procura substituir a democracia dos milhões pela democracia dos poucos milhares – quase sempre atrelados ao partido. É como se o PT pretendesse tomar o lugar da sociedade.
Ainda mais detestável: o partido não se inibe de criar uma lista negra de jornalistas – na primeira fornada estão Arnaldo Jabor, Augusto Nunes, Reinaldo Azevedo, Diogo Mainardi, Guilherme Fiuza, Danilo Gentili, Marcelo Madureira, Demétrio Magnoli e Lobão –, satanizando-os e, evidentemente, expondo-os a riscos. É desnecessário dizer que tenho diferenças, às vezes severas, com vários deles. Isso é parte do jogo. É evidente que o regime democrático não comporta listas negras, sejam feitas pelo Estado, por partidos ou por entidades. Mormente porque, por mais que se possa discordar do ponto de vista de cada um, em que momento eles ameaçaram a democracia? Igualmente falsa – porque há evidência dos fatos – é que sejam tucanos ou “de oposição”. Não são. Mas, e se fossem? Num país livre não se faz esse tipo de questionamento.
Acuado pelos fatos, com receio de perder a eleição, sem oferecer uma resposta para os graves desafios postos no presente e inexoravelmente contratados para o futuro, o PT resolveu acionar a tecla da intolerância para tentar resolver tudo no grito. Cumpre aos defensores da democracia contrariar essa prática e essa perspectiva. Não foi assim que construímos um regime de liberdades públicas no Brasil. O PT está perdendo o eixo e tende a voltar à sua própria natureza.
Fonte: O Estadão
PT acuado e intolerante
José Serra escreveu no Estadão de 26/06 um excelente artigo sobre a decadência do petismo e sua guinada autoritária — dentro do autoritarismo que já está na sua origem. Explica a razão do desarvoramento do partido e aponta como evidências do destrambelhamento o decreto bolivariano da presidente Dilma e a lista negra de jornalistas. Leiam trechos:
*O PT não é um partido muito tolerante já a partir de seus próprios pressupostos originais e de seu nome: quem se pretende um partido “dos” trabalhadores, não “de” trabalhadores, já ambiciona de saída a condição de monopolista de um setor da sociedade. Mais ainda: reivindica o poder de determinar quem pertence, ou não, a essa categoria em particular. Assim, um operário que não vota no PT, por exemplo, não estará, pois, entre “os” trabalhadores; do mesmo modo, o partido tem conferido a “carteirinha” de operário padrão a pessoas que jamais ganharam o sustento com o fruto do próprio trabalho.
*O PT não é um partido muito tolerante já a partir de seus próprios pressupostos originais e de seu nome: quem se pretende um partido “dos” trabalhadores, não “de” trabalhadores, já ambiciona de saída a condição de monopolista de um setor da sociedade. Mais ainda: reivindica o poder de determinar quem pertence, ou não, a essa categoria em particular. Assim, um operário que não vota no PT, por exemplo, não estará, pois, entre “os” trabalhadores; do mesmo modo, o partido tem conferido a “carteirinha” de operário padrão a pessoas que jamais ganharam o sustento com o fruto do próprio trabalho.
A fórmula petista é conhecida: a máquina partidária suja ou lava reputações a depender de suas necessidades objetivas. Os chamados bandidos de ontem podem ser convertidos à condição de heróis e um herói do passado pode passar a ser tratado como bandido. A única condição para ganhar a bênção é estabelecer com o ente partidário uma relação de subordinação. A partir daí não há limites. Foi assim que o PT promoveu o casamento perverso do patrimonialismo “aggiornado”, traduzido pela elite sindical, com o patrimonialismo tradicional, de velha extração.(…)Não tendo mais auroras a oferecer, não sabendo por que governa nem por que pretende governar o País por mais quatro anos, e percebendo que amplos setores da sociedade desconfiam dessa eterna e falsa luta do “nós” contra “eles”, o petismo começa a adentrar terrenos perigosos. Se a prática não chega a ameaçar a democracia – tomara que não! –, é certo que gera turbulências na trajetória do País. No apagar das luzes deste mandato, a presidente Dilma Rousseff decide regulamentar, por decreto – quando poderia fazê-lo por projeto de lei –, os “conselhos populares”. Não por acaso, bane o Congresso do debate, verticalizando essa participação, num claro mecanismo de substituição da democracia representativa pela democracia direta. Na Constituição elas são complementares, não excludentes. Por incrível que pareça – mas sempre afinado com o bolchevismo sem utopia –, o modelo previsto no Decreto 8.243 procura substituir a democracia dos milhões pela democracia dos poucos milhares – quase sempre atrelados ao partido. É como se o PT pretendesse tomar o lugar da sociedade.
Ainda mais detestável: o partido não se inibe de criar uma lista negra de jornalistas – na primeira fornada estão Arnaldo Jabor, Augusto Nunes, Reinaldo Azevedo, Diogo Mainardi, Guilherme Fiuza, Danilo Gentili, Marcelo Madureira, Demétrio Magnoli e Lobão –, satanizando-os e, evidentemente, expondo-os a riscos. É desnecessário dizer que tenho diferenças, às vezes severas, com vários deles. Isso é parte do jogo. É evidente que o regime democrático não comporta listas negras, sejam feitas pelo Estado, por partidos ou por entidades. Mormente porque, por mais que se possa discordar do ponto de vista de cada um, em que momento eles ameaçaram a democracia? Igualmente falsa – porque há evidência dos fatos – é que sejam tucanos ou “de oposição”. Não são. Mas, e se fossem? Num país livre não se faz esse tipo de questionamento.
Acuado pelos fatos, com receio de perder a eleição, sem oferecer uma resposta para os graves desafios postos no presente e inexoravelmente contratados para o futuro, o PT resolveu acionar a tecla da intolerância para tentar resolver tudo no grito. Cumpre aos defensores da democracia contrariar essa prática e essa perspectiva. Não foi assim que construímos um regime de liberdades públicas no Brasil. O PT está perdendo o eixo e tende a voltar à sua própria natureza.
Fonte: Veja
quinta-feira, 26 de junho de 2014
Ditadura: Porque o PT quer tanto fazer o Plebiscito da Constituinte em Setembro
Acabei de assistir este vídeo de Alexandre Seltz, onde ele comenta o fato do PT estar organizando o Plebiscito da Constituinte para setembro. Assista:
Link da matéria
http://www.maxpressnet.com.br/Conteudo/1,682725,Plebiscito_popular_e_tema_da_setima_edicao_do_Encontro_de_Saberes_da_UFSCar_,682725,4.htm
Link do plebiscito
http://www.plebiscitoconstituinte.org.br/
Veja o que Alvaro Dias diz sobre o Plebiscito:
Falso plebiscito constitucional do PT. Diversos sites na internet estão convocando as pessoas para um “plebiscito popular”, que seria realizado na semana da pátria (de 1º a 7 de setembro) e com apenas uma questão: “Você é a favor de uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político?”. Este plebiscito não possui qualquer validade jurídica e não tem qualquer efeito legal. De acordo com a legislação, um plebiscito só tem validade se for aprovado pelo Congresso Nacional e organizado pela Justiça Eleitoral, pelo menos um ano antes de um pleito eleitoral. Portanto, mesmo se realizado este “plebiscito popular” dos movimentos sociais, seus efeitos são nulos e não irão criar uma constituinte exclusiva para a reforma política. Entenda, no quadro, como funciona o processo legal do plebiscito. (Eduardo – Assessoria) – Página de Alvaro Dias
Veja a propaganda:
https://www.youtube.com/watch?v=kuO71TfKNZo
É claro que não passa de enrolação, e veremos a seguir o que está por trás de tudo isso.
