A atrofia mental dos economistas que dirigem o país, com boa dose de incompetência, impede que eles pensem em alternativas para salvar a economia que está derretendo. Indiferentes ao clamor social, longe das vozes das ruas e mais distante ainda do intricado jogo político desfavorável ao governo, esses acadêmicos dos números frios e das previsões infundadas não pensam em outra coisa que não seja o aumento de impostos. É visível a insensibilidade desses senhores em relação ao que se passa ao seu redor. Fazem cara de paisagem para os problemas sociais que se alastram pelo pais como o desemprego, a inflação alta e a inadimplência de milhares de brasileiros. Incentivados por Lula a consumir, milhares de pessoas, endividadas, agora não têm nem dinheiro para botar comida na mesa.
O Joaquim Levy e o Nelson Barbosa, formuladores da política econômica, inventam fórmulas mágicas todos os dias para tentar tirar o país da agonia. Levam as propostas para a Dilma que imediatamente as divulga como uma espécie de teste. Como o povo esperneia e o Congresso diz que barra qualquer iniciativa do governo que esvazie mais ainda o bolso do trabalhador, a presidente logo recua. Isso mostra a sua incapacidade de governar, a indolência e a falta de articulação política. Em 2013, por exemplo, para silenciar os movimentos de rua, a presidente jogou para plateia. Anunciou uma série de medidas que dizia ser necessárias para contemplar as reivindicações. Nenhuma delas até hoje saiu do papel. E o caos, como era previsto, só se alastrou pelo país afora.
O crescimento foi para o brejo, todos os índices econômicos são negativos e a corrupção já bate no meio da canela. Como só isso não bastasse, várias categorias anunciam a paralisação da máquina administrativa. Os servidores do INSS, por exemplo, estão em greve há meses. Os mais pobres, que dependem do órgão, não têm para quem apelar. O noticiário mostra diariamente o sofrimento desses segurados que não são atendidos nos postos. E não adianta ninguém apelar. O aviso desrespeitoso é sempre o mesmo: estamos em greve, agende seu compromisso por telefone - que também não funciona.
Com a absoluta falta de comando do país, a Dilma anuncia todos os dias a redução dos 39 ministérios e o enxugamento da máquina pública. Dos 22 mil cargos comissionados, ela pretende cortar mil. Isso mesmo, apenas mil! Em relação aos ministérios não tem coragem de enfrentar os movimentos sociais e por isso prefere manter alguns deles como puro marketing de um governo que se diz avançado. Sindicalistas pelegos mantêm-se dentro desses ministérios, muitos ganhando sem trabalhar. São milhares de comissionados espalhados pelo país. O contingente em Brasília é tão grande que o governo se viu obrigado a alugar prédios luxuosos e caríssimos e equipar com centenas de salas com móveis modernos para alojar esse bando de ociosos que só faz aumentar despesas e, como sanguessugas, sugar o dinheiro dos cofres públicos.
Mas o cerco começa a se fechar. Pelo menos cinco partidos (PSDB, PPS, Solidariedade, PSC e DEM), anunciaram esta semana que vão começar um movimento em defesa da abertura do processo de impeachment da presidente. Como são aliados do Eduardo Cunha é provável que o presidente da Câmara seja um dos incentivadores da iniciativa que pode se ampliar na Casa. Cunha já arquivou até agora quatro pedidos de impeachment contra Dilma, mais dezenas de outros foram protocolados na Câmara. O último, do jurista Hélio Bicudo, fundador do PT, espera-se que não tenha o mesmo destino dos demais: a gaveta.
Por Jorge Oliveira
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