Apesar de iniciados os trabalhos da CPI da Petrobras no Senado Federal, muitas das respostas esperadas sobre a compra da refinaria de Pasadena e de outros pontos obscuros em torno de negócios da estatal poderão não ser respondidas. Parlamentares de oposição criticam as brechas usadas pela comissão exclusiva de senadores para investigar estados governados por adversários políticos. O Líder do DEM na Câmara garante a isenção da comissão mista e diz que, “se houver relação”, o porto de Suape também pode entrar na pauta.
“A presidente da República diz claramente que não sabia das cláusulas, e que a compra (de Pasadena) foi baseada em um relatório falho. Já Cerveró diz que todo mundo sabia; Gabrielli idem. Tem alguém mentindo nessa história. O patrimônio público foi levado, quem tem culpa no cartório?”, questiona José Agripino (RN), líder do DEM. O senador é um dos que vê incongruências entre as versões da presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, o ex-presidente Sérgio Gabrielli e o ex-diretor de assuntos internacionais, Nestor Cerveró, que já depuseram em audiências públicas no Congresso Nacional, antes do início da CPI do Senado. “Quem está com a razão? Quem está equivocado?”, também quer saber o senador Pedro Simon (PMDB-RS).
“Não saberemos, não nessa comissão que está aí. Estão fazendo um show”, critica Simon. Ele acredita que a compra da refinaria é uma consequência da gestão da estatal. “O governo politizou a Petrobras, pegou quadros políticos e colocou nas posições fundamentais. O ponto da politização é a causa, agora vamos analisar o efeito. O primeiro que tem que analisar é Pasadena”.
Fonte: Correio Braziliense
Nenhum comentário:
Postar um comentário