De inicio eles falam em fazer leis para o “Financiamento Público de Campanha”, ou seja, impedir que empresas patrocinem partidos políticos.
O problema é que quando falamos em “Financiamento Público de Campanha” estamos dizendo que este dinheiro vai sair de nossos impostos. Ou seja, nós vamos pagar as campanhas dos partidos políticos.
O Financiamento é feito de acordo com o tamanho do partido. Isto significa que o partido maior vai receber mais financiamento e os menores vão receber menos financiamento. Assim fica impossível partidos pequenos entrarem na competição.
E adivinhem qual é um dos partidos mais grandes do pais?
Nesta situação o PT teria soberania sobre praticamente todos os outros partidos políticos. E, a partir do momento que aprove outras leis, eles conseguem simplesmente se tornarem o único partido político.
Portanto, esta ideia de “Financiamento Público de Campanha” não é tão linda como tentaram passar no vídeo.
Em um dos links citados acima podemos ler o seguinte texto:
O plebiscito popular Constituinte, que acontecerá entre os dias 1º e 7 de setembro deste ano, é o tema do VII Encontro de Saberes, que ocorre amanhã, dia 24, organizado pelo Núcleo Multidisciplinar e Integrado de Estudos, Formação e Intervenção em Economia Solidária (NuMI- EcoSol) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). O objetivo do evento é aprofundar e fomentar o debate a respeito do plebiscito.
A Assembleia Nacional Constituinte consiste na realização de uma assembleia de representantes eleitos pelo povo para modificar a economia política do país e definir as regras, instituições e o funcionamento das instituições de um Estado, como o governo, o Congresso e o Judiciário. Desde as manifestações de junho de 2013 surgiu uma conjuntura nacional de desenvolvimento de processos pedagógicos e de mobilização sobre a necessidade de uma Reforma Política brasileira a partir do povo brasileiro. O plebiscito se certificará se a população quer a Reforma Política, para então ser encaminhado ao Congresso Nacional para aprovação.
O NuMI-ECOSOL reconhece a necessidade de aprofundamento da temática e de expandi-la para a comunidade, buscando gerar multiplicadores e educadores neste processo de compreensão, aprendizado e atuação com a realidade política do país. Para isto, os convidados a participar do encontro são representantes dos comitês do plebiscito, movimentos sociais, empreendimentos e cooperativas, comunidade universitária, entre outros, como o deputado federal Renato Simões, do Comitê Nacional, e o educador popular Jefferson Ritchelly Stakowisky, do Comitê Estadual de São Paulo.
A palestra acontece a partir das 19 horas no Centro Público de Economia Solidária de São Carlos, na Rua José Bonifácio, 885, Centro. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (16) 3351-8701.
Veja no Facebook
https://www.facebook.com/plebiscitoconstituinte
O PT, como partido político socialista, tem o objetivo de instaurar um governo totalitário para, segundo eles, fazer o bem para o povo.
Porém, nunca na historia do mundo, houve um governo totalitário que fizesse o bem para o povo.
Assim, para conseguirem instaurar um governo totalitário, é necessário eliminar a Divisão Tripartida e dar ao presidente o poder para legislar por decreto. Por isso a insistência do PT em fazer uma nova Constituinte.
E, como não estão conseguindo fazer a constituinte e prevendo a derrota nas urnas, eles resolveram tentar um outro tipo de golpe que foi o Decreto 8.243.
E para que possamos compreender melhor a questão vamos ver alguns fatos divididos em tópicos.
A importância da Divisão Tripartida
Primeiro devemos saber que para o bom funcionamento de nossa Democracia foi criado a Divisão Tripartida dos poderes entre Executivo, Legislativo e Judiciário.
No Executivo nós temos o Presidente e seus Ministros. No Legislativo nós temos os Deputados e Senadores. E no Judiciário nós temos os Juízes e Advogados.
A vantagem deste sistema é o fato do Presidente ficar impedido de fazer as leis por sua própria conta. Então, quando o presidente faz as leis por sua própria conta, se chama “Legislar por Decreto” e isto é uma “Ditadura”.
Assim, em nosso sistema democrático, se o presidente quer fazer uma nova lei, ele precisa enviar para os Deputados e Senadores que irão debater entre eles pra ver se vale a pena aprovar aquela lei. Como os deputados e senadores são eleitos pelo povo, então a chance de atenderem as vontades do povo é bem maior do que se o Presidente fizesse as coisas por sua própria conta.
Outras atribuições tanto do legislativo quanto do judiciário é o poder para julgar os crimes dos políticos, inclusive do presidente se for necessário. Um exemplo é o julgamento que o STF está fazendo em relação aos mensaleiros.
Porém pode acontecer dos Deputados e Senadores estarem a favor do Governo, seja porque sentem simpatia ou porque estão sendo comprados (Como no caso do Mensalão Petista). O mesmo pode acontecer em relação aos ministros do STF. Desta forma as leis propostas pelo Presidente seriam aprovadas com muito mais facilidade e seus crimes não seriam julgados. Assim fica mais fácil aprovar leis para controlar a mídia, para calar opositores ou mesmo para destruir a divisão tripartida e dar ao presidente o poder para “Legislar por Decreto”. É justamente isto que está acontecendo na Venezuela. O Presidente Maduro pode aprovar leis por decreto.
Plebiscito
Para conseguir acabar com esta divisão e conseguir se perpetuar no poder os Petistas propuseram um Plebiscito para uma Constituinte.
Só para resumir a questão: O plebiscito é uma coisa ruim porque é a mesma coisa que nos dar um papel em branco pra gente assinar e depois eles colocarem as leis que eles quiserem.
Já no referendo nós aprovamos o texto já escrito.
Este gráfico explica de forma bem simples esta diferença:
O correto, como já foi falado, é fazer um referendo, onde lemos o que estão propondo e depois decidimos se queremos ou não. Então não devemos confundir plebiscito com referendo.
E isto segue as pautas de um grupo chamado Foro de São Paulo que é uma organização fundada por Lula, Fidel Castro e outros lideres latino americanos com a intenção de apoiarem golpes socialistas em quantos países conseguirem..
segunda-feira, 23 de junho de 2014
O PT bonzinho, suas mazelas de governo e os discursos que não colaram
O PT buscou a realização de um sonho revolucionário, na prática enamorou-se pela ideologia de teóricos do comunismo como Lênin e Gramsci; reverenciou o modelo cubano de Fidel Castro; apoiou o regime venezuelano ditatorial de Hugo Chávez; calou-se frente à nacionalização imposta pelo governo de Evo Morales na Bolívia a empresas estrangeiras que atuavam naquele país. Mas, o PT desde o início (1980) quis fugir da experiência socialista que afundou à ex-URSS – pretendeu desenvolver um socialismo convergente (ricos e pobres, cultos e incultos, empresários e trabalhadores) diferente do socialismo soviético – para o intento, aproximou-se da teologia da libertação como inspiração diferenciadora para uma nova práxis política, focada nos injustiçados e sobrecarregados pobres da América Latina – e paralelamente para ganhar a corrida presidencial adequou também o discurso à classe e aos interesses empresariais. O PT é a soma de tudo isso com mais um pouco. O partido deseja fazer do Brasil um Estado paternalista composto por filhos antes explorados pela “burguesia do capitalismo”. O PT tem discursos e medidas para os fins que deseja e com a máquina governamental nas mãos – instrumentalizou mecanismos sociais – e de fato, apareceu como benfeitor dos pobres, e defensor dos oprimidos; ao expandir e proliferar programas de inclusão que vão da educação à moradia. Por isso, o PT até parece bonzinho!
O PT, infelizmente tornou-se num câncer partidário e num parasita demagógico em uma democracia já fragilizada por outros políticos sanguessugas. O Partido foi transfigurado numa legenda de grandes corruptos praticantes dos maiores delitos políticos desta nação. Foi na cúpula do partido e do governo do PT que lobistas criaram esquemas bem elaborados de pagamento de propinas e vantagens próprias (e não dos trabalhadores); quem se lembra do mensalão? Em um país em que a economia está em colapso, o discurso da presidenta é bonito, mas as estatísticas divulgadas por ela apresentam números e fundamentos questionáveis. O PT precisa fazer marketing governamental positivo e necessita praticar medidas assistenciais cada vez mais populares para se manter no poder – lançando migalhas à população de baixa renda e resgatando com “míseros reais” os que sobrevivem abaixo da linha da miséria, como se isso fosse possível. Com claro intuito de engrossar as estatísticas que comporão o positivo discurso da candidata do partido a reeleição, o governo petista aumentou em 10% o valor do benefício da bolsa família, desta forma o reajuste supera o teto classificatório de extrema pobreza e assim milhões de brasileiros sairão da miséria milagrosamente por um estratégico aumento de R$ 7.01 em ano de eleição presidencial. Por isso, o PT até parece bonzinho!
O PT utiliza-se dos discursos de combatente da desigualdade e promotor da inclusão social para captar votos para seus candidatos. O partido mantém-se popular através da concessão de bolsas, de cotas e subsídios em financiamentos de crédito a uma parcela da população que infelizmente se graduará devendo mais do que tendo possibilidades de empregar-se; se mantém a custa de abrigados – no programa Minha casa minha vida – que serão inquilinos do sistema do próprio governo numa dívida que se arrastará por 30 anos, e assim, terá o cidadão honesto pago no fim das contas o dobro do valor da casa módica que adquiriu. Mas, apesar de muitos auxílios e complementos, não mudou em quase nada a vida dos brasileiros, pois o desemprego cresce, a saúde desfalece, a educação empobrece e a segurança desaparece – note que a população toda é carente da atenção e dos cuidados mais básicos num Estado de governo organizado e escolhido pelo povo. E o PT está no poder já há quase 12 anos e porque estamos nessa falência sócio-econômica generalizada? Cadê o PT que parece bonzinho?
O PT, a bem da verdade, mostrou-se como um incompetente administrador de recursos públicos. Inchou a folha da máquina estatal, fazendo do governo o sonhado empregador para o qual todo mundo gostaria de trabalhar, pois as incertezas e instabilidades econômicas são tão ameaçadoras que só a esperança de um emprego público sustentado pelas tetas colossais do Estado minora a insegurança. O Lula e a Dilma prometeram em seus programas de governo reformas tributárias e fiscais urgentes, mas quase nada fizeram. O governo é o que mais arrecada no Brasil, inclusive bate recorde, mas nossa indústria nacional está desestimulada por tributos e encargos fiscais e sociais altíssimos, onerando seus custos de produção, prejudicando seu mercado interno e perdendo sua competitividade no mercado internacional. Nossa economia está em declínio desde 2009; as avaliações de risco aumentaram; nosso varejo nunca faturou tão pouco; nossa maior estatal (Petrobrás) está quebrada financeiramente; e a Eletrobrás só não faliu porque é do governo – pois se fosse uma empresa privada já teria recorrido ao pedido de concordata. Cadê o governo do PT que parece bonzinho?
O PT discursa a favor do Estado Laico, mas desenvolve um Estado ateu; prega a liberdade de imprensa, mas propõe a regulação da mesma; promete garantir o direito de expressão, mas cria lista negra de jornalistas que lhe criticam; diz prezar pela família, mas desautoriza pais na educação de seus filhos; subtrai a comemoração do dia das mães nas escolas por conta de “preconceito” (se há preconceito é o PT que o espalha e massifica); espalha cartilhas pornográficas com o nome de “educação sexual” aos nossos filhos em início de idade escolar; solapa o sentido da paz com diálogo com líderes das guerrilhas da Colômbia e com representantes de movimentos armamentistas do Oriente Médio; prega o crescimento, mas gasta nosso dinheiro com uma copa que não nos trará nada de efetivo e concreto para a nossa economia e população – é a FIFA quem vai lucrar! O PT ganhará muito se sua candidata não conquistar a reeleição deste ano; pois pelo menos terão outro bode expiatório que não seja do PT para crucificarem no ano que vem – do contrário nem o próprio Lula os poderá salvar em 2018 – pois perderão a confiança até daqueles que foram enganados com a falsa estatística de que saíram da miséria. Cadê o governo do PT que parece bonzinho?
Fonte: Gospel+
domingo, 22 de junho de 2014
Queda consolidada de Dilma
Numa pesquisa que ninguém com bom senso conseguiu entender o resultado, registrada no TSE com o cabalístico número 171, só ficou claro que Dilma Rousseff vem perdendo popularidade e a confiança da população. Atualmente, 50% desaprovariam sua forma de administrar. Só 31% (o costumeiro percentual de adeptos do partido-seita petista) consideram o governo da Presidenta ótimo ou bom. A rejeição a Dilma é cristalina e cristalizada. Dilma já era...
O que não se compreende é como a mesma pesquisa, feita com apenas 2002 pessoas, em apenas 142 dos cinco mil seiscentos e tantos municípios brasileiros, consegue o milagre de apontar que a impopular Dilma tem 39% das intenções de voto para outubro. Aécio Neves só teria 21% e Eduardo Campos, 10%. No segundo turno, Dilma ganharia de Aécio (43% a 30%) e venceria Eduardo (43% a 27%). Na pesquisa espontânea, Dilma fica com 25%; Aécio com 11% e Eduardo Campos, com 4%.
O que não se compreende é como a mesma pesquisa, feita com apenas 2002 pessoas, em apenas 142 dos cinco mil seiscentos e tantos municípios brasileiros, consegue o milagre de apontar que a impopular Dilma tem 39% das intenções de voto para outubro. Aécio Neves só teria 21% e Eduardo Campos, 10%. No segundo turno, Dilma ganharia de Aécio (43% a 30%) e venceria Eduardo (43% a 27%). Na pesquisa espontânea, Dilma fica com 25%; Aécio com 11% e Eduardo Campos, com 4%.
Realmente, o índice de aprovação do governo da Dilma (31%) não combina com o das intenções de voto (39%). Mas isso tem sua lógica, porque as duas perguntas suscitam respostas diferentes.
Quando indagam da qualidade do governo, os entrevistados pensam numa escala linear de valores referentes a um só tópico. Nessa escala, somente 31% aprovam Dilma.
Mas quando indagam das intenções de voto, os entrevistados se deparam com várias opções comparativas. Nesse caso, Dilma leva vantagem porque ainda é mais conhecida do eleitorado.
Os demais candidatos são menos conhecidos, ou até desconhecidos. Na dúvida, alguns entrevistados preferem ficar com o que conhecem, ou seja, com Dilma. Daí o fato de 39% dizerem que votarão nela, apesar apenas 31% aprovarem seu governo.
Dizem os analistas que, nessa fase da campanha, a vantagem de intenção de voto só seria estável se a opinião sobre seu governo também fosse ao redor de 39%.
A disparidade dos dois indicadores sinaliza que, a medida que a campanha prosseguir e os demais candidatos forem melhor conhecidos, a intenção de voto em Dilma tenderá a cair para 31% ou menos, acompanhando o julgamento cada vez mais negativo de seu governo.
Ou seja: para efeitos práticos, Dilma, neste momento, tem apenas 31% das intenções de voto.
Fonte: Alerta Total
Azedou de vez
Já não sentam à mesma mesa Dilma, Gilberto Carvalho e Lula. Desde que o ex-presidente incentivou o “Volta, Lula” numa tentativa de dar um golpe e voltar ao poder que a Dilma não o respeita mais como o grande líder. Confidenciou a políticos mais próximos que o padrinho tentou apeá-la da cadeira de presidente usando de métodos golpistas e traiçoeiros. Acusa-o, inclusive, de incentivar o deputado André Vargas para liderar a campanha do “Volta, Lula” a quem ela deu o troco abrindo o inquérito da Polícia Federal, onde o parlamentar aparecia envolvido com a máfia dos doleiros. Vargas caiu em desgraça e com ele o “Volta, Lula” foi sepultado. Dilma, em uma de suas conversas com político de sua intimidade, chegou a dizer com a fúria que marca a sua personalidade: “Quem ele pensa que é? A presidente sou eu. Dessa cadeira ninguém me tira”. A criatura, acuada, virou-se contra o seu criador, coisa corriqueira em política.
Os bons ventos deixaram de soprar no Palácio do Planalto desde que a presidente desceu ladeira abaixo nas pesquisas de opinião. Dos confortáveis 70% de aceitação na opinião pública para os hoje 34% e uma rejeição cavalar de 53%. Esse sintoma melancólico para uma candidata sem carisma torna-se mais grave quando se sabe que o PT está dividido. Ela também não conta com significativa parcela do PMDB, rachado, na convenção que confirmou a aliança à sua candidatura.
Lula escalou seu fiel escudeiro Gilberto Carvalho para falar com os blogueiros chapas-brancas e ocupar espaços na mídia. Na entrevista na rede social, patrocinada por empresas estatais, o ministro disse que a Dilma foi xingada e vaiada também pelo povão e não só pela “elite branca”, como acusou o ex-presidente, seu padrinho. Mas na verdade o que Carvalho queria dizer na entrevista, e disse com todas as letras, é o seguinte: o governo da Dilma é corrupto. A avaliação de que o governo é corrupto, segundo ele, “pegou”. A tática do Gilberto é jogar no colo da Dilma todos os escândalos e descolar de Lula a responsabilidade pelo desmantelo do país, preservando sua imagem no caso de derrota da presidente nas eleições deste ano.
Há muito tempo que as relações de Gilberto Carvalho com a Dilma azedaram. Mas como a presidente não governa, não tem autonomia administrativa e virou um boneco de marionete nas mãos de Lula, não se sente encorajada a limpar o lixo, a herança maldita, que o ex-presidente deixou em Brasília, bandalheira da qual ela também foi cúmplice. Nos primeiros meses de governo ainda tentou fazer uma faxina ética, mas parou. Foi obrigada a devolver os ministérios aos presidentes dos partidos, banidos do governo por chefiarem uma quadrilha, descoberta pela Polícia Federal, que roubava milhões de reais dos cofres públicos. Amarga, portanto, o dissabor de chefiar uma Nação de comando duplo. Agora que a ficha caiu, tenta reagir mas é tarde. Perdeu o comando do país e vive como barata tonta viajando pelo Brasil atrás de voto. Sozinha, isolada, como impõe o poder àqueles que não sabem exercê-lo. Como não tem o traquejo político e foi puramente produto do marketing está mais perdida do que cego em tiroteio. Ao se recusar a ir a convenção que indicou Alexandre Padilha ao governo de São Paulo, a presidente não conseguiu disfarçar a insatisfação com Lula e a cúpula do partido, coisa de amador, que não sabe dissimular as mágoas como os políticos profissionais. O PT que construiu, é o mesmo que agora desconstrói a farsa. Mas não se engane, se a Dilma se recuperar nos programas eleitorais todos vão estar juntos novamente. É o instinto do escorpião, meu caro sapo.
Fonte: Diário do Poder
terça-feira, 17 de junho de 2014
Chega de confisco
Entidades pedem fim da cobrança da contribuição previdenciária para servidores públicos aposentados
O fim da cobrança da contribuição previdenciária por parte dos servidores públicos aposentados e pensionistas, pretendido pela Proposta de Emenda Constitucional 555/2006, foi discutido em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa nesta terça-feira, 13/5. A PEC é de autoria do então deputado Carlos Mota (PSB/MG) e está pronta para ser incluída na Ordem do Dia da Câmara Federal.
"Temos que banir essa excrescência jurídica colocada na Constituição Federal pela segunda reforma da Previdência", propôs o deputado Carlos Giannazi (PSOL), ao defender o fim da cobrança instituída pelo artigo 4º da Emenda Constitucional 41/2003. Giannazi, juntamente com a Frente São Paulo pela PEC 555/06, coordenada por Rubens Nakano, foi um dos organizadores da audiência.
O deputado alertou ainda para a possibilidade de um ajuste fiscal em 2015, "seja quem for o vencedor das eleições de outubro". Para ele, isso implicará a retirada de direitos, e os primeiros atingidos devem ser os servidores públicos, avaliou o parlamentar. "E quero lembrar também que o Brasil é o único país do mundo em que os aposentados continuam tendo que contribuir com o sistema previdenciário", destacou.
Nakano observou que o fim da cobrança de inativos e pensionistas passou a ser considerada pelo governo uma "pauta-bomba". "Nós, que estamos lutando por uma causa justa, somos considerados elementos que podem desestabilizar as finanças do governo. Isso é intimidação", disse Nakano, que é também secretário geral da Delegacia Sindical/São Paulo do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco).
Para se contrapor ao argumento de que a aprovação da PEC 555 vai "quebrar as contas públicas", o coordenador da frente observou que o próprio governo se beneficiará com o fim da cobrança, já que a arrecadação do Imposto de Renda aumentaria, com a incidência da alíquota de 27,5% na fonte sobre um valor maior, e o crescimento da receita também se daria com os impostos recolhidos sobre o consumo de bens e serviços.
"A PEC só será aprovada com muita pressão. E a ladainha de que a seguridade social está quebrada é uma mentira. Só em 2013, ela teve superávit de R$ 78 bilhões", afirmou o deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP), citando dados de estudo realizado pela Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip).
A representante da Anfip no evento, Margarida Lopes de Araújo, confirmou esses números e colocou outros em discussão, para reforçar o argumento de que a seguridade social urbana (que inclui recursos para saúde, assistência social e previdência) seria superavitária.
Ela deu como exemplo a comparação entre contribuição de inativos e renúncia fiscal do governo federal. Segundo Margarida, no período 2005-2013, dados oficiais apontam que o governo deixou de arrecadar mais de R$ 160 bilhões com medidas de renúncia fiscal. Nesse mesmo período, a contribuição dos inativos e pensionistas foi da ordem de R$ 16,2 bilhões, "menos de 10% do que foi dado em renúncias".
Margarida afirmou ainda que valores não arrecadados com a desoneração da folha de pagamentos das empresas, promovida pelo governo federal, teriam que ser repassados ao Tesouro pelo poder público, por imposição da Lei de Responsabilidade Fiscal. No entanto, de acordo com representante da Anfip, nesse item o governo deixou de arrecadar R$ 7 bilhões em 2012 e R$ 19 bilhões em 2013, mas só repassou, respectivamente, R$ 1 bilhão e R$ 9 bilhões.
"Se o governo pode abrir a bolsa para as empresas, por que exige que o servidor público aposentado faça essa contribuição [com a previdência]?", questionou Margarida.
O evento contou com a presença de representantes de diversas entidades do funcionalismo público, entre as quais a Federação das Entidades de Servidores Públicos do Estado de São Paulo (Fespesp), a Confederação Nacional dos Servidores Públicos (CNSP), o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), a Associação dos Servidores Aposentados e Pensionistas da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Aspal) e a Confederação dos Servidores do Poder Legislativo e Tribunais de Contas do Brasil (Confelegis).
Antonio Tuccilio, da CNSP, ressaltou que, ligada à questão, existe uma proposta de emenda constitucional que proíbe retirar recursos da seguridade social para destiná-los a outro setor. Trata-se, segundo Tuccilio, da PEC 24, que estaria em tramitação no Congresso há oito anos e ainda não foi votada.
As entidades que compuseram a mesa de trabalhos e os representantes de outras categorias que ocuparam o auditório Teotonio Vilela também ganharam o apoio do deputado Major Olímpio (PDT). "Este ano, de eleições, é o melhor para pressionarmos em favor de uma proposta que não trata de corporativismo, mas de justiça", disse o parlamentar.
Abaixo-assinado PARTICE DO ABAIXO ASSINADO REFERENTE A PEC 555/2006
http://www.peticaopublica.com.br/pview.aspx?pi=P2013N39242
segunda-feira, 16 de junho de 2014
O lobo está com sede de sangue
Vamos lá. Luiz Inácio Lula da Silva voltou à sua ladainha de sempre. Haveria no país uma grande conspiração contra o PT, que uniria a “elite conservadora”, a oposição e, como sempre, a imprensa. E falou no que parece ser uma clara ameaça: “Estamos fazendo uma campanha perigosa. Se, em 2002, fizemos uma campanha da esperança contra o medo, agora é a da esperança contra o ódio”. Ora, quem faz uma consideração como essa está se preparando para o vale-tudo. É como se dissesse: “Já que o meu adversário me odeia, tudo o que fizer está justificado; afinal, eu encarno a esperança”.
Vocês conhecem a fábula do lobo e do cordeiro, não? O malvadão acusa o carneirinho de estar turvando a água que ele bebe. “Mas como, pergunta o outro, eu poderia fazê-lo se bebo morro abaixo?”. O lobo então diz que ficou sabendo que o outro falara mal dele no ano anterior. “Mas eu nem havia nascido”, objetou o interlocutor. “Então foi seu irmão.” Ocorre que o acusado não tinha irmãos. “Então foi alguém que você conhece, algum outro cordeiro, um pastor ou um dos cães que cuidam do rebanho, e é preciso que eu me vingue.” E pulou em cima do cordeiro, meteu-lhe os dentes e o matou.
Assim é Lula. Como está doido para pular na jugular dos adversários, mas quer fazê-lo na condição de vítima, não de algoz, então inventa a conspiração. Lula discursou no evento que formalizou a candidatura de Alexandre Padilha ao governo de São Paulo. E o que se viu foi o petista nos moldes pré-2002.
Ora, quem é esse senhor para falar em ódio? Não é aquele que inventou a tal “herança maldita”, que nunca existiu? Não é aquele que transforma seus adversários na fonte de todo mal, incapaz que é de lhes reconhecer uma única virtude? Procurem os discursos de FHC, por exemplo, e se encontrarão vários elogios a Lula — alguns, a meu juízo, absolutamente imerecidos. Mas o Lulinha, que supostamente não odeia ninguém, ah, esse é incapaz de admitir que seus adversários possam ter feito, alguma vez, algo de bom. Ele muda de ideia, sim, desde que o antigo desafeto se ajoelhe a seus pés, como faz José Sarney.
No melhor do seu estilo rancoroso, sugeriu que FHC não aprendeu a ter sentimentos na “faculdade”. Entenderam? Para Lula, estudo e o preparo intelectual tornam as pessoas insensíveis. Mas ele tem a certeza de que os outros odeiam, e ele ama.
Incrível, não, leitores? Como não me lembrar do tal “Ultrajano” neste momento? Do que foi que ele me acusou mesmo? Lembrei! De disseminar o ódio. E ele fez o quê? Demonizou a mim e a meus leitores num canal de televisão. E tudo por quê? Ora, porque ele é um homem amoroso, certo? Reparem: ainda que em escalas distintas, o procedimento é o mesmo: acusam os outros de fazer aquilo que eles próprios fazem; desumanizam as suas vítimas para que possam, então, avançar em seu pescoço. É uma gente moralmente asquerosa.
Lula foi adiante nas tolices. Repetiu um mantra da época do mensalão, afirmando que estavam tentando fazer com ele o que fizeram com Getúlio Vargas. Esperem. O que foi que fizeram com Getúlio? Que eu saiba, gente da laia getulista tentou matar Carlos Lacerda, não é? Descoberta a trama, o então presidente se matou. Que se saiba, não foi Lacerda quem puxou o gatilho.
Lula é doido para se apropriar da obra alheia — como tenta fazer com o Plano Real, que ele buscou destruir — e para se livrar dos seus pecados. Referiu-se à vaia que Dilma levou no Itaquerão. Segundo disse, quem xingou a presidente não tem “calo na mão” “porque aquelas pessoas tinham cara de tudo, menos cara de trabalhadores”. Ele está tentando se livrar do peso da Copa do Mundo. Quem conduziu todo o processo foi o PT. Ainda que fosse verdade que não havia trabalhadores no estádio, os responsáveis são Lula, Dilma e seu partido, não é mesmo? Que eu me lembre, quando os tucanos se negaram a pôr dinheiro público em estádio, foram duramente criticados pelos… petistas!
Quanto a calo na mão, dizer o quê? Lula não sabe o que é isso desde os 27 anos, quando virou diretor de sindicato. Está com 68. Não vê um calo de perto há 42 anos. No máximo, pode ter calo na língua, de tanto falar bobagem.
Pesquisa Sensus aponta nova queda de Dilma
Pesquisa realizada pelo instituto Sensus e divulgada pela revista Isto É neste sábado mostra nova variação para baixo nas intenções de voto da presidente Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à reeleição.
Nas respostas estimuladas com todos os 11 candidatos, a petista registrou 32,2% das intenções de voto, ante 34% em abril, uma queda de 1,8 ponto percentual. Já o principal adversário, o pré-candidato do PSDB, Aécio Neves - que deve ser oficializado neste sábado na convenção partido - tem 21,5%, tendo subido 1,6 ponto percentual em relação ao levantamento anterior. A margem de erro da pesquisa é de 1,4 ponto percentual.
Eduardo Campos, pré-candidato do PSB, aparece com 7,5% das intenções de voto, tendo oscilado para baixo menos de um ponto percentual, ou seja, dentro da margem de erro da pesquisa.
O grupo dos que não responderam, disseram que não votarão em nenhum dos nomes, vão votar em branco ou vão anular caiu para 28,8% ante 33,9% da pesquisa anterior.
Segundo turno
Em eventual segundo turno, Dilma venceria Aécio por 37,8% a 32,7%, uma margem mais apertada do que os 38,6% a 31,9% de abril, mas dentro da margem de erro do levantamento.
Se fosse contra Campos, a vitória da petista seria de 37,5% contra 26,9%.
O Sensus ouviu 5 mil pessoas em 191 municípios, entre 26 de maio e 4 de junho.
Fonte: Valor
domingo, 15 de junho de 2014
O chororô de Dilma
A presidente Dilma Rousseff participou, nesta sexta, da inauguração da primeira etapa do Expresso DF, obra construída com recursos federais. Referiu-se às vaias e aos xingamentos de que foi alvo na quinta, no Itaquerão, no jogo inaugural da Copa do Mundo: “Não são xingamentos que vão me intimidar, atemorizar. Não me abaterei”. Só para lembrar: no roteiro traçado pré-junho do ano passado, a presidente faria um discurso abrindo a competição. Na imaginação petista, seria o momento da consagração. A Copa deveria ser uma espécie de resultado antecipado da eleição de outubro, com a oposição aniquilada. Bem, hoje, a presidente está sitiada em seu Palácio e só consegue falar a plateias rigidamente controladas, como a que a ouviu nesta sexta. Vamos pôr os pingos nos is.
Ninguém está tentando intimidar a presidente da República. Isso é pura retórica oca. Por que alguém o faria? Se intimidação há, ela parte justamente do poder; se há um esforço de calar o outro, ele deriva do Palácio do Planalto. Dilma teve o topete de recorrer à Rede Nacional de Rádio e Televisão, dois dias antes do jogo de abertura da Copa, e não apenas para saudar a realização do evento no Brasil. Fosse só isso, vá lá… Ocupou, de modo autoritário e despropositado, um bem público para responder a críticos e adversários políticos — assim, mesmo, no plural —, que, no entanto, não gozam da mesma licença. Ora, encarasse, então, os microfones no estádio. Mas isso não teve coragem de fazer!
Nesta sexta, a presidente, mais uma vez, voltou a fazer uma alusão ao período em que ficou presa, quando teria sido torturada: “O povo brasileiro não pensa assim e, sobretudo, o povo brasileiro não se sente da forma como esses xingamentos expressam. O povo brasileiro é civilizado e extremamente generoso e educado. Podem contar que isso não me enfraquece. Podem contar. (…) Não suportei apenas agressões verbais. Foram agressões físicas quase insuportáveis, e nada me tirou do meu rumo. Nada tirou de mim os compromissos que assumi ou os caminhos que tracei para mim”. É uma péssima e lastimável maneira de responder às vaias e aos xingamentos por várias razões, distintas e combinadas. Vamos a elas.
Em primeiríssimo lugar, se Dilma foi torturada, quem a torturou foram os marginais da ditadura. Aquele som que se ouviu no Itaquerão, ainda que desagradável — e, pessoalmente, não acho que xingamentos sejam uma boa maneira de expressar descontentamento —, vieram a público na vigência da democracia. Assim, cumpre que a agora presidente tenha compostura e não misture alhos com bugalhos. Considerar que a vaia pode ser uma etapa da tortura é evidência de confusão mental. De resto, a tortura não torna certo quem está errado nem errado quem está certo.
Em segundo lugar, não existe esse “o povo brasileiro”, como quer a presidente. Existem povos brasileiros. Deem-me uma boa razão para tentar cassar o crachá de “povo” de quem protesta e xinga. Então seria “povo de verdade” apenas quem aplaude e cai de joelhos diante do poder? Ora, presidente…
Em terceiro lugar, a fala de Dilma sugere que a manifestação no Itaquerão decorreu de um espécie de conspiração, de combinação prévia… É mesmo? Quem teria tramado, então, aquele protesto que uniu milhares de pessoas? As oposições?
Em quarto lugar, ao afirmar que não se intimida, fica parecendo que a presidente enfrenta interesses poderosos, que estariam do outro lado, tentando constrange-la a fazer o que não quer. Quais são? Reparem que, quando acuados, os governantes brasileiros sempre voltam ao fantasma brandido por Jânio Quadros: as tais forças ocultas… Não há nada de oculto na reação negativa ao governo Dilma. Há milhões de pessoas insatisfeitas com o desempenho do governo. É coisa corriqueira aqui e em qualquer país do mundo. Vaia-se na França, na Alemanha, nos EUA ou no Brasil. Nas ditaduras, aplaudir é obrigatório. Nas democracias, as pessoas podem escolher entre a vaia, o aplauso e a indiferença.
Dilma só é vítima da ruindade de seu governo. E olhem que os insatisfeitos do Itaquerão não deviam saber da missa nem a metade. É bem provável que muitos por lá ignorassem que a presidente baixou um decreto, o 8.243, que torna o petismo e suas franjas sócios eternos do poder, mesmo que percam as eleições. Os protestos poderiam ter sido bem mais veementes, não é mesmo?
Por: Reinaldo Azevedo
sexta-feira, 13 de junho de 2014
O momento infernal de Dilma
Pesquisa feita por instituto americano e confirmada por levantamento encomendado pelo PT provoca mau humor nos principais auxiliares da presidenta e obriga o partido a mudar os rumos da campanha
Coube ao marqueteiro João Santana, que há poucas semanas insistia em profetizar uma acachapante vitória da presidenta Dilma Rousseff sobre “os anões da oposição” ainda no primeiro turno da disputa presidencial, jogar um balde de água fria no comando da pré-campanha petista. Na segunda-feira 2, durante jantar no Palácio da Alvorada, Santana foi rápido e objetivo. Tendo em mãos os dados de uma pesquisa contratada pelo PT, ele afirmou: “Está diminuindo de forma considerável e rápida a confiança do eleitor na capacidade do governo para realizar mudanças.” A constatação azedou o humor do ex-presidente Lula, do presidente do PT, Rui Falcão, do ex-ministro Franklin Martins e dos ministros Paulo Bernardo (Comunicações) e Aloizio Mercadante (Casa Civil), que dividiam a mesa com Dilma. O que todos ali já sabiam é que a pesquisa reportada por Santana confirmava outra enquete realizada entre os dias 10 e 30 de abril pelo Pew Research Center, um instituto americano que rastreia os ânimos dos cidadãos em 82 países. O resultado desse estudo é arrasador para a campanha de Dilma. Ele mostra, entre outras coisas, que apenas 26% dos brasileiros estão satisfeitos com o País, 86% desaprovam a maneira como a presidenta lida com a corrupção, 85% criticam a maneira de Dilma enfrentar questões como segurança e saúde. E, o que é mais surpreendente, o número de insatisfeitos saltou de 49% para 72% de 2010 para cá. “Essa frustração só tem paralelo com a de países que enfrentam convulsões sociais, rupturas institucionais e crises como a do Egito”, disse Juliana Horowitz, responsável pela pesquisa americana.
NOVA POSTURA
Lula pediu a Dilma para mudar de atitude em relação aos aliados
Lula pediu a Dilma para mudar de atitude em relação aos aliados
Diante de dados tão negativos, Lula e Santana trataram de sugerir mudanças imediatas no comportamento da presidenta e nos rumos da pré-campanha. O primeiro objetivo é o de evitar que o desgaste da administração acabe favorecendo uma debandada entre os partidos aliados – que poderão fornecer preciosos minutos ao tempo de propaganda para a presidenta durante a campanha – em busca de alternativas de poder na oposição. Para tanto, Lula aconselhou Dilma a comparecer às convenções de cada um desses partidos. Também ficou definido que a presidenta precisa tentar reconstruir a imagem de gerente competente, fortemente abalada durante os três anos de um governo que não entregou sequer uma grande obra, não conseguiu evitar o aparelhamento do Estado que vem dilapidando empresas públicas e que não consegue romper a equação que junta crescimento pífio, juros elevados e inflação em alta. Para isso, mesmo durante os jogos da Copa, Dilma deverá percorrer o Brasil inaugurando tudo o que for possível. Também foi recomendado que a presidenta passasse a dar entrevistas diárias para as redes de tevê, promovendo a defesa do governo.
Na quinta-feira 5, uma pesquisa do DataFolha confirmou a tendência de queda da presidenta. Segundo o instituto, Dilma conta com 34% das intenções de voto, uma queda de dez pontos em relação à pesquisa realizada em fevereiro. Os principais candidatos da oposição, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), também, segundo a pesquisa, perderam votos. O primeiro caiu um ponto, dentro da margem de erro, e Campos perdeu quatro pontos. O que aumentou foi o número de eleitores indecisos. Um cenário muito pior para quem está no governo do que para a oposição.
SANTANA
O marqueteiro que preconizava uma eleição fácil já fala em segundo turno
O marqueteiro que preconizava uma eleição fácil já fala em segundo turno
Durante o jantar no Palácio da Alvorada, sobrou conselhos para o presidente do PT, deputado Rui Falcão. A ele, Lula e Santana sugeriram que seja abandonado definitivamente o discurso de vitória no primeiro turno, como forma de melhor acolher os aliados. Também foi pedido que o PT seja rápido e incisivo no tratamento de seus quadros que estiverem envolvidos em casos de corrupção ou falta de decoro. Foi por isso que o deputado estadual paulista Luiz Moura acabou abandonado pelo partido, dias depois de ser acusado de se reunir com membros do crime organizado. A ideia é embasar um discurso de que o mensalão foi um divisor de águas dentro da legenda.
Fonte: IstoÉ Independente
segunda-feira, 9 de junho de 2014
Lula tem plano B, no caso de derrota de Dilma
O brasileiro precisa está atento para o que vai acontecer a partir de janeiro de 2015 caso o PT seja derrotado nas eleições deste ano. Com o estado aparelhado, os petistas em represália vão tentar desestabilizar o país porque ainda são o partido mais organizado. Comanda as centrais de trabalhadores e milhares de sindicatos, portanto, têm como liderar greves e incentivar à massa a ir às ruas contra o novo governo. Os petistas não vão dar trégua porque, ressentidos com a derrota, tentarão de todas as formas inviabilizar o sucessor. Além disso, resistirão a abandonar os cargos para não perder os salários milionários sem antes boicotar o serviço público e paralisar as atividades afins do estado.
É assim que opera o PT. E foi assim que a cúpula do partido agiu nos primeiros anos do governo Collor, quando estimulou a paralisação da máquina estatal, criou CPIs, quebrou o sigilo fiscal de autoridades do governo, fabricou escândalos e levou às ruas milhares de jovens (os caras pintadas) para derrubar o primeiro presidente eleito pelo voto direto depois da ditadura. O PT não se contentou com a derrota do Lula e organizou suas bases (sindicatos e centrais) para confrontar o novo governo. Criou núcleos de espionagem dentro dos órgãos federais infestados de seus militantes e simpatizantes e em pouco tempo derrubou o Collor, que já estava na corda bamba pelo governo medíocre que fazia com denúncias de corrupção pipocando por todos os lados.
Na oposição a partir de janeiro, caso a Dilma não se reeleja, os petistas vão infernizar a vida de quem assumir o governo. Quatorze anos administrando a máquina pública, eles aparelharam o estado e agora conhecem como funciona a estrutura por dentro. Para desalojá-los do poder, o presidente eleito certamente gastará boa parte do mandato na assepsia das estatais onde os petistas estão infiltrados independente da qualificação profissional.
Lula está acompanhando com lupa a campanha da Dilma. Anunciou inclusive que estará na linha de frente dos trabalhos da reeleição da sua presidente. Acontece, porém, que ele hoje já tem dúvidas quanto ao êxito do sucesso dela e analisa prognósticos desfavoráveis a sua candidata. Por isso começou a trabalhar com outro cenário político: aumentar as bancadas petistas na Câmara e no Senado Federal.
A estratégia consiste em dominar o Congresso Nacional no caso do PT não conseguir reeleger a Dilma. Perde-se, portanto, o governo, mas em compensação ganha-se o parlamento submetendo o novo presidente às ordens petistas, leia-se lulista. Nos estados onde o PT não desponta como favorito ao governo, Lula tem estimulado uma aliança independente de ideologia para aumentar o número de parlamentares, o que permitiria o partido ter maioria no Senado e na Câmara e indicar os presidentes.
É assim que o ex-presidente quer permanecer soberano na política. Lula sabe que a Dilma estaria definitivamente fora da política se perder a reeleição porque não teria condição de se eleger nem a síndico de prédio. A dificuldade dela de se manter na política deve-se a sua falta de base eleitoral em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul os dois estados que abraçou para viver. Lula sabe também por experiência própria que num regime presidencialista como o nosso, manter a presidência das duas Casas é dominar o destino político do país como fazem alguns partidos, a exemplo do PMDB de Sarney, de Renan e Michel que mantêm o Executivo sob seu jugo.
Não à toa, Lula não demonstra nenhum apetite para ocupar o lugar da Dilma. Conhece como ninguém a incompetência da sua presidente para administrar o país e do fracasso que ronda o setor econômico em 2014. Assim, previne-se ao entregar os anéis para preservar os dedos: quer a Câmara e o Senado para transformar o Executivo refém do seu partido, no caso de uma reeleição frustrada da Dilma.
Fonte: Diário do Poder
domingo, 8 de junho de 2014
Governo oficializa aborto e paga R$ 443 pelo SUS
A Portaria 415 do Ministério da Saúde, publicada em 22/05/2014, oficializou o aborto nos hospitais do Brasil, e o Sistema Único de Saúde pagará R$ 443 pelo procedimento.
O Diário Oficial da União (A íntegra http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=60&data=22/05/2014 ) trouxe publicado o eufemismo ‘interrupção terapêutica do parto’.
A lei sancionada pela presidente Dilma Rousseff visa autorizar o aborto para casos de estupro e anencéfalos, mas deixa brechas para a prática geral: a mulher não é obrigada a apresentar Boletim de Ocorrência policial ao médico que a atender, e uma única vírgula no texto da portaria abre interpretações jurídicas que podem causar a liberação do aborto sob qualquer motivação.
Sem B.O., a mulher interessada em abortar pode alegar que foi estuprada, mesmo que tenha semanas de gestação e tenha decidido não ter o bebê. A lei não é clara sobre se o procedimento deve ser imediato logo após o estupro.
E o texto da Portaria pode abrir brecha para o aborto em casos gerais: “consiste em procedimento direcionado a mulheres em que a interrupção da gestação é prevista em lei, por ser decorrente de estupro, por acarretar risco de vida para a mulher ou por ser gestação de anencéfalo''.
Em suma, há três motivações. A vírgula abre interpretações como: o ‘risco de vida para a mulher’ não está necessariamente ligado à causa estupro. A gestante pode alegar qualquer risco à sua saúde, mesmo que não tenha sido estuprada.
sábado, 7 de junho de 2014
Pela revogação do decreto que altera o sistema político
Se você acredita e defende a democracia precisa estar ciente dos últimos fatos.
No dia 26/05/2014, foi publicado no Diário Oficial da União o Decreto Federal nº 8.243, de 23 de maio de 2014, que entre outras coisas institui a Política Nacional de Participação Social - PNPS e oSistema Nacional de Participação Social - SNPS. Mas o que é isso?
Na prática, trata-se da implantação de “conselhos populares”, que seriam formados por integrantes da sociedade civil, com destaque para os mencionados "movimentos sociais institucionalizados ou não institucionalizados" (note-se que dentro dessa categoria genérica cabe basicamente qualquer coisa) vinculando-os à gestão e políticas públicas.
Alguns pontos são especialmente preocupantes:
- O decreto fere o fundamento da igualdade perante a lei e o da representação democrática, já que alguns cidadãos terão mais poder e voz que outros;
- Todos os órgãos da gestão pública estariam submetidos à influência dos "movimentos sociais" e similares. E esses grupos são ideologicamente alinhados ao PT; portanto, ganhando ou perdendo eleições, eles se eternizariam no poder de forma indireta, através da influência desses conselhos populares. Lembremos o que já acontece hoje com o MST.
- A Constituição brasileira é regida pela democracia representativa: eleições livres, nas quais o povo escolhe seus legisladores. O que esse decreto da presidente Dilma faz é criar um novo sistema de representação e empoderar seletivamente pessoas e movimentos sem que a população os tenha elegido.
- E quais seriam os critérios de escolha dos membros dos conselhos? Aqui temos muito espaço para subjetividades e escolhas que convenham a grupos e não à população brasileira.
- O Decreto, de acordo com Alvaro Dias, é “mecanismo de representação popular impróprio, por meio de eleição de representantes da sociedade civil para o exercício de mandato em conselhos de políticas públicas, ou, ainda, mediante indicação direta. Trata-se de uma forma polida com que a presidente da República decreta a falência do Poder Legislativo federal e o sucateamento total e absoluto do Congresso Nacional. Uma iniciativa dessa natureza, que decreta o alijamento do Congresso Nacional na discussão das políticas públicas, jamais poderia ter sido instituída sem o devido processo legislativo constitucional”.
- Como bem disse o jornalista Reinaldo Azevedo: " Inconformado com a democracia, o PT quer agora extingui-la por decreto".
Vários juristas e cientistas políticos se pronunciaram taxativamente contra esse decreto e as reações midiáticas foram intensas desde a sua publicação. Muitos demonstram horror e espanto com o texto e os possíveis efeitos do decreto.
Nesta semana, nove partidos que, somados, representam quase a metade da Câmara dos Deputados formaram uma frente buscando barrar o decreto bolivariano assinado pela presidente Dilma. DEM, PPS, PSDB, Solidariedade, PR, PV, PSD, PSB e Pros – estão empenhados em suspender os efeitos do decreto presidencial através de um Decreto Legislativo. Para sua aprovação são necessários 257 votos. O total de deputados é de 513 e os membros das nove legendas participantes somam apenas 229.
Também o senador Alvaro Dias encaminhou rapidamente, ainda no dia 2 de junho, um Projeto de Decreto Legislativo ao Senado buscando sustar os efeitos do Decreto 8.243. Segundo o site oficial do senador: "O projeto está na Comissão de Constituição e Justiça, e será relatado pelo senador Pedro Taques (PDT-MT). O senador Taques já afirmou que pretende entregar seu parecer ao projeto na próxima semana".
Portanto, ainda há tempo para agir e mostrar aos políticos que a população brasileira não aceita esse tipo de desmando. Se você não está de acordo com esse autoritarismo da presidente Dilma, assine a petição para enviar um e-mail aos senadores da CCJ pedindo a aprovação do projeto de decreto legislativo que anula os efeitos do decreto de Dilma.
ASSINE ESTA PETIÇÃO, CLICANDO NO LINK ABAIXO
http://www.citizengo.org/pt-pt/8238-somos-contra-o-golpe-petista-ao-congresso-brasileiro?sid=MTkyMzgxNDc5NzMwODEw
quinta-feira, 5 de junho de 2014
Dilma tenta recuperar credibilidade do governo junto ao empresariado, mas...
Dados do FMI mostram que, entre 2011 e 2014, o Brasil amarga um péssimo 14º lugar em matéria de crescimento entre as 20 maiores economias do mundo. Bem diferente do que a presidente Dilma apregoa a empresários (Foto: ABr :: Ilustração: Global Times)
A presidente Dilma Rousseff anda muito preocupada com sua imagem diante das forças produtivas, do pessoal que faz o país andar — os empresários e os comandantes de grandes companhias — e, por isso, tem intensificado suas conversas no setor.
Nesses contatos, ela expõe teses e esgrime números.
Foi nesse contexto que ela afirmou, recentemente, que “nós [o Brasil] não somos um ‘paisinho’, somos um paisão” — o que não significa, a rigor, nada, pois ser grande, terminar em “ão” não chega a ser virtude se não estiver associado a determinadas virtudes. Os grandões bobos que, no basquetebol, só são escalados pelos técnicos para atrapalhar o adversário dificilmente configura excelência esportiva, por exemplo.
Infelizmente, para a presidente, os encontros com empresários têm se realizado à sombra de números ruins, como, por exemplo, o recém-divulgado crescimento miserável de apenas 0,2% medido pelo IBGE no primeiro trimestre do ano, o que levou o próprio governo — que sempre apregoa o que não vai conseguir alcançar — a estimar que o Produto Interno Bruto (PIB) vai crescer abaixo de 2% este ano.
O problema, porém, não são os números reais, mas os números fictícios que — digamos que por distração — a presidente apresenta.
É espantoso que quem ocupa o principal gabinete no Planalto cometa o erro em que a presidente incorreu em um desses encontros.
Respondendo a um questionamento do empresário João Dória Jr. — o mesmo que organizou o Fórum de Comandatuba, na Bahia, em que os empresários aplaudiram de pé o candidato tucano Aécio Neves — sobre a crise de credibilidade que o país enfrentaria no exterior, Dilma afastou-se de comparações do Brasil com outros países da América do Sul (estamos em último lugar entre 12 países em matéria de crescimento) e rebateu que comparações, se feitas, devem ser com os países do G 20, as 20 maiores economias do planeta.
E assegurou:
– Nós fomos o quarto maior crescimento do G-20, onde estão todas as maiores economias do mundo.
Ignora-se totalmente a que período e a que números a presidente se refere, pois dados oficiais do Fundo Monetário Internacional revelam que, entre 2011 e 2014, a variação média de crescimento do PIB entre os 19 países membros do G-20 e mais a União Europeia coloca o Brasil não em quarto, mas em DÉCIMO-QUARTO lugar!
Com magérrimos 2% no período, todo ele transcorrido no governo Dilma, a verdade dura é que estamos atrás da campeoníssima China (8%), e de Indonésia (6%), Arábia Saudita (5,6%), Índia (5,3%), Turquia (4,3%), Argentina (3,8%), Coreia do Sul (3,1%), México (3,0%), Austrália (2,8%), África do Sul (2.6%), Rússia (2,6%), Estados Unidos (2,3%) e Canadá (2,1%).
O país governado pela gerentona está à frente apenas dos países europeus em crise grave e do Japão, virtualmente estagnado há duas décadas, a saber: Alemanha, Reino Unido, Japão, França, União Europeia (como um todo) e Itália.
Quando se fala em crise de credibilidade em relação ao país, e a presidente deste país de certa forma “chuta” números… A presidente parece se esquecer de que empresários e executivos são pessoas muito bem informadas sobre essas questões.
Fonte: Veja
